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16/12/2005 - 18h18

Mais de 200 observadores acompanharão eleições na Bolívia

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da Efe

Mais de 200 observadores internacionais supervisionarão no domingo (18) as eleições gerais na Bolívia, que, segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), serão transparentes e pacíficas.

A OEA enviou 166 observadores ao país, informou, em entrevista coletiva, o chefe da missão da organização, o colombiano Horacio Serpa.

Mais de 3,6 milhões de bolivianos foram convocados às urnas para escolher o presidente, vice-presidente, 130 deputados, 27 senadores e nove prefeitos regionais e governadores provinciais.

"Até o momento, a campanha se desenvolveu normalmente, mostrando o enraizado esforço democrático das instituições e do povo boliviano", disse o chefe da missão da OEA.

No entanto, Serpa reconheceu que aconteceram "alguns atos de violência política, mas foram isolados e felizmente não causaram danos pessoais de consideração".

Ainda assim, "vemos o processo com muito otimismo", disse Serpa após agradecer a cooperação entre as instituições, os partidos políticos e os candidatos.

Nacionalidade

Os 166 observadores da OEA são de quinze nações do continente americano, assim como da Alemanha, Bélgica, Coréia do Sul, Dinamarca, Espanha, Reino Unido, Holanda, Japão e Suécia.

Também acompanharão as eleições legisladores brasileiros e argentinos, senadores e diplomatas espanhóis, e funcionários da Comunidade Andina e do Mercosul.

Serpa destacou que a missão cobrirá grande parte dos centros de votação em todo o território boliviano.

As forças de segurança preservarão a ordem pública, farão cumprir as normas eleitorais, protegerão as instalações de votação, garantirão o direito ao voto e a transferência do material eleitoral.

Um total de 26 mil militares e 24 mil policiais vigiam a partir hoje a segurança na conflituosa nação andina, segundo informações oficiais.

Crise

Serpa se apresentou à imprensa acompanhado do subchefe da missão da OEA, o americano Steven Gryner, que disse que as eleições bolivianas têm "suma importância".

A OEA iniciou sua missão de acompanhamento das eleições em meados de novembro, e desde então manteve reuniões com as autoridades bolivianas e com os candidatos.

A eleição será realizada após vários anos de instabilidade, que se agravou desde março, quando o então presidente Carlos Mesa apresentou pela primeira vez sua renúncia, não aceita pelo Congresso.

Diante dos insistentes bloqueios, protestos e manifestações nas ruas, que provocaram o temor de uma guerra civil, Mesa voltou a apresentar sua renúncia em junho, quando teve a aceitação do Legislativo.

O então presidente da Corte Suprema de Justiça, Eduardo Rodríguez, assumiu a Presidência de forma provisória e convocou eleições antecipadas para 18 de dezembro.

ONU

Considerando a importância destas eleições, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, enviou à Bolívia a secretária-adjunta para Assuntos Políticos, Angela Kane.

A alemã Kane entregou nesta sexta-feira ao presidente Rodríguez uma carta assinada por Annan, que se comprometeu a apoiar o novo Governo e pediu aos bolivianos que mantenham uma atitude pacífica e construtiva durante as votações.

"Espero que possam exercer seu direito ao voto de forma livre, justa e transparente, para que os resultados sejam respeitados por toda a população", especifica a carta.

Na carta, Annan expressa sua expectativa de que o novo governo defina uma agenda nacional para ajudar a melhorar o bem-estar, "sem nenhum tipo de exclusão".

Segundo o secretário-geral da ONU, a Bolívia está em condições de encontrar um caminho para novos acordos políticos e econômicos que ajudem na estabilidade.

Após o fechamento das campanhas eleitorais, na noite desta quinta-feira, a Bolívia passa por dois dias de período de reflexão, com lei seca e a proibição de manifestações e porte de armas brancas e de fogo.

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