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15/12/2005 - 15h15

Ministro britânico desiste de plano para fechar mesquitas

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da Efe, em Londres

O ministro britânico do Interior, Charles Clarke, retirou nesta quinta-feira seu polêmico plano para fechar mesquitas suspeitas de ter relação com radicais islâmicos ou terroristas.

"Não tentarei legislar sobre o assunto, mas continuaremos revisando a questão", afirmou Clarke em uma resposta por escrito apresentada ao Parlamento.

A proposta fazia parte do novo projeto de lei antiterrorista que o governo britânico está preparando em resposta aos atentados suicidas de 7 de julho contra a rede de transporte de Londres, que deixaram 56 mortos e cerca de 700 feridos.

A iniciativa, que pretendia dar poderes aos tribunais para ordenar a fechamento de mesquitas, tinha sido criticada pela polícia e por algumas organizações muçulmanas.

Idéia polêmica

No último dia 1º, a Associação de Chefes de Polícia do Reino Unido (ACPO, na sigla em inglês) advertiu que a polêmica idéia podia ser contraproducente na luta contra o terrorismo.

"Esta proposta pode ser vista como um ataque à religião muçulmana", afirmou Rob Beckley, comissário de polícia e porta-voz da ACPO.

"Se suspeitamos de algum extremismo derivado da promoção do terrorismo em uma mesquita, não queremos fechar a mesquita. Queríamos investigar o que está acontecendo", disse Beckley.

Três dias depois, o secretário-geral do Conselho Muçulmano do Reino Unido, Iqbal Sacranie, expressou sua rejeição ao plano do Executivo.

De acordo com Sacranie, o fechamento de locais de culto "criminalizaria toda uma comunidade pelos crimes cometidos por uma minoria". Ele disse ainda que a polêmica idéia seria "a parte mais perigosa" do novo projeto de lei antiterrorista que o governo está elaborando.

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