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23/12/2005
-
11h15
da Ansa, em Londres
O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, negou que tenha omitido fatos sobre o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em julho último, morto a tiros por agentes britânicos que buscavam os terroristas responsáveis pelos ataques contra o sistema de transporte em Londres.
Menezes, 27, foi morto dia 22 de julho com sete tiros na cabeça em um vagão do metrô de Londres na estação de Stockwell, na região sul da cidade, quando três agentes à paisana o confundiram com um terrorista.
Blair, que é investigado por uma comissão independente por ser acusado pela família Menezes de não tê-los informado sobre o fato, declarou à radio 4 da BBC que "nunca omitiu a verdade sobre o assunto". "Temos que assumir as responsabilidades pelos horríveis acontecimentos. Mas não há nenhuma evidência que se tenha omitido a verdade a respeito", disse.
Depois da morte de Menezes, Blair falou à imprensa, afirmando que o brasileiro se negou a parar quando interceptado pela polícia, além de ter pulado catracas da estação e estar vestido com uma jaqueta [considerada suspeita] , acusações que testemunhas e pessoas próximas ao brasileiro negam categoricamente.
Desculpas
Poucas horas depois do assassinato de Menezes, a Scotland Yard se desculpou publicamente pelo ocorrido, classificando sua ação como "um grave erro contra o brasileiro".
Blair afirmou que tomou conhecimento sobre o fato de um homem inocente ter sido assassinado apenas na manhã do dia seguinte ao ocorrido.
"A investigação da Comissão de Queixas Policiais (IPCC) será feita com transparência", disse Blair.
"Penso que a pessoa na cúpula do poder é responsável, finalmente responsável, e irá lidar com isso quando for necessário. As conjecturas sobre possibilidades... francamente não vale a pena traze-las à tona", acrescentou.
Para Blair, o assassinato de Menezes "foi uma tragédia horrível". "Naquela manhã (do dia 22 de julho) a polícia metropolitana estava enfrentando a crise operacional mais grave de sua história depois de uma segunda onda de atentados fracassados", afirmou.
"Isso nos deixou enfrentando uma situação única no mudo ocidental. Não há desculpas, somente foi parte do contexto em que aconteceu", concluiu.
O IPCC prevê apresentar as conclusões de sua investigação em fevereiro.
Especial
Leia cobertura completa sobre os ataques em Londres
Leia o que já foi publicado sobre Jean Charles de Menezes
Scotland Yard nega omissões sobre morte de Jean Charles
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O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, negou que tenha omitido fatos sobre o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes em julho último, morto a tiros por agentes britânicos que buscavam os terroristas responsáveis pelos ataques contra o sistema de transporte em Londres.
Arquivo pessoal |
Jean Charles, morto pela polícia em Londres |
Blair, que é investigado por uma comissão independente por ser acusado pela família Menezes de não tê-los informado sobre o fato, declarou à radio 4 da BBC que "nunca omitiu a verdade sobre o assunto". "Temos que assumir as responsabilidades pelos horríveis acontecimentos. Mas não há nenhuma evidência que se tenha omitido a verdade a respeito", disse.
Depois da morte de Menezes, Blair falou à imprensa, afirmando que o brasileiro se negou a parar quando interceptado pela polícia, além de ter pulado catracas da estação e estar vestido com uma jaqueta [considerada suspeita] , acusações que testemunhas e pessoas próximas ao brasileiro negam categoricamente.
Desculpas
Poucas horas depois do assassinato de Menezes, a Scotland Yard se desculpou publicamente pelo ocorrido, classificando sua ação como "um grave erro contra o brasileiro".
Blair afirmou que tomou conhecimento sobre o fato de um homem inocente ter sido assassinado apenas na manhã do dia seguinte ao ocorrido.
"A investigação da Comissão de Queixas Policiais (IPCC) será feita com transparência", disse Blair.
"Penso que a pessoa na cúpula do poder é responsável, finalmente responsável, e irá lidar com isso quando for necessário. As conjecturas sobre possibilidades... francamente não vale a pena traze-las à tona", acrescentou.
Para Blair, o assassinato de Menezes "foi uma tragédia horrível". "Naquela manhã (do dia 22 de julho) a polícia metropolitana estava enfrentando a crise operacional mais grave de sua história depois de uma segunda onda de atentados fracassados", afirmou.
"Isso nos deixou enfrentando uma situação única no mudo ocidental. Não há desculpas, somente foi parte do contexto em que aconteceu", concluiu.
O IPCC prevê apresentar as conclusões de sua investigação em fevereiro.
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