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13/12/2005 - 15h15

Gripe aviária mata mais um na Indonésia

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da Efe, em Jacarta

Autoridades da Indonésia anunciaram nesta terça-feira que mais um indonésio morreu de gripe aviária, a nona morte no país desde que o vírus H5N1 --variante mais agressiva da doença e letal para seres humanos-- reapareceu na Ásia, em 2003. O risco de que o vírus comece a ser transmitido entre humanos aumentou, já que o contágio se espalhou a novas Províncias do país.

Atualmente, seres humanos só podem pegar a doença se tiverem contato com aves doentes, já infectadas pelo vírus. Mas o maior temor dos cientistas é que o H5N1 sofra uma mutação e passe a ser transmitido de pessoa para pessoa, o que pode provocar uma pandemia.

Um homem de 35 anos, identificado apenas pela iniciais A.R., morreu em Jacarta em 19 de novembro passado, após permanecer vários dias internado com graves problemas respiratórios.

As primeiras amostras de sangue e tecido analisadas concluíram que o paciente morreu de gripe aviária, diagnóstico que confirmado hoje pelo laboratório de Hong Kong vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS). "O resultado das análises é positivo", anunciou Hariadi Wibisono, funcionário do Ministério da Saúde indonésio.

Esta é a segunda morte causada pela gripe aviária confirmada no país nos últimos dez dias. Wibisono disse que é provável que a vítima tenha contraído o vírus da gripe perto de sua casa.

A Indonésia, com a ajuda da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), estabeleceu um rápido sistema de alarme ao longo de todo o arquipélago, composto por mais de 18 mil ilhas, das quais 13 mil são habitadas.

Apesar das precauções e dos mecanismos preventivos, o vírus continua a se espalhar pela Indonésia e em 24 das 33 Províncias do país já foram registrados focos da doença.

Nesta segunda-feira, o governo anunciou a morte de 500 frangos por causa do vírus H5N1 na Província de Riau, no oeste da ilha de Sumatra. Três semanas antes, a doença foi detectada na granja da Província de Aceh, que ocupa a região setentrional de Sumatra. Riau e Aceh estavam livres da doença até então.

Animais mortos

A FAO calcula que quase 9,5 milhões de aves morreram contaminadas pelo vírus H5N1 na Indonésia durante os dois últimos anos e adverte que a estreita convivência entre pessoas e animais pode favorecer uma mutação que dê ao vírus a capacidade para se transmitir entre pessoas.

A porta-voz da OMS na Indonésia, Sari Setiogui, disse nesta terça-feira que é necessário aumentar as precauções nos próximos meses diante do aumento de casos de gripe comum por causa da chegada da estação de chuvas à Indonésia e do inverno no hemisfério norte.

"A combinação dos dois vírus [o da gripe aviária e o da gripe comum] pode provocar uma mutação", disse Setiogui. "O vírus [da gripe aviária] é capaz de sobreviver mais tempo em condições de frio e umidade que em climas quentes e secos", acrescentou a porta-voz.

A OMS adverte do risco de uma pandemia de gripe aviária que poderia matar milhões de pessoas no mundo todo se o vírus adquirir a capacidade de se transmitir de pessoa a pessoa.

Vários especialistas afirmaram que uma mutação genética não parece tão fácil como se acreditou em um primeiro momento, já que se passaram dois anos e ainda não ocorreu, apesar da rápida propagação do vírus a mais de dez países.

A gripe aviária reapareceu na Coréia do Sul em dezembro de 2003 e desde então se expandiu em direção ao sul e ao oeste da Ásia, chegando à Europa em outubro passado. Os últimos dados da OMS, indicam que houve 135 casos humanos de gripe aviária desde sua reaparição, com 70 mortes no total, no Vietnã (42), Tailândia (13), Camboja (4) e China (2), além da Indonésia.

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