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18/12/2005
-
12h36
da Folha Online
O vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, fez uma visita surpresa ao Iraque neste domingo, em um giro pelo país depois das eleições parlamentares ocorridas no país na semana passada.
"A participação nas eleições no país foi notável", disse Cheney, depois de uma reunião com os comandantes militares americanos no Iraque. "E isso é exatamente o que precisa acontecer enquanto se constrói uma estrutura política em um Iraque que possa se governar, que possa unificar os vários segmentos da população e, por fim, tomar nas mãos a responsabilidade por sua própria segurança."
A visita pegou de surpresa até mesmo o primeiro ministro iraquiano, Ibrahim al Jaafari, que achou que haveria apenas uma visita do embaixador americano. O vice-presidente americano foi ao país no mesmo dia em que o presidente George W. Bush deve fazer um pronunciamento sobre a situação no Iraque (o pronunciamento de Bush deve acontecer à noite).
Auxiliares de Cheney disseram que houve apenas uma coincidência de agendas, mas analistas políticos dizem que os dois eventos fazem parte de uma estratégia do governo para capitalizar sobre as eleições iraquianas e refazer o apoio dos americanos à operação no Iraque.
Cheney visitou a Zona Verde --um complexo superprotegido que comporta casas de membros do governo e embaixadas--, acompanhou uma sessão de treinamento de soldados iraquianos na base aérea de Taji, a 20 km de Bagdá, almoçou com soldados americanos que participaram da operação de segurança da eleição de quinta-feira e fez um discurso às tropas.
O vice-presidente sobrevoou a estrada que leva ao aeroporto, alvo de muitos ataques de insurgentes no país, escoltado por oito helicópteros militares Blackhawk. Também passo pela região do tribunal onde ocorre o julgamento do ex-ditador do país Saddam Hussein.
Cheney também falou sobre as pressões no Congresso para adiantar a data da retirada dos soldados americanos do país. "Vocês ouviram muitas vozes proeminentes defendendo uma retirada súbita de nossas forças do Iraque", disse. "Alguns sugeriram que a guerra não poderia ser vencida e uns poucos parecem ansiosos para concluir que o esforço já terminou. Mas eles estão errados. A única forma de perder essa luta é desistir, e essa não é uma opção."
A última visita de Cheney ao Iraque foi em 1991, quando foi secretário de Defesa no governo do presidente George H. W. Bush (1989-1992).
Cheney se encontrou ainda com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, que disse que Cheney é um "herói do Iraque livre". O vice-presidente disse que, com a participação nas eleições em regiões como a Província de Al Anbar (oeste do país), de maioria sunita, a insurgência irá perder seu apoio. "Os terroristas sabem que, com a democracia ganhando força, as ideologias de ódio e ressentimento irão perder seu apelo."
Vice-presidente dos EUA faz visita surpresa ao Iraque
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O vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, fez uma visita surpresa ao Iraque neste domingo, em um giro pelo país depois das eleições parlamentares ocorridas no país na semana passada.
"A participação nas eleições no país foi notável", disse Cheney, depois de uma reunião com os comandantes militares americanos no Iraque. "E isso é exatamente o que precisa acontecer enquanto se constrói uma estrutura política em um Iraque que possa se governar, que possa unificar os vários segmentos da população e, por fim, tomar nas mãos a responsabilidade por sua própria segurança."
A visita pegou de surpresa até mesmo o primeiro ministro iraquiano, Ibrahim al Jaafari, que achou que haveria apenas uma visita do embaixador americano. O vice-presidente americano foi ao país no mesmo dia em que o presidente George W. Bush deve fazer um pronunciamento sobre a situação no Iraque (o pronunciamento de Bush deve acontecer à noite).
Auxiliares de Cheney disseram que houve apenas uma coincidência de agendas, mas analistas políticos dizem que os dois eventos fazem parte de uma estratégia do governo para capitalizar sobre as eleições iraquianas e refazer o apoio dos americanos à operação no Iraque.
Cheney visitou a Zona Verde --um complexo superprotegido que comporta casas de membros do governo e embaixadas--, acompanhou uma sessão de treinamento de soldados iraquianos na base aérea de Taji, a 20 km de Bagdá, almoçou com soldados americanos que participaram da operação de segurança da eleição de quinta-feira e fez um discurso às tropas.
O vice-presidente sobrevoou a estrada que leva ao aeroporto, alvo de muitos ataques de insurgentes no país, escoltado por oito helicópteros militares Blackhawk. Também passo pela região do tribunal onde ocorre o julgamento do ex-ditador do país Saddam Hussein.
Cheney também falou sobre as pressões no Congresso para adiantar a data da retirada dos soldados americanos do país. "Vocês ouviram muitas vozes proeminentes defendendo uma retirada súbita de nossas forças do Iraque", disse. "Alguns sugeriram que a guerra não poderia ser vencida e uns poucos parecem ansiosos para concluir que o esforço já terminou. Mas eles estão errados. A única forma de perder essa luta é desistir, e essa não é uma opção."
A última visita de Cheney ao Iraque foi em 1991, quando foi secretário de Defesa no governo do presidente George H. W. Bush (1989-1992).
Cheney se encontrou ainda com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, que disse que Cheney é um "herói do Iraque livre". O vice-presidente disse que, com a participação nas eleições em regiões como a Província de Al Anbar (oeste do país), de maioria sunita, a insurgência irá perder seu apoio. "Os terroristas sabem que, com a democracia ganhando força, as ideologias de ódio e ressentimento irão perder seu apelo."
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