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04/12/2005 - 23h07

Abstenção chega a 75% em eleições na Venezuela, diz boletim do CNE

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da Folha Online

As eleições legislativas venezuelanas, marcadas pelo boicote de partidos oposicionistas e realizadas em clima de apreensão após a explosão de duas bombas, registraram alto índice de abstenção. Com 79,1% dos votos apurados, a abstenção já alcança 75%, de acordo com o primeiro boletim do CNE (Conselho Nacional Eleitoral).

O voto não era obrigatório e ao todo 14,6 milhões de venezuelanos estavam habilitados e aptos a votar no país.

O presidente do CNE, Jorge Rodríguez lamentou os problemas provocados pela natureza e disse que "as chuvas torrenciais foram um obstáculo à presença dos eleitores em vários Estados do país".

Os venezuelanos foram às urnas neste domingo para eleger os 167 deputados da Assembléia Nacional. Com o boicote de partidos de oposição, o resultado da eleição deve garantir aos aliados do presidente Hugo Chávez a vitória.

Chávez criticou o boicote e disse que os partidos políticos que decidiram não participar das eleições legislativas que ocorrem no país neste domingo estão "acelerando sua morte".

Nesta semana, a maioria dos partidos de oposição retirou seus candidatos da disputa, alegando falta de transparência no processo eleitoral.

O tradicional partido Ação Democrática --que tem a maior representação opositora na atual Assembléia, com 23 deputados-- tomou a iniciativa abstencionista e foi seguido por outros quatro partidos: o conservador Projeto Venezuela, o democrata-cristão Copei, o de centro-direita Primeiro Justiça e o regional do Estado ocidental de Zulia, Um Novo Tempo.

Tensão

Nesta sexta e sábado, duas explosões, uma em Caracas e outra em um oleoduto no Estado de Zulia, trouxeram tensão ao pleito. Nenhuma das explosões deixou feridos.

O ministro do Interior da Venezuela, Jesse Chacon, atribuiu a explosão no oleoduto na maior refinaria venezuelana no Estado de Zulia a inimigos políticos.

Chacon disse que os explosivos C-4 que foram usados para explodir o oleoduto e que o ato foi uma tentativa de "desestabilizar o país".

"Nós já sabemos quem está por trás dessa situação, e nós já fizemos algumas prisões", disse Chacon, sem dar detalhes.

Irregularidades

A ONG Súmate, uma das principais entusiastas do boicote, alegou que houve irregularidades nas eleições deste domingo.

Segundo o porta-voz da ONG, Alejandro Plaz, há sinais de pessoas que votaram duas vezes, agressões a eleitores por militares que faziam a segurança de locais de votação e propaganda de boca-de-urna por parte do governo.

"Recebemos denúncias de todas as partes do país, principalmente sobre a coação de pessoas", disse.

Com agências internacionais

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