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01/01/2006 - 14h21

Funcionário de Bush se opôs à vigilância secreta de civis, diz jornal

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da Efe, em Washington

O secretário interino de Justiça em março de 2004, James Comey, opôs-se a alguns aspectos do programa de vigilância secreta das comunicações de civis residentes nos Estados Unidos ordenado pelo presidente George W. Bush, informou neste domingo o jornal "The New York Times".

Em 16 de dezembro passado, o mesmo jornal revelou que, desde 2002, a administração Bush usou a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) para realizar escuta clandestina de ligações telefônicas e espionagem de e-mails internacionais de supostos terroristas.

De acordo com a publicação, a administração Bush iniciou o programa e o mantém sem pedir permissão à Justiça americana.

O presidente Bush admitiu três dias depois que havia ordenado as ações. Ele disse que as operações continuarão e sustentou que a sua divulgação era um "ato vergonhoso" que prejudicava a segurança nacional.

O Departamento de Justiça investiga agora o modo como a informação secreta chegou à imprensa. A União de Liberdades Civis Americana (Aclu, na sigla em inglês) defendeu que o governo investigue se Bush violou a lei quando autorizou a espionagem.

O "New York Times" afirmou hoje que, em março de 2004, quando o então secretário de Justiça, John Ashcroft, estava no hospital, o secretário interino Comey afirmou que "não estava disposto a dar sua aprovação para aspectos centrais do programa" de escutas.

A recusa de Comey ocorreu "em meio a preocupações sobre a legalidade e a supervisão do programa".

O secretário da Presidência Andrew Card e o então advogado da Casa Branca Alberto González, que agora é secretário de Justiça, visitaram Ashcroft em um hospital de Washington para recolher sua aprovação ao programa.

O "Times" atribuiu a informação a funcionários "que tiveram conhecimento dos tensos debates internos" na administração Bush sobre o programa de espionagem dentro do país.

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