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05/12/2005
-
12h29
da Folha Online
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) criticou duramente o ataque suicida em Israel que matou cinco pessoas [além do autor da ação] e feriu 50 [quatro gravemente]. O ato foi reivindicado pelo grupo terrorista palestino Jihad Islâmico.
Em comunicado, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, condenou o ataque e prometeu punir os responsáveis. O principal negociador palestino, Saeb Erekat, afirmou que a ação é contrária à causa palestina.
Esse foi o segundo atentado ocorrido em Israel após a retirada completa das colônias judaicas de Gaza, e de outros quatro assentamentos israelenses da Cisjordânia. O primeiro ataque ocorreu em 26 de outubro passado, quando um suicida se explodiu dentro de uma feira na cidade de Hadera. Cinco pessoas morreram e outras 21 ficaram feridas.
A explosão do um homem-bomba ocorreu às 11h30 (7h30 de Brasília) na entrada do shopping de Hasharon, em Netanya --que fica a 15 quilômetros da Cisjordânia.
Uma rede de TV ligada ao Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] Al Manar, afirmou que as Brigadas de Jerusalém, grupo armado ligado ao Jihad Islâmico, reivindicou o atentado por meio de um telefonema.
O grupo identificou o terrorista suicida que realizou o ataque como sendo Lutfi Amin Abu Salem, 21, proveniente do vilarejo palestino de Kafr Rai, localizado entre as cidades de Jenin e Tulkarem, na Cisjordânia. Um vídeo supostamente divulgado pelo Jihad Islâmico mostrou o rapaz com uma granada e um rifle. Não está claro se essa gravação foi realizada antes do atentado.
Poucos minutos antes da reivindicação de membros do Jihad Islâmico, as Brigadas de Mártires de al Aqsa --braço armado do Fatah, o maior partido político palestino-- emitiram um comunicado se responsabilizando pela ação, mas membros do grupo negaram a informação.
Atentado
Segundo o vice-chefe de polícia da área, Avi Sasson, o suicida tentou entrar no shopping, mas foi denunciado por pessoas que passavam no lugar e desconfiaram do palestino. Dois policiais sacaram suas armas contra o terrorista, e mandaram-no tirar as mãos do bolso. Nesse momento, ele se explodiu.
Segundo o "Haaretz", uma testemunha afirmou que o homem andava "como um robô" em direção ao shopping e que uma mulher, vendo-o, começou a gritar para os seguranças na porta do shopping: "Suicida! suicida!".
Os seguranças pararam o homem e o encostaram perto de um muro. Logo após, os policiais chegaram. Um dos guardas do shopping morreu e os policiais ficaram feridos.
O comissário de polícia de Israel, Moshe Karadi, afirmou que o fato de o terrorista ter sido identificado antes de entrar no shopping "preveniu um desastre ainda maior".
O vice-ministro israelense de Segurança Pública, Yaakov Edri, afirmou à rádio israelense que não houve, recentemente, nenhuma ameaça de atentado contra Israel.
A informação foi confirmada depois por Karadi, que disse não haver qualquer aviso de bomba na cidade de Netanya antes do atentado.
David Baker, funcionário do gabinete do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou que o ataque é resultado da rejeição da ANP (Autoridade Nacional Palestina) em "desmembrar as organizações terroristas nos territórios palestinos".
Com "Haaretz"
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre explosões em Netanya
ANP condena ataque que matou 5 e feriu 50 em Israel
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A Autoridade Nacional Palestina (ANP) criticou duramente o ataque suicida em Israel que matou cinco pessoas [além do autor da ação] e feriu 50 [quatro gravemente]. O ato foi reivindicado pelo grupo terrorista palestino Jihad Islâmico.
Em comunicado, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, condenou o ataque e prometeu punir os responsáveis. O principal negociador palestino, Saeb Erekat, afirmou que a ação é contrária à causa palestina.
Paul Wolberg/Efe |
Policiais israelenses inspecionam o local do atentado em Netanya |
A explosão do um homem-bomba ocorreu às 11h30 (7h30 de Brasília) na entrada do shopping de Hasharon, em Netanya --que fica a 15 quilômetros da Cisjordânia.
Uma rede de TV ligada ao Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] Al Manar, afirmou que as Brigadas de Jerusalém, grupo armado ligado ao Jihad Islâmico, reivindicou o atentado por meio de um telefonema.
O grupo identificou o terrorista suicida que realizou o ataque como sendo Lutfi Amin Abu Salem, 21, proveniente do vilarejo palestino de Kafr Rai, localizado entre as cidades de Jenin e Tulkarem, na Cisjordânia. Um vídeo supostamente divulgado pelo Jihad Islâmico mostrou o rapaz com uma granada e um rifle. Não está claro se essa gravação foi realizada antes do atentado.
Poucos minutos antes da reivindicação de membros do Jihad Islâmico, as Brigadas de Mártires de al Aqsa --braço armado do Fatah, o maior partido político palestino-- emitiram um comunicado se responsabilizando pela ação, mas membros do grupo negaram a informação.
Atentado
Segundo o vice-chefe de polícia da área, Avi Sasson, o suicida tentou entrar no shopping, mas foi denunciado por pessoas que passavam no lugar e desconfiaram do palestino. Dois policiais sacaram suas armas contra o terrorista, e mandaram-no tirar as mãos do bolso. Nesse momento, ele se explodiu.
Segundo o "Haaretz", uma testemunha afirmou que o homem andava "como um robô" em direção ao shopping e que uma mulher, vendo-o, começou a gritar para os seguranças na porta do shopping: "Suicida! suicida!".
Os seguranças pararam o homem e o encostaram perto de um muro. Logo após, os policiais chegaram. Um dos guardas do shopping morreu e os policiais ficaram feridos.
O comissário de polícia de Israel, Moshe Karadi, afirmou que o fato de o terrorista ter sido identificado antes de entrar no shopping "preveniu um desastre ainda maior".
O vice-ministro israelense de Segurança Pública, Yaakov Edri, afirmou à rádio israelense que não houve, recentemente, nenhuma ameaça de atentado contra Israel.
A informação foi confirmada depois por Karadi, que disse não haver qualquer aviso de bomba na cidade de Netanya antes do atentado.
David Baker, funcionário do gabinete do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou que o ataque é resultado da rejeição da ANP (Autoridade Nacional Palestina) em "desmembrar as organizações terroristas nos territórios palestinos".
Com "Haaretz"
Especial
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