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13/12/2005
-
07h54
da France Presse, em San Francisco
da Folha Online
O emblemático condenado à morte Stanley "Tookie" Williams, 51, foi executado com uma injeção letal na prisão americana de San Quentin, na Califórnia, anunciou nesta terça-feira um porta-voz da administração penitenciária local em entrevista coletiva. A execução aconteceu depois que o governador Arnold Schwarzenegger negou clemência ao preso.
Williams havia perdido todos os recursos legais e apenas o perdão do governador poderia reverter o processo.
Após a divulgação da notícia, milhares de pessoas que tinham se reunido no exterior da prisão mostraram seu descontentamento com a morte.
"Terminou, mas não terminou", disse o reverendo Jesse Jackson, um defensor de Williams, referindo-se ao combate do ex-líder de gangues reabilitado contra a violência.
Segundo o relato de Steve López, um jornalista do "Los Angeles Times" que assistiu à execução, Williams "morreu sem apresentar resistência e levantou a cabeça várias vezes enquanto os funcionários da penitenciária lhe amarravam à poltrona para receber a solução letal".
"Ele foi declarado morto às 00h35 (06h35 Brasília)", acrescentou.
Celebridades de Hollywood, entre eles Jamie Foxx e Danny Glover e opositores à pena capital em todo o mundo se manifestaram em favor de Williams, dando como exemplo seu trabalho contra a violência.
Últimos momentos
O réu, considerado culpado pelo assassinato de quatro pessoas em 1979, rejeitou a última ceia e a companhia de um conselheiro espiritual, segundo um porta-voz da prisão.
Embora inicialmente tenha dito que não queria que ninguém próximo a ele estivesse presente em sua execução, no final teve cinco testemunhas: a editora de seus livros, Barbara Becnel, e quatro membros de sua equipe legal.
Os funcionários da prisão deram acesso a 39 testemunhas, entre elas 17 jornalistas.
Ontem à tarde, Williams recebeu roupas limpas e foi levado para um quarto onde foi supervisionado a todo momento por guardas da prisão.
Funcionários da prisão disseram que Williams passou o resto do tempo vendo TV e lendo algumas das 50 cartas que recebeu ontem.
Williams já havia dito não ter esperanças de que escapasse da pena de morte depois que Schwarzenegger negou a troca da pena capital pela prisão perpétua e que dois tribunais da Califórnia e o Supremo americano negaram-se a intervir no caso.
Com sua morte, desaparece um personagem controvertido, que nos últimos tempos se transformou em um símbolo contra a pena de morte e atraiu uma legião de seguidores.
Obra
Williams foi considerado culpado em 1981 dos assassinatos dos quais era acusado, mas durante os 20 anos em que esteve preso, renunciou à violência e passou a escrever livros para dissuadir os jovens de ingressar em gangues.
Seu trabalho lhe rendeu indicações para o Prêmio Nobel da Paz e também da Literatura, por sua atuação no combate às gangues de jovens americanos, assunto que Williams conhecia muito bem já que, em 1971, fundou a gangue Crips, que agiu por mais de duas décadas em Los Angeles.
Ele negou ser responsável pelas mortes das quais era acusado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre pena de morte
Leia o que já foi publicado sobre Arnold Schwarzenegger
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Califórnia executa condenado à morte com injeção letal
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da Folha Online
O emblemático condenado à morte Stanley "Tookie" Williams, 51, foi executado com uma injeção letal na prisão americana de San Quentin, na Califórnia, anunciou nesta terça-feira um porta-voz da administração penitenciária local em entrevista coletiva. A execução aconteceu depois que o governador Arnold Schwarzenegger negou clemência ao preso.
Williams havia perdido todos os recursos legais e apenas o perdão do governador poderia reverter o processo.
Após a divulgação da notícia, milhares de pessoas que tinham se reunido no exterior da prisão mostraram seu descontentamento com a morte.
"Terminou, mas não terminou", disse o reverendo Jesse Jackson, um defensor de Williams, referindo-se ao combate do ex-líder de gangues reabilitado contra a violência.
Segundo o relato de Steve López, um jornalista do "Los Angeles Times" que assistiu à execução, Williams "morreu sem apresentar resistência e levantou a cabeça várias vezes enquanto os funcionários da penitenciária lhe amarravam à poltrona para receber a solução letal".
"Ele foi declarado morto às 00h35 (06h35 Brasília)", acrescentou.
Celebridades de Hollywood, entre eles Jamie Foxx e Danny Glover e opositores à pena capital em todo o mundo se manifestaram em favor de Williams, dando como exemplo seu trabalho contra a violência.
Últimos momentos
O réu, considerado culpado pelo assassinato de quatro pessoas em 1979, rejeitou a última ceia e a companhia de um conselheiro espiritual, segundo um porta-voz da prisão.
Embora inicialmente tenha dito que não queria que ninguém próximo a ele estivesse presente em sua execução, no final teve cinco testemunhas: a editora de seus livros, Barbara Becnel, e quatro membros de sua equipe legal.
Os funcionários da prisão deram acesso a 39 testemunhas, entre elas 17 jornalistas.
Ontem à tarde, Williams recebeu roupas limpas e foi levado para um quarto onde foi supervisionado a todo momento por guardas da prisão.
Funcionários da prisão disseram que Williams passou o resto do tempo vendo TV e lendo algumas das 50 cartas que recebeu ontem.
Williams já havia dito não ter esperanças de que escapasse da pena de morte depois que Schwarzenegger negou a troca da pena capital pela prisão perpétua e que dois tribunais da Califórnia e o Supremo americano negaram-se a intervir no caso.
Com sua morte, desaparece um personagem controvertido, que nos últimos tempos se transformou em um símbolo contra a pena de morte e atraiu uma legião de seguidores.
Obra
Williams foi considerado culpado em 1981 dos assassinatos dos quais era acusado, mas durante os 20 anos em que esteve preso, renunciou à violência e passou a escrever livros para dissuadir os jovens de ingressar em gangues.
Seu trabalho lhe rendeu indicações para o Prêmio Nobel da Paz e também da Literatura, por sua atuação no combate às gangues de jovens americanos, assunto que Williams conhecia muito bem já que, em 1971, fundou a gangue Crips, que agiu por mais de duas décadas em Los Angeles.
Ele negou ser responsável pelas mortes das quais era acusado.
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