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07/12/2005
-
19h47
da Efe, em La Paz
O candidato socialista Evo Morales cumpriu nesta quarta-feira sua promessa de não participar de um fórum eleitoral organizado pela principal organização patronal da Bolívia, enquanto uma nova pesquisa o confirmou como o favorito nas eleições do próximo dia 18.
A ausência do líder indígena no fórum da Confederação de Empresários Privados da Bolívia (CEPB) --um evento tradicional em todas as eleições-- foi criticada por seus rivais e ocorreu num momento em que a campanha esquenta por causa dos choques de rua entre facções das diferentes forças políticas.
O presidente da CEPB, Roberto Mustafá, lamentou que Morales tenha mantido sua decisão de não discursar no fórum e a atribuiu a supostos "cálculos políticos" em função das possíveis conseqüências de sua participação no evento.
"Em um momento em que temos uma polarização tão delicada no país, acho que deveriam fazer todos o esforço de vir", disse Mustafá, acrescentando que Morales é quem perde com esta decisão.
Críticas
Os outros sete candidatos participaram do evento para explicar seus planos econômicos. Segundo várias pesquisas, apenas o conservador Jorge Quiroga tem chances de tirar a Presidência de Morales. Em um distante terceiro lugar aparece o empresário Samuel Doria Medina.
Morales negou-se a participar de eventos em que esteja Quiroga, alegando que este lhe deve, primeiro, desculpas por haver-lhe vinculado ao narcotráfico.
O ex-presidente Quiroga (2001-2002) criticou a ausência do político socialista na reunião, que definiu como "um ato central da democracia".
"Cada um tem direito a fazer o que quiser. Mas, numa democracia, acho que os cidadãos têm um direito que está acima de qualquer preferência que os candidatos tenham", disse Quiroga.
O candidato do Poder Democrático e Social (Podemos) insistiu em um debate com Morales, restringindo os temas a um confronto de propostas sobre a nacionalização do gás. O líder indígena, favorito nas pesquisas de intenção de votos, também não aceitou o convite.
Pesquisas
Os resultados de uma simulação eleitoral realizada pelo instituto Apoio, Opinião e Mercado, divulgada hoje por um canal de televisão, mostram que Morales teria 36% dos votos, seis pontos percentuais a mais que Quiroga.
Na sondagem, o empresário Doria Medina aparece em terceiro lugar com 12% das intenções de voto. Em quarto, com 8%, está Michiaki Nagatanio, de origem japonesa.
A pesquisa, que tem uma margem de erro de 1,4 ponto percentual, foi realizada entre 26 e 30 de novembro com 4.914 pessoas nas áreas rural e urbana da Bolívia, explicou o gerente do instituto, Luis Garay.
Conflito
A 11 dias da votação geral, a campanha eleitoral entrou em um período de confronto, no qual os partidários da legenda Podemos e do Movimento ao Socialismo (MAS), de Morales, denunciaram agressões mútuas em diferentes partes do país.
Segundo o Podemos, seus militantes foram atacados ontem durante um tumulto na cidade de El Alto, quando Quiroga e sua candidata à Vice-Presidência, María René Duchén, tentavam realizar um comício.
Quiroga disse que tem sofrido agressões sistemáticas e que, com a de terça-feira, já são 12 desde o início da campanha.
Por outra parte, membros do MAS disseram ter sido atacados por um grupo de jovens que rejeitavam sua presença em San Julián, no departamento de Santa Cruz.
O MAS afirmou que os agressores estavam supostamente vinculados à facção rival. Os meios de comunicação da região indicaram que os agressores são membros da União Juvenil de Santa Cruz, um setor conhecido por sua rejeição a Morales.
As forças políticas bolivianas entraram na reta final da campanha para as eleições do dia 18. Estão convocados às urnas mais 3,6 milhões de eleitores.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições na Bolívia
Leia o que já foi publicado sobre Evo Morales
Morales não participa de debate e segue como favorito na Bolívia
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O candidato socialista Evo Morales cumpriu nesta quarta-feira sua promessa de não participar de um fórum eleitoral organizado pela principal organização patronal da Bolívia, enquanto uma nova pesquisa o confirmou como o favorito nas eleições do próximo dia 18.
A ausência do líder indígena no fórum da Confederação de Empresários Privados da Bolívia (CEPB) --um evento tradicional em todas as eleições-- foi criticada por seus rivais e ocorreu num momento em que a campanha esquenta por causa dos choques de rua entre facções das diferentes forças políticas.
O presidente da CEPB, Roberto Mustafá, lamentou que Morales tenha mantido sua decisão de não discursar no fórum e a atribuiu a supostos "cálculos políticos" em função das possíveis conseqüências de sua participação no evento.
"Em um momento em que temos uma polarização tão delicada no país, acho que deveriam fazer todos o esforço de vir", disse Mustafá, acrescentando que Morales é quem perde com esta decisão.
Críticas
Os outros sete candidatos participaram do evento para explicar seus planos econômicos. Segundo várias pesquisas, apenas o conservador Jorge Quiroga tem chances de tirar a Presidência de Morales. Em um distante terceiro lugar aparece o empresário Samuel Doria Medina.
Morales negou-se a participar de eventos em que esteja Quiroga, alegando que este lhe deve, primeiro, desculpas por haver-lhe vinculado ao narcotráfico.
O ex-presidente Quiroga (2001-2002) criticou a ausência do político socialista na reunião, que definiu como "um ato central da democracia".
"Cada um tem direito a fazer o que quiser. Mas, numa democracia, acho que os cidadãos têm um direito que está acima de qualquer preferência que os candidatos tenham", disse Quiroga.
O candidato do Poder Democrático e Social (Podemos) insistiu em um debate com Morales, restringindo os temas a um confronto de propostas sobre a nacionalização do gás. O líder indígena, favorito nas pesquisas de intenção de votos, também não aceitou o convite.
Pesquisas
Os resultados de uma simulação eleitoral realizada pelo instituto Apoio, Opinião e Mercado, divulgada hoje por um canal de televisão, mostram que Morales teria 36% dos votos, seis pontos percentuais a mais que Quiroga.
Na sondagem, o empresário Doria Medina aparece em terceiro lugar com 12% das intenções de voto. Em quarto, com 8%, está Michiaki Nagatanio, de origem japonesa.
A pesquisa, que tem uma margem de erro de 1,4 ponto percentual, foi realizada entre 26 e 30 de novembro com 4.914 pessoas nas áreas rural e urbana da Bolívia, explicou o gerente do instituto, Luis Garay.
Conflito
A 11 dias da votação geral, a campanha eleitoral entrou em um período de confronto, no qual os partidários da legenda Podemos e do Movimento ao Socialismo (MAS), de Morales, denunciaram agressões mútuas em diferentes partes do país.
Segundo o Podemos, seus militantes foram atacados ontem durante um tumulto na cidade de El Alto, quando Quiroga e sua candidata à Vice-Presidência, María René Duchén, tentavam realizar um comício.
Quiroga disse que tem sofrido agressões sistemáticas e que, com a de terça-feira, já são 12 desde o início da campanha.
Por outra parte, membros do MAS disseram ter sido atacados por um grupo de jovens que rejeitavam sua presença em San Julián, no departamento de Santa Cruz.
O MAS afirmou que os agressores estavam supostamente vinculados à facção rival. Os meios de comunicação da região indicaram que os agressores são membros da União Juvenil de Santa Cruz, um setor conhecido por sua rejeição a Morales.
As forças políticas bolivianas entraram na reta final da campanha para as eleições do dia 18. Estão convocados às urnas mais 3,6 milhões de eleitores.
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