Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/12/2005 - 16h02

Grupo reivindica autoria de atentado que matou deputado no Líbano

Publicidade

da Folha Online

A organização "Guerreiros pela Unidade e Liberdade em Al Sham" --palavra que designa o território histórico que engloba Líbano, Síria, os territórios palestinos e a Jordânia-- reivindicou a autoria do atentado com carro-bomba em Beirute que matou nesta segunda-feira Gibran Tueni, 48, deputado e jornalista libanês muito conhecido por suas idéias anti-Síria.

O grupo --antes desconhecido no Líbano-- fez a reivindicação por meio de um comunicado divulgado via fax aos meios de comunicação libaneses. No entanto, muitos atribuíram a responsabilidade do ataque à Síria, que nega a acusação.

"Nós quebramos a caneta de Gibran Tueni e calamos sua boca para sempre, transformando o dia em noite", afirmou o grupo no comunicado, cuja autenticidade não pode ser confirmada.

Outras três pessoas também morreram na explosão. Cerca de 14 explosões ocorreram em Beirute desde a morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafik al Hariri, em fevereiro último.

Relatório

O atentado ocorreu no mesmo dia em que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) recebeu um relatório a respeito do assassinato de Al Hariri.

De acordo com o relatório, novas evidências reforçaram a versão defendida pelos investigadores de que os serviços de inteligência da Síria e do Líbano sabiam do plano para assassinar Al Hariri.

O premiê libanês, Fuad Saniora, afirmou que pedirá à ONU a abertura de um novo inquérito a respeito da morte de Tueni e a criação de um tribunal internacional para o julgamento dos suspeitos da morte do ex-premiê.

Atentado

A explosão matou Tueni um dia depois de ele retornar à França, onde estava temporariamente por medo de ser assassinado.

Um carro estacionado com cerca de 40 quilos de explosivos foi detonado no momento em que o deputado passava com seu veículo pelo subúrbio industrial de Mkalles. Tueni, seu motorista e uma pessoa que passava pelo local morreram.

Outras 30 pessoas ficaram feridas na explosão, que quebrou vidros de janelas e destrui ao menos outros dez veículos.

Tueni, que era cristão, patrocinou a investigação da ONU a respeito da morte de Al Hariri, que se focou em autoridades sírias e em seus aliados no Líbano.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a crise sírio-libanesa
  • Leia o que já foi publicado sobre Rafik al Hariri
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página