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28/12/2005
-
13h15
da Folha Online
O oficial da ONU (Organização das Nações Unidas) que acompanhou as eleições iraquianas, realizadas no último dia 15, declarou nesta quarta-feira que o pleito é "crível" e "transparente". Craig Jennes, que participou de uma coletiva de imprensa com membros da Comissão Eleitoral Independente do Iraque, afirmou também "não haver justificativa" para a realização de uma nova votação.
Nesta terça-feira, milhares de iraquianos protestaram contra o resultado do pleito, que deu a vitória aos xiitas. Hoje, lideranças xiitas e curdas --que também obtiveram várias cadeiras no primeiro Parlamento permanente do Iraque, após a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003-- se reuniram para discutir a formação de uma aliança governamental.
"A ONU confirma a legitimidade das eleições. Muitos eleitores foram às urnas e o dia foi pacífico. Todas as comunidades [religiosas] do Iraque participaram", afirmou Jennes.
Grupos sunitas e xiitas seculares reclamam que houve fraude durante o pleito, e exigem a realização de uma nova votação em várias províncias iraquianas, caso contrário, irão boicotar o novo governo, e realizar vários atos de desobediência civil.
Irregularidades
Mais de 40 formações políticas denunciaram "diversas irregularidades" cometidas durante o processo eleitoral e exigiram a dissolução da comissão eleitoral.
Além disso, insistiram que se forme uma comissão internacional para investigar as supostas irregularidades, e alguns líderes sunitas chegaram a pedir a repetição da votação, o que foi claramente rejeitado tanto pela aliança xiita como pela coalizão curda.
'Não se pode considerar nulas as eleições, nem se pode repetir a votação. No Iraque temos uma lei eleitoral que é preciso ser cumprida e uma comissão eleitoral que devemos respeitar', disse Abdel Aziz al Hakim, líder do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica, o maior partido xiita iraquiano, após sua reunião com Massoud Barzani, líder do Partido Democrático do Curdistão, realizada nesta terça-feira.
Al Hakim defende a criação de uma federação independente para os curdos no norte e outra para os xiitas nas províncias do centro e sul do país, idéia que os sunitas tinham rejeitado categoricamente ao considerar que isso poderia levar à "divisão do Iraque".
Árabes sunitas participaram das últimas eleições depois que vários de seus líderes reconhecessem que seu boicote do pleito de janeiro passado --que elegeu o governo transitório do país e o responsável pela nova Constituição iraquiana-- foi um "erro".
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre as eleições parlamentares no Iraque
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ONU diz que eleições no Iraque são "legítimas"
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O oficial da ONU (Organização das Nações Unidas) que acompanhou as eleições iraquianas, realizadas no último dia 15, declarou nesta quarta-feira que o pleito é "crível" e "transparente". Craig Jennes, que participou de uma coletiva de imprensa com membros da Comissão Eleitoral Independente do Iraque, afirmou também "não haver justificativa" para a realização de uma nova votação.
Nesta terça-feira, milhares de iraquianos protestaram contra o resultado do pleito, que deu a vitória aos xiitas. Hoje, lideranças xiitas e curdas --que também obtiveram várias cadeiras no primeiro Parlamento permanente do Iraque, após a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003-- se reuniram para discutir a formação de uma aliança governamental.
"A ONU confirma a legitimidade das eleições. Muitos eleitores foram às urnas e o dia foi pacífico. Todas as comunidades [religiosas] do Iraque participaram", afirmou Jennes.
Grupos sunitas e xiitas seculares reclamam que houve fraude durante o pleito, e exigem a realização de uma nova votação em várias províncias iraquianas, caso contrário, irão boicotar o novo governo, e realizar vários atos de desobediência civil.
Irregularidades
Mais de 40 formações políticas denunciaram "diversas irregularidades" cometidas durante o processo eleitoral e exigiram a dissolução da comissão eleitoral.
Além disso, insistiram que se forme uma comissão internacional para investigar as supostas irregularidades, e alguns líderes sunitas chegaram a pedir a repetição da votação, o que foi claramente rejeitado tanto pela aliança xiita como pela coalizão curda.
'Não se pode considerar nulas as eleições, nem se pode repetir a votação. No Iraque temos uma lei eleitoral que é preciso ser cumprida e uma comissão eleitoral que devemos respeitar', disse Abdel Aziz al Hakim, líder do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica, o maior partido xiita iraquiano, após sua reunião com Massoud Barzani, líder do Partido Democrático do Curdistão, realizada nesta terça-feira.
Al Hakim defende a criação de uma federação independente para os curdos no norte e outra para os xiitas nas províncias do centro e sul do país, idéia que os sunitas tinham rejeitado categoricamente ao considerar que isso poderia levar à "divisão do Iraque".
Árabes sunitas participaram das últimas eleições depois que vários de seus líderes reconhecessem que seu boicote do pleito de janeiro passado --que elegeu o governo transitório do país e o responsável pela nova Constituição iraquiana-- foi um "erro".
Com agências internacionais
Especial
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