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05/01/2006
-
09h33
da Folha Online
O vice-premiê israelense, Ehud Olmert, 60, assumiu nesta quinta-feira o comando de Israel no lugar de Ariel Sharon, internado às pressas na noite desta quarta-feira após um acidente vascular cerebral (AVC).
Olmert deve conduzir o país às eleições legislativas --previstas para 28 de março próximo-- e controlar a segurança israelense, recrudescida nas últimas semanas depois que grupos extremistas palestinos anunciaram a retomada maciça dos ataques com o fim do acordo de cessar-fogo.
O primeiro-ministro interino de Israel acumulara até o momento, além do cargo de vice-premiê, a pasta de Indústria, Comércio e Trabalho. Uma das figuras mais importantes da política israelense, até pouco tempo atrás, Olmert era considerado peça-chave do Partido de direita Likud (direita) --que domina o governo e ao qual Sharon também pertencia, antes de romper com a legenda e formar o seu próprio partido (Kadima, de centro), acompanhado por Olmert.
Advogado por formação, Olmert entrou na política israelense em 1973, após conseguir uma vaga no Knesset (Parlamento) israelense. Em 1980, foi elevado ao posto de ministro sem pasta, responsável por relações comerciais de menor porte, e em 1992, assumiu a pasta da Saúde.
No ano seguinte, em 1993, Olmert foi eleito prefeito de Jerusalém, e retornou ao Knesset em 1998. Em 2003, assumiu o posto de vice-premiê e o Ministério da Indústria.
O vice-premiê é casado, e tem quatro filhos.
Retirada
Apesar de ser considerado um político mais linha-dura que Sharon, Olmert deu grande apoio ao plano de retirada de Gaza e da Cisjordânia, levado a cabo no ano passado. O projeto de remoção das 25 colônias foi rechaçado pela direita israelense, entretanto, o vice-premiê apoiou integralmente a medida.
Em agosto do ano passado, o Exército israelense colocou em prática o plano de retirada criado por Sharon, que colocava um fim à ocupação de 38 anos da faixa de Gaza. Olmert não só foi o principal articulador do programa, como também deu apoio explícito à medida, dizendo que o melhor para Israel era se distanciar o máximo possível dos palestinos.
"Devemos nos separar o quanto antes e o máximo possível dos palestinos, não porque nos obrigam a isso, mas sim porque a situação atual nos causa enormes danos", disse Olmert à época do início da retirada.
O vice-premiê foi o primeiro ministro israelense que defendeu uma retirada unilateral de israelense de grande parte dos territórios palestinos ocupados.
Jerusalém
Uma das principais lutas de Olmert é a anexação integral de Jerusalém ao território israelense, cidade cuja parte oriental é reivindicada como a capital do novo Estado palestino. Como vários israelenses, o vice-premiê não aceita a divisão da cidade.
Como prefeito de Jerusalém, Olmert investiu na infra-estrutura da cidade, melhorando o sistema de transportes e de água e esgoto.
Enquanto esteve na prefeitura, o vice-premiê também apoiou a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, principalmente em volta de Jerusalém Oriental, para bloquear a aproximação dos palestinos da cidade.
Com Biblioteca Virtual Judaica e France PPresse
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O vice-premiê israelense, Ehud Olmert, 60, assumiu nesta quinta-feira o comando de Israel no lugar de Ariel Sharon, internado às pressas na noite desta quarta-feira após um acidente vascular cerebral (AVC).
Olmert deve conduzir o país às eleições legislativas --previstas para 28 de março próximo-- e controlar a segurança israelense, recrudescida nas últimas semanas depois que grupos extremistas palestinos anunciaram a retomada maciça dos ataques com o fim do acordo de cessar-fogo.
05.jan.2006/Efe |
Ehud Olmert, primeiro-ministro interino do governo de Israel |
Advogado por formação, Olmert entrou na política israelense em 1973, após conseguir uma vaga no Knesset (Parlamento) israelense. Em 1980, foi elevado ao posto de ministro sem pasta, responsável por relações comerciais de menor porte, e em 1992, assumiu a pasta da Saúde.
No ano seguinte, em 1993, Olmert foi eleito prefeito de Jerusalém, e retornou ao Knesset em 1998. Em 2003, assumiu o posto de vice-premiê e o Ministério da Indústria.
O vice-premiê é casado, e tem quatro filhos.
Retirada
Apesar de ser considerado um político mais linha-dura que Sharon, Olmert deu grande apoio ao plano de retirada de Gaza e da Cisjordânia, levado a cabo no ano passado. O projeto de remoção das 25 colônias foi rechaçado pela direita israelense, entretanto, o vice-premiê apoiou integralmente a medida.
Em agosto do ano passado, o Exército israelense colocou em prática o plano de retirada criado por Sharon, que colocava um fim à ocupação de 38 anos da faixa de Gaza. Olmert não só foi o principal articulador do programa, como também deu apoio explícito à medida, dizendo que o melhor para Israel era se distanciar o máximo possível dos palestinos.
"Devemos nos separar o quanto antes e o máximo possível dos palestinos, não porque nos obrigam a isso, mas sim porque a situação atual nos causa enormes danos", disse Olmert à época do início da retirada.
O vice-premiê foi o primeiro ministro israelense que defendeu uma retirada unilateral de israelense de grande parte dos territórios palestinos ocupados.
Jerusalém
Uma das principais lutas de Olmert é a anexação integral de Jerusalém ao território israelense, cidade cuja parte oriental é reivindicada como a capital do novo Estado palestino. Como vários israelenses, o vice-premiê não aceita a divisão da cidade.
Como prefeito de Jerusalém, Olmert investiu na infra-estrutura da cidade, melhorando o sistema de transportes e de água e esgoto.
Enquanto esteve na prefeitura, o vice-premiê também apoiou a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, principalmente em volta de Jerusalém Oriental, para bloquear a aproximação dos palestinos da cidade.
Com Biblioteca Virtual Judaica e France PPresse
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