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29/12/2005
-
13h18
da Efe, no Cairo
O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, disse em entrevista à rede de TV Al Jazira (Qatar) que o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, é "o único terrorista", e denunciou uma "guerra suja" dos Estados Unidos contra ele.
"Bush é o único que intervém militarmente nos assuntos de outros países. Isso é terrorismo de Estado, mas aqueles que reivindicam seus direitos, esses não são terroristas", disse Morales, segundo a tradução da entrevista, transmitida pela Al Jazira na manhã desta quinta-feira.
"Eles [a administração dos EUA] são os assassinos, por praticar o terrorismo de Estado e lançar uma guerra suja contra nós", disse Morales, que considerou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, como "Dona Condolência".
Morales também se referiu à presença militar dos EUA na Bolívia, e advertiu que não permitirá que nenhum soldado americano saia de suas bases vestindo o uniforme, porque "quero fazê-los respeitar a Constituição de nosso país".
Petróleo
Ao explicar seus polêmicos planos para nacionalizar os recursos petrolíferos e do gás, Morales disse não querer confiscar as propriedades das companhias estrangeiras que investiram nesses setores.
"Se estas companhias aceitarem ser nossas parceiras, daremos a elas as boas vindas, mas, segundo novas regras, não do pressuposto de que estas companhias são donas legítimas de nossos recursos naturais", disse.
"Não buscamos confiscar as propriedades destas empresas ou sua tecnologia; queremos ser parceiros em pé de igualdade para nos beneficiar das receitas, criar novos empregos, erradicar o analfabetismo e fazer da Bolívia um país industrial", esclareceu.
Segundo Morales, "precisamos de parceiros e não donos; vou me coordenar com o presidente venezuelano [Hugo] Chávez, os presidentes do Brasil [Luiz Inácio Lula da Silva] e da Argentina [Néstor Kirchner] e de outros países, como parte de uma campanha para recuperar o controle de nossos recursos naturais sem esperar que os EUA ou o Banco Mundial venham nos ajudar".
Recorde
As eleições gerais do último dia 18 na Bolívia bateram todos os recordes de participação na história do país, com 84,5% dos cidadãos, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
Morales, líder do Movimento ao Socialismo (MAS), venceu o pleito com 1.543.776 dos votos, 53,7%, seguido do chefe do Poder Democrático Social (Podemos), o ex-presidente Jorge Quiroga, com 821.343 votos, 28,5%.
No último dia 18, mais de 3,6 milhões de bolivianos tinham direito a voto para escolher presidente, vice-presidente, 157 legisladores e os governadores dos nove departamentos do país andino.Votaram 3.101.092 cidadãos, o que representa uma participação de 84,5%, a mais alta dos últimos 25 anos.
Especial
Leia cobertura completa sobre as eleições na Bolívia
Leia o que já foi publicado sobre Evo Morales
Novo presidente da Bolívia chama Bush de "terrorista"
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O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, disse em entrevista à rede de TV Al Jazira (Qatar) que o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, é "o único terrorista", e denunciou uma "guerra suja" dos Estados Unidos contra ele.
"Bush é o único que intervém militarmente nos assuntos de outros países. Isso é terrorismo de Estado, mas aqueles que reivindicam seus direitos, esses não são terroristas", disse Morales, segundo a tradução da entrevista, transmitida pela Al Jazira na manhã desta quinta-feira.
"Eles [a administração dos EUA] são os assassinos, por praticar o terrorismo de Estado e lançar uma guerra suja contra nós", disse Morales, que considerou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, como "Dona Condolência".
Morales também se referiu à presença militar dos EUA na Bolívia, e advertiu que não permitirá que nenhum soldado americano saia de suas bases vestindo o uniforme, porque "quero fazê-los respeitar a Constituição de nosso país".
Petróleo
Ao explicar seus polêmicos planos para nacionalizar os recursos petrolíferos e do gás, Morales disse não querer confiscar as propriedades das companhias estrangeiras que investiram nesses setores.
"Se estas companhias aceitarem ser nossas parceiras, daremos a elas as boas vindas, mas, segundo novas regras, não do pressuposto de que estas companhias são donas legítimas de nossos recursos naturais", disse.
"Não buscamos confiscar as propriedades destas empresas ou sua tecnologia; queremos ser parceiros em pé de igualdade para nos beneficiar das receitas, criar novos empregos, erradicar o analfabetismo e fazer da Bolívia um país industrial", esclareceu.
Segundo Morales, "precisamos de parceiros e não donos; vou me coordenar com o presidente venezuelano [Hugo] Chávez, os presidentes do Brasil [Luiz Inácio Lula da Silva] e da Argentina [Néstor Kirchner] e de outros países, como parte de uma campanha para recuperar o controle de nossos recursos naturais sem esperar que os EUA ou o Banco Mundial venham nos ajudar".
Recorde
As eleições gerais do último dia 18 na Bolívia bateram todos os recordes de participação na história do país, com 84,5% dos cidadãos, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
Morales, líder do Movimento ao Socialismo (MAS), venceu o pleito com 1.543.776 dos votos, 53,7%, seguido do chefe do Poder Democrático Social (Podemos), o ex-presidente Jorge Quiroga, com 821.343 votos, 28,5%.
No último dia 18, mais de 3,6 milhões de bolivianos tinham direito a voto para escolher presidente, vice-presidente, 157 legisladores e os governadores dos nove departamentos do país andino.Votaram 3.101.092 cidadãos, o que representa uma participação de 84,5%, a mais alta dos últimos 25 anos.
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