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16/12/2005 - 16h20

Bolívia usa 50 mil homens em segurança nas eleições

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da Efe

Os candidatos bolivianos encerram nesta quinta-feira as campanhas eleitorais para o pleito deste domingo (18), que acontecerão sob fortes medidas de segurança e determinarão o futuro da Bolívia.

Desde meia-noite (2h de Brasília de sexta-feira), o Estado disponibilizou um dispositivo de segurança que inclui 26 mil militares e 24 mil policiais.

"Pelas previsões feitas e pela experiência de processos eleitorais anteriores, acreditamos que não haverá problemas no dia da votação", disse à Efe o porta-voz da Corte Nacional Eleitoral (CNE), Salvador Romero.

Os 50 mil membros das forças de segurança espalhados por todo o território do país também protegerão as 121.119 mesas eleitorais da votação.

A operação inclui a entrada em vigor do Código Eleitoral, que estabelece a proibição de manifestações, greves e atos de propaganda política.

Uma lei seca entrará em vigor à meia-noite de sexta-feira e valerá até um dia depois das eleições, quando o consumo e a venda de bebidas alcoólicas serão proibidos.

O porte de armas brancas ou de fogo também será proibido para evitar incidentes que impeçam o desenvolvimento normal das eleições, consideradas fundamentais para a Bolívia.

Tensão social

O vencedor do pleito assumirá a Presidência em janeiro e será o quarto presidente no país em menos de três anos.

A convulsão social provocada por incessantes protestos e bloqueios e que, em outubro de 2003, levaram à renúncia do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, continuou durante o mandato de Carlos Mesa, que em junho deste ano também abandonou o cargo.

Desde que Mesa deixou o poder, o país é comandado pelo ex-presidente da Corte Suprema, Eduardo Rodríguez, que recebeu a incumbência de convocar eleições gerais antecipadas para salvar a Bolívia da quebra total.

O governo boliviano criticou o alerta feito pelos Estados Unidos a seus cidadãos de que poderia haver distúrbios no país, e garantiu a segurança de todos os estrangeiros 'antes, durante e depois das eleições'.

Em comunicado oficial, Rodríguez expressou sua rejeição à advertência americana, pois "desmerece a vontade política do governo (boliviano) de presidir eleições independentes e imparciais".

Favorito

O favorito a vencer o pleito é o dirigente socialista Evo Morales, um dos incentivadores dos protestos que levaram à queda de Sánchez de Lozada e de Mesa.

Morales encerrará nesta quinta-feira sua campanha com um comício, que deve ser grande, na cidade central de Cochabamba, reduto do candidato e onde ele aguardará até sábado para viajar à região de Chapare e votar.

O principal adversário de Morales, o líder do Partido Democrático e Social (Podemos), Jorge "Tuto" Quiroga, encerrará hoje sua campanha na próspera cidade de Santa Cruz, seu reduto e histórica praça conservadora.

O objetivo dos dois é conseguir o voto dos indecisos, que são 11,6% de acordo com as últimas projeções.

Eleições

Os colégios eleitorais abrirão no domingo às 8h (10h de Brasília) e fecharão às 16h (18h de Brasília). Em seguida, começará a apuração dos votos.

Romero lembra que o voto é obrigatório na Bolívia, e que quem descumprir essa determinação ficará sujeito a multas e pode ser detido.

Cerca de 3,6 milhões de bolivianos convocados às urnas elegerão o presidente, o vice-presidente, 130 deputados, 27 senadores e os governadores regionais. Além disso, pela primeira vez na história, a votação escolherá os governadores dos nove departamentos bolivianos.

Mais de 150 observadores internacionais vigiarão a transparência das eleições, "um número sem comparações", segundo Romero. Mil jovens voluntários bolivianos também estarão atentos ao processo eleitoral no país, o mais pobre da América do Sul.

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