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09/12/2005 - 19h04

Candidatos continuam campanha apesar de proibição oficial no Chile

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da Efe

A campanha dos candidatos à Presidência do Chile nas eleições deste domingo continua hoje de forma discreta, apesar de a propaganda eleitoral ter sido encerrada oficialmente à meia-noite desta quinta-feira.
Embora as autoridades tenham afirmado, nas primeiras horas desta sexta-feira, que o processo continua "com absoluta normalidade", a quantidade de propaganda nas ruas era até maior que a observada até as últimas horas da véspera.

À 0h desta sexta-feira (2h de Brasília), terminou o prazo oficial para que os partidos e candidatos às eleições presidenciais e parlamentares de domingo fizessem propaganda. A partir desta sexta-feira, os eleitores entram em um suposto período de reflexão até o momento de comparecer às urnas.

A socialista Michelle Bachelet; os candidatos de direita, Joaquín Lavín e Sebastián Piñera; e de esquerda, Tomás Hirsch; disputam a Presidência do Chile nas eleições-- nas quais também serão renovadas vinte vagas do Senado e as 120 cadeiras da Câmara dos Deputados.

Pesquisas

As últimas pesquisas confirmam que Bachelet, da frente governista Concertación pela Democracia, lidera com certa folga, mas também há grande probabilidade de ocorrer um segundo turno, do qual participariam a candidata governista e um de seus oponentes de direita, que estão tecnicamente empatados.

Como se ainda estivessem em campanha, os candidatos continuaram hoje sua rotina de reuniões, coletivas de imprensa e discursos, nos quais transbordavam otimismo.

Michelle Bachelet afirmou que, se houver segundo turno, a Concertación "ganhará três vezes": nas duas rodadas presidenciais e também na parlamentar.

Ao mesmo tempo, disse ter sido alvo de uma "campanha suja" de seus adversários.

"Na campanha houve desqualificação no nível pessoal, de todos os pontos de vista. E isso demonstra como a direita poderia governar o país se efetivamente tivesse alguma alternativa, mas estou convencida de que não tem", apontou.

Resposta

Joaquín Lavín, da conservadora União Democrata Independente (UDI), rebateu imediatamente em coletiva: "Sou a pessoa mais atacada da política chilena há muitos anos e não me queixo", afirmou.

O candidato disse que "nunca" atacou ninguém pessoalmente, reiterou que irá para o segundo turno com Bachelet em meados de janeiro e desprezou uma oferta de Sebastián Piñera de ser seu chefe de campanha caso isso ocorra.

"Ele (Piñera) não tem nada a me oferecer", afirmou Lavín, em cuja opinião as pesquisas sempre lhe deram menos votos que os realmente obteve (em 1999 levou o atual presidente Ricardo Lagos ao segundo turno) e baseou sua confiança "no carinho dos setores populares".

Piñera, o milionário candidato do partido Renovação Nacional (RN), direcionou seus ataques a Michelle Bachelet e à Concertación, que, na sua opinião, "está se inclinando perigosamente à esquerda" e mostra "paralisias e fadiga".

Tomás Hirsch, candidato da coalizão Juntos Podemos Mais, que reúne humanistas e comunistas, afirmou que a esquerda chilena obterá domingo "a mais alta votação dos últimos 35 anos, superada apenas pela de Salvador Allende em 1970".

As pesquisas situam Hirsch com 7%, embora ele tenha certeza de ultrapassar os 10%, votos que em um eventual segundo turno passariam maciçamente para Bachelet, segundo diversos analistas.

Preparativos

A maquinaria eleitoral, no entanto, continuou seu andamento normal, com a segurança dos locais de votação sob a responsabilidade de mais de 20 mil efetivos militares e policiais desde a meia-noite.

"Está tudo perfeito, não há nenhum problema. Todos os locais estão cobertos. Hoje as forças estarão completas e tudo deve funcionar normalmente", disse o general do Exército Patricio Cartoni, chefe das operações em Santiago.

O subsecretário do Interior, Jorge Correa Sutil, disse que a primeira parcial oficial será divulgada às 18h30 (19h30 horário de Brasília) de domingo, quando houver aproximadamente 10% das mesas apuradas.

O primeiro resultado provavelmente só incluirá os votos presidenciais, sendo os parlamentares deixados para as parciais seguintes.

Correa calculou que o segundo resultado oficial será anunciado às 21h horas (22h em Brasília), "se tudo correr bem", e o terceiro, com mais de 90% dos votos apurados, por volta das 22h15 (23h15 horário de Brasília).

O resultado definitivo será divulgado na segunda-feira (12) de manhã.

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