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20/12/2005 - 19h45

Nova-iorquinos buscam transporte alternativo após anúncio de greve

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da Folha Online

A greve de metrô e de ônibus causou transtorno nesta terça-feira em Nova York, fazendo com que trabalhadores se locomovessem a pé e forçando milhões de pessoas a encontrar maneiras alternativas de transporte.

A greve atingiu a cidade na semana em que grande parte da população vai às compras de Natal e em um período em que Nova York está lotada de turistas.

"É uma forma de terrorismo", afirmou Maria Negron, que atravessava a pé a ponte do Brooklyn. "Eu espero que eles voltem logo ao trabalho."

Outros nova-iorquinos puderam ser vistos nas ruas de bicicleta ou patins, sob uma temperatura de 5ºC abaixo de zero. Grande parte das ruas de Manhattan estavam vazias, já que muitos preferiram ficar em casa.

Autoridades afirmaram que procurariam medidas legais. Oito horas após o início da greve, uma reunião a portas fechadas estava em curso em uma Corte de Justiça do Brooklyn. Sob a lei nova-iorquina, é ilegal que os 34 mil trabalhadores do transporte público façam greve.

Transtorno

Autoridades começaram a fechar as estações de metrô logo depois que a União dos Trabalhadores dos Transportes anunciou a greve. Cerca de 7 milhões de passageiros utilizam diariamente o sistema de transportes nova-iorquino.

Longas filas se formaram nos guichês para compras de bilhetes nas estações de trem que permaneceram em operação. O tráfego ficou lento em muitas pontes e túneis de Manhattan.

Reuters
Nova iorquinos atravessam ponte do Brooklyn a pé; cerca de 7 milhões foram afetados por greve
Para evitar congestionamentos, a prefeitura proibiu que veículos transportando menos de quatro passageiros entrassem em Manhattan entre às 5h e 11h (8h e 14h de Brasília). Agentes policiais também foram posicionados na entrada de Nova York, e são obrigados a verificar se os carros estão com o número recomendado de passageiros.

Além disso, há restrição à entrada de veículos de distribuição de mercadorias, e várias avenidas e ruas principais foram reservadas para o uso exclusivo de emergências, ou seja, para a passagem de ambulâncias e carros policiais.

Os táxis e outros veículos pagos, como limusines, foram autorizados a pegar vários passageiros em um mesmo trajeto, e houve o reforço dos serviços para chegar à cidade por meios alternativos, como balsas e determinados trens que não participam da greve.

Prejuízos

A greve é a primeira a atingir Nova York desde a paralisação ocorrida em 1980, que durou 11 dias.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, recomendou aos nova-iorquinos que fossem a pé ao trabalho, como ele mesmo fez. Ele recomendou o trajeto que passa pela ponte que liga Brooklyn à Manhattan.

Bloomberg passou a noite no Centro de Gestão de Emergências, onde representantes das agências federais, a polícia e autoridades locais tentam coordenar o plano de contingência da greve. Segundo ele, a paralisação pode custar US$ 400 milhões à cidade.

Polêmica

A paralisação teve início às 3h desta terça-feira (6h de Brasília), e foi decidida depois que a União dos Trabalhadores dos Transportes rejeitou uma oferta do governo para que os 34 mil trabalhadores não parassem.

"Esta é uma luta pela dignidade e respeito no trabalho, um conceito que é alheio para a Autoridade Metropolitana dos Transportes (MTA na sigla em inglês)", afirmou Roger Toussaint, presidente da União dos Trabalhadores dos Transportes. "Os trabalhadores estão cansados de serem depreciados e desrespeitados."

O presidente da MTA, Peter Kalikow, qualificou a greve como um "tapa no rosto" de todos os nova-iorquinos.

"Eles perderam a confiança do povo de Nova York", afirmou o governador George Pataki. "Eles não só ameaçaram a economia do Estado, mas também a segurança e a saúde dos nova-iorquinos."

Com agências internacionais

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