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26/12/2005 - 08h04

Milhares homenageiam vítimas do tsunami na Ásia

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da France Presse, em Banda Aceh
da Folha Online

A Indonésia, o primeiro país atingido pelo tsunami de 26 de dezembro de 2004, fez um minuto de silêncio nesta segunda-feira em homenagem às vítimas das ondas gigantes que mataram mais de 220 mil pessoas em vários países no sul da Ásia e leste da África.

Sobreviventes, familiares e amigos das vítimas se reuniram em mesquitas, igrejas e nas praias dos países atingidos pelo tsunami.

As homenagens começaram na Indonésia, cujo presidente, Susilo Bambang Yudhoyono, comandou uma cerimônia no momento exato em que as ondas gigantes atingiram a Província de Aceh, causando cerca de 168 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.

Adrees Latif/Reuters
Alemã observa o mar com sua filha no colo em Khao Lak, Tailândia, um ano após o maremoto
"Que (as vítimas) descansem em paz. O momento de silêncio começa", declarou Yudhoyono numa cerimônia para 500 pessoas celebrada na mesquita de Ulee Lheu, na periferia de Banda Aceh, uma região totalmente destruída pelo tsunami, com exceção da mesquita.

Em seguida, o presidente da Indonésia acionou uma das sirenes que fazem parte do novo sistema de advertência à população civil de possíveis catástrofes naturais.

O minuto de silêncio foi respeitado exatamente às 8h16 locais, momento em que o tsunami chegou ao litoral indonésio para posteriormente assolar também outros dez países do sudeste asiático.

Tailândia

No sul da Tailândia, milhares de tailandeses e estrangeiros, tanto sobreviventes do tsunami como familiares das vítimas, se reuniram nesta segunda-feira em várias praias do país para homenagear as quase 5.400 vítimas das ondas gigantes.

Várias cerimônias oficiais estão previstas ao longo do dia em quatro Províncias do sul da Tailândia.

Os danos causados pelo tsunami já foram amplamente reparados, sobretudo em localidades turísticas como Phuket, Krabi, a Ilha de Phi Phi e Khao Lak.

As cerimônias oficiais foram abertas com um minuto de silêncio e a colocação de flores --orquídeas brancas-- em seis praias afetadas na tragédia e diante do Muro da Recordação em Phuket, situado no lado de fora de um dos centros de identificação das vítimas --885 continuam sem identificação.

Numerosos grupos de estrangeiros realizaram suas próprias cerimônias religiosas em seus idiomas maternos. Os países ocidentais que perderam o maior número de cidadãos foram Suécia (543) e Alemanha (537).
No Sri Lanka e na Índia também foram realizadas homenagens às vítimas.

Clinton

O ex-presidente americano e enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para a reconstrução pós-tsunami, Bill Clinton (1993-2001), disse nesta segunda-feira que ainda há muito que fazer na Indonésia.

Clinton se referiu à reconstrução pós-tsunami na Indonésia em mensagem gravada, que foi emitida na cerimônia de homenagem na capital da Província de Aceh.

"Todo o mundo, com a ONU, as organizações financeiras internacionais e a sociedade civil, está ajudando a construir escolas, centros de saúde e estradas. Mas ainda há muito que fazer", declarou Clinton.

O ex-presidente americano, que fez uma rápida visita a Aceh em novembro último, disse que ficará satisfeito quando todos os indonésios "tiverem casas decentes e oportunidades de trabalho, de forma que as crianças do país possam crescer com um renovado sentimento de segurança".

"Dezenas de milhares de indonésios estão vivendo em casas pré-fabricadas inadequadas, com escasso acesso a informações sobre o futuro", disse Clinton, que elogiou o trabalho de Kuntoro Mangkusubroto, chefe da organização encarregada da reconstrução de Aceh.

Já o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em mensagem gravada divulgada nesta segunda-feira na Província de Aceh, disse que os maiores desafios na Indonésia ainda estão por vir.

"De certo modo, os dias mais difíceis ainda devem chegar", declarou Annan. "Os chefes de família têm uma terrível necessidade de voltar a contar com os meios para ganhar a vida. Centenas de milhares de famílias necessitam de uma nova casa permanente, e os povoados devem ser reconstruídos", acrescentou o secretário-geral da ONU.

Bush

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recordou o primeiro aniversário do tsunami com uma mensagem de consolo emitida nesta segunda-feira, na cerimônia de homenagem às vítimas.
"A natureza é uma força imponente e pode causar grandes tragédias, ainda que através da história universal. A humanidade sempre conseguiu seguir adiante e se reconstruir novamente", declarou Bush.

"Um ano depois do tsunami, os americanos de todas as confissões religiosas se unem aos outros países do mundo num espírito de unidade e recordação. Que Deus onipotente leve consolo a todos os afetados pelo tsunami e lhes de força nos próximos anos", acrescentou.

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