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25/12/2005
-
22h39
da Folha Online
da Efe, em Nova York
Um ano após o mais devastador tsunami da história ter causado a morte de ao menos 220 mil pessoas, segundo números oficiais --a ONG cristã Caritas fala em 400 mil--, a ONU (Organização das Nações Unidas) informou neste domingo que a reconstrução nos países afetados pode durar uma década.
O alerta foi feito pelo enviado especial da ONU para o tsunami, Eric Shwartz, em Nova York. Nesta semana, Shwartz afirmou que "os piores dias ficaram para trás, mas a magnitude da destruição ainda é enorme". Ele lembrou ainda a comoção mundial após a formação do tsunami.
No dia 26 de dezembro de 2004, um terremoto de 9 graus na escala Richter ocorrido às 7h59 (22h59 do dia anterior, no horário de Brasília) foi registrado próximo à costa oeste da ilha de Sumatra (Indonésia), 10 km abaixo do fundo do mar. O sismo provocou um tsunamis [ondas gigantes] de 15 metros de altura e devastou cidades no sul da Ásia e no leste da África.
Segundo o enviado da ONU, a ajuda de emergência da comunidade internacional não teve precedentes --US$ 13,6 bilhões--, mas ainda há "um longo caminho a ser percorrido".
Shwartz também lembrou a devastação física provocada pelas ondas gigantes, que atingiram uma área de 3.200 quilômetros quadrados e destruíram 430 mil casas. A tragédia também deixou milhares de órfãos e forçou o deslocamento de 2 milhões de pessoas.
Doações
Assistente de Bill Clinton --enviado especial da ONU para o desastre natural--, Shwartz afirmou que a prioridade do ex-presidente dos Estados Unidos é pressionar os países doadores para que continuem ajudando os países atingidos.
Deepak Bjattasali, representante do Banco Mundial, também aproveitou a ocasião para ressaltar que, apesar de "começar pouco depois do desastre, o processo de reconstrução pode levar de cinco a dez anos para ser completado".
Bjattasali afirmou que o processo implica "não apenas melhorias nas condições de vida dos desabrigados, mas também a aceleração do crescimento da economia, com a criação de postos de trabalho, assim como a restituição da capacidade institucional dos países".
O representante do BM reconheceu que os resultados na reconstrução foram distintos nos vários países afetados pelo tsunami, mas assinalou que "existe uma satisfação generalizada de ver que o processo segue por um bom caminho".
Programas
Johan Schaar, da Federação Internacional da Cruz Vermelha, destacou a importância do plano de ação para o período de 2006 a 2010, adotado pela ONG com o objetivo de contribuir a longo prazo na recuperação das zonas atingidas pelo tsunami.
Schaar informou que o projeto inclui programas de habitação e de atendimento psicológico às vítimas, assim como serviços de saúde e outras necessidades de infra-estrutura para a população.
Schaar ressaltou que a comunidade internacional também deve lembrar o primeiro aniversário da realização da primeira Conferência Mundial para a Redução de Desastres Naturais, celebrada na cidade japonesa de Kobe de 18 a 22 de janeiro de 2005.
"O tsunami foi apenas a ponta do iceberg. Devemos continuar mantendo na agenda global o tema da redução de desastres", indicou.
Margareta Wahlstrom, secretária-geral adjunta para Assuntos Humanitários da ONU, fez um apelo para que a resposta generosa da comunidade internacional continue nesta etapa de reconstrução.
"O maior risco é que as pessoas se esqueçam das vítimas. Por isso é importante que os países mantenham os compromissos adquiridos em 2005", disse.
Especial
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Reconstrução após tsunami pode levar dez anos, diz ONU
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da Efe, em Nova York
Um ano após o mais devastador tsunami da história ter causado a morte de ao menos 220 mil pessoas, segundo números oficiais --a ONG cristã Caritas fala em 400 mil--, a ONU (Organização das Nações Unidas) informou neste domingo que a reconstrução nos países afetados pode durar uma década.
O alerta foi feito pelo enviado especial da ONU para o tsunami, Eric Shwartz, em Nova York. Nesta semana, Shwartz afirmou que "os piores dias ficaram para trás, mas a magnitude da destruição ainda é enorme". Ele lembrou ainda a comoção mundial após a formação do tsunami.
No dia 26 de dezembro de 2004, um terremoto de 9 graus na escala Richter ocorrido às 7h59 (22h59 do dia anterior, no horário de Brasília) foi registrado próximo à costa oeste da ilha de Sumatra (Indonésia), 10 km abaixo do fundo do mar. O sismo provocou um tsunamis [ondas gigantes] de 15 metros de altura e devastou cidades no sul da Ásia e no leste da África.
Segundo o enviado da ONU, a ajuda de emergência da comunidade internacional não teve precedentes --US$ 13,6 bilhões--, mas ainda há "um longo caminho a ser percorrido".
Shwartz também lembrou a devastação física provocada pelas ondas gigantes, que atingiram uma área de 3.200 quilômetros quadrados e destruíram 430 mil casas. A tragédia também deixou milhares de órfãos e forçou o deslocamento de 2 milhões de pessoas.
Doações
Assistente de Bill Clinton --enviado especial da ONU para o desastre natural--, Shwartz afirmou que a prioridade do ex-presidente dos Estados Unidos é pressionar os países doadores para que continuem ajudando os países atingidos.
Deepak Bjattasali, representante do Banco Mundial, também aproveitou a ocasião para ressaltar que, apesar de "começar pouco depois do desastre, o processo de reconstrução pode levar de cinco a dez anos para ser completado".
Bjattasali afirmou que o processo implica "não apenas melhorias nas condições de vida dos desabrigados, mas também a aceleração do crescimento da economia, com a criação de postos de trabalho, assim como a restituição da capacidade institucional dos países".
O representante do BM reconheceu que os resultados na reconstrução foram distintos nos vários países afetados pelo tsunami, mas assinalou que "existe uma satisfação generalizada de ver que o processo segue por um bom caminho".
Programas
Johan Schaar, da Federação Internacional da Cruz Vermelha, destacou a importância do plano de ação para o período de 2006 a 2010, adotado pela ONG com o objetivo de contribuir a longo prazo na recuperação das zonas atingidas pelo tsunami.
Schaar informou que o projeto inclui programas de habitação e de atendimento psicológico às vítimas, assim como serviços de saúde e outras necessidades de infra-estrutura para a população.
Schaar ressaltou que a comunidade internacional também deve lembrar o primeiro aniversário da realização da primeira Conferência Mundial para a Redução de Desastres Naturais, celebrada na cidade japonesa de Kobe de 18 a 22 de janeiro de 2005.
"O tsunami foi apenas a ponta do iceberg. Devemos continuar mantendo na agenda global o tema da redução de desastres", indicou.
Margareta Wahlstrom, secretária-geral adjunta para Assuntos Humanitários da ONU, fez um apelo para que a resposta generosa da comunidade internacional continue nesta etapa de reconstrução.
"O maior risco é que as pessoas se esqueçam das vítimas. Por isso é importante que os países mantenham os compromissos adquiridos em 2005", disse.
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