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30/12/2005
-
12h05
da Folha Online
Após inúmeras reclamações e acusações de fraude feitas por políticos seculares xiitas e sunitas, uma comissão internacional foi criada para analisar as eleições iraquianas ocorridas no último dia 15. O grupo será composto por membros da Liga Árabe, da Associação Canadense de ex-parlamentares e por um acadêmico europeu.
Ontem, grupos políticos sunitas anunciaram que não iriam participar do processo de formação de um novo governo, até que todas as denúncias de fraude --1.500, no total-- fossem esclarecidas.
O anúncio da comissão contraria o discurso empregado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o governo dos Estados Unidos nos últimos dias, que têm creditado legitimidade ao pleito. Nesta quarta-feira, o enviado da ONU ao Iraque Craig Jennes, afirmou que as eleições eram "válidas".
A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pela Missão Internacional para as Eleições Iraquianas e o objetivo da comissão é aplacar as reclamações sobre o processo eleitoral. De acordo com o comunicado oficial emitido na noite desta quinta-feira, e equipe deverá estudar "as reclamações pós-eleições, a participação dos eleitores e as auditorias pós-pleito realizadas pela Comissão Eleitoral Independente do Iraque".
Formado em dezembro de 2004, o grupo canadense tem trabalhado junto a monitores da União Européia (UE) para auxiliar na observação de processos eleitorais, especialmente no Oriente Médio.
Membros da comissão eleitoral iraquiana têm defendido o trabalho da organização durante o pleito, e afirmam que observadores internacionais podem consultar a qualquer momento o trabalho desenvolvido.
Reclamações
Entre as reclamações contra as eleições iraquianas, incluindo 50 que podem afetar os resultados em alguns distritos. A vitória dos partidos políticos xiitas ligados aos movimentos religiosos mais estritos no Iraque não deverá mudar, apesar disso.
Resultados preliminares das eleições favorecem a Aliança Iraquiana Unida --o maior partido político xiita, de origem religiosa-- mas apesar de ter ganho boa parte dos votos, os xiitas terão que fazer alianças políticas para governar. Nos últimos três dias, políticos xiitas têm negociado o apoio de líderes curdos, e é possível que a nova coalizão do governo iraquiano já seja anunciada na próxima semana.
A Frente de Acordo Iraquiana, maior partido político sunita e a Lista Iraquiana Nacional, partido xiita laico liderado pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi receberam positivamente a decisão.
Em entrevista à rede de TV CNN, Allawi disse que uma nova eleição nacional "não seria prática", e defende a reavaliação dos resultados do pleito.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre as eleições parlamentares no Iraque
Leia o que já foi publicado sobre as eleições parlamentares no Iraque
Equipe internacional vai revisar eleições no Iraque
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Após inúmeras reclamações e acusações de fraude feitas por políticos seculares xiitas e sunitas, uma comissão internacional foi criada para analisar as eleições iraquianas ocorridas no último dia 15. O grupo será composto por membros da Liga Árabe, da Associação Canadense de ex-parlamentares e por um acadêmico europeu.
Ontem, grupos políticos sunitas anunciaram que não iriam participar do processo de formação de um novo governo, até que todas as denúncias de fraude --1.500, no total-- fossem esclarecidas.
O anúncio da comissão contraria o discurso empregado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o governo dos Estados Unidos nos últimos dias, que têm creditado legitimidade ao pleito. Nesta quarta-feira, o enviado da ONU ao Iraque Craig Jennes, afirmou que as eleições eram "válidas".
A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pela Missão Internacional para as Eleições Iraquianas e o objetivo da comissão é aplacar as reclamações sobre o processo eleitoral. De acordo com o comunicado oficial emitido na noite desta quinta-feira, e equipe deverá estudar "as reclamações pós-eleições, a participação dos eleitores e as auditorias pós-pleito realizadas pela Comissão Eleitoral Independente do Iraque".
Formado em dezembro de 2004, o grupo canadense tem trabalhado junto a monitores da União Européia (UE) para auxiliar na observação de processos eleitorais, especialmente no Oriente Médio.
Membros da comissão eleitoral iraquiana têm defendido o trabalho da organização durante o pleito, e afirmam que observadores internacionais podem consultar a qualquer momento o trabalho desenvolvido.
Reclamações
Entre as reclamações contra as eleições iraquianas, incluindo 50 que podem afetar os resultados em alguns distritos. A vitória dos partidos políticos xiitas ligados aos movimentos religiosos mais estritos no Iraque não deverá mudar, apesar disso.
Resultados preliminares das eleições favorecem a Aliança Iraquiana Unida --o maior partido político xiita, de origem religiosa-- mas apesar de ter ganho boa parte dos votos, os xiitas terão que fazer alianças políticas para governar. Nos últimos três dias, políticos xiitas têm negociado o apoio de líderes curdos, e é possível que a nova coalizão do governo iraquiano já seja anunciada na próxima semana.
A Frente de Acordo Iraquiana, maior partido político sunita e a Lista Iraquiana Nacional, partido xiita laico liderado pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi receberam positivamente a decisão.
Em entrevista à rede de TV CNN, Allawi disse que uma nova eleição nacional "não seria prática", e defende a reavaliação dos resultados do pleito.
Com agências internacionais
Especial
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