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02/12/2005 - 12h01

Grupos insurgentes no Iraque podem chegar a cem, diz jornal

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da Folha Online

O site do jornal "The New York Times" publicou nesta sexta-feira uma reportagem afirmando que o número de grupos insurgentes no Iraque deve chegar a cem. A reportagem diz ainda que a profusão de grupos organizações rebeldes dificulta o controle das forças de segurança iraquianas e do Exército de coalizão no país.

Autoridades americanas e iraquianas disseram ao jornal que esses grupos, geralmente pequenos, não agem sob as ordens de uma só liderança. As dezenas de pequenas organizações agem, na maior parte das vezes, de forma independente, e eventualmente se unem para fazer um ataque de maior porte. Cada uma delas tem seu próprio líder.

"Enquanto nesta quarta-feira o presidente [George W.] Bush prometeu nada menos que a 'vitória completa' contra a insurgência no Iraque, a aparente proliferação de grupos militantes é talvez a melhor explicação das razões que tornam tão difícil a derrota dos insurgentes", afirma o jornal.

Segundo o "New York Times", a administração Bush tem mantido a "versão" de que os grupos rebeldes são constituídos por sunitas, que rejeitam os xiitas no poder, antigos colaboradores do ex-ditador Saddam Hussein, e terroristas estrangeiros afiliados à rede terrorista Al Qaeda, comandada por Osama bin Laden.

Os grupos iraquianos que ganharam mais visibilidade nesses anos de conflito são o Ansar al Sunna, Al Qaeda no Iraque e o Grupo Armado Vitorioso que, aparentemente, estão "na primeira linha de batalha", diz o jornal. Essas organizações mais bem-estruturadas podem prover armas, dinheiro e tecnologia aos grupos menores.

"Os líderes geralmente não têm nenhuma relação [com os detalhes dos ataques]", afirmou ao "New York Times" Abdul Kareem al Eniezi, ministro iraquiano da Segurança Nacional.

Exceções

Alguns especialistas dizem haver exceções à essa regra: como exemplo, o jornal cita os líderes da Al Qaeda, "profundamente envolvidos em ataques realizados, em sua maioria, por estrangeiros". Outros grupos, menores, que aparecem reivindicando ataques terroristas podem sequer existir.

Seja como for, as fontes ouvidas pelo "New York Times" concordaram quanto à estrutura da insurgência: além de não ter hierarquia, é extremamente fragmentada. Por isso, é tão difícil de ser combatida.

Além disso, a polícia iraquiana diz desconfiar que vários crimes --principalmente os seqüestros de estrangeiros-- são cometidos por criminosos comuns, sem relação com a insurgência.

Com "The New York Times"

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