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06/01/2006
-
03h47
da Folha Online
A condição clínica do premiê israelense Ariel Sharon, hospitalizado desde quarta-feira, permanece inalterada: grave, mas estável, segundo o último boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira. Ele continua em coma induzido e sua pressão cerebral se manteve firme. "Esse é um sinal positivo", afirmou diretor do Hospital Hadassah, Shlomo Mor-Yosef. O boletim foi divulgado por volta de 7h (3h de Brasília).
Os médicos mantêm a perspectiva de que Sharon deve ficar em coma induzido até pelo menos sábado, para que seu corpo tenha condições de se recuperar do que eles classificaram como um "severo trauma" e para "manter a pressão intra-craniana baixa."
Sharon está sob efeito de sedativos e respira com a ajuda de aparelhos. Seu estado é grave, mas estável. O vice-premiê Ehud Olmert assumiu interinamente a chefia do governo de Israel.
No comunicado desta sexta-feira, quase 24 horas após o término da longa cirurgia cerebral a que foi submetido Sharon, seus sinais vitais eram estáveis, afirmou Mor-Yosef.
"A noite passou sem sem alterações. Todos os parâmetros que nós checamos, pressão sangüínea, pulso, urina e pressão do crânio, todos eles estão estáveis", disse o médico. "A pressão do crânio está dentro do normal, sem a necessidade de que nós drenemos fluidos cerebrais", concluiu.
Trabalho
Nesta quinta-feira, o diretor do hospital se mostrou pessimista em relação à possibilidade de Sharon retomar a chefia de governo, que foi assumida interinamente pelo vice-primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert.
"Eu devo dizer que, sob as atuais circunstâncias, isso não será possível", afirmou Mor-Yosef ao ser questionado a respeito pelos jornalistas.
Um porta-voz do hospital afirmou que os dois filhos do premiê e seus assessores mais próximos permanecem em vigília em seu quarto.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, telefonou para o escritório de Sharon para saber de seu estado de saúde e desejar uma rápida recuperação, segundo o porta-voz de Abbas.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que Sharon, que criou o plano de retirada israelense de Gaza concluído em setembro último, é uma "figura gigantesca" no cenário político do Oriente Médio.
"Nós concentramos nossas orações e nossos pensamentos por sua recuperação", afirmou Rice em Washington.
Primeiras cirurgias
Nesta quarta-feira, Sharon foi submetido a um procedimento cirúrgico para tentar estancar o sangramento. Logo depois, uma tomografia revelou que o problema persistia, e ele voltou para a mesa de operações. A segunda cirurgia levou sete horas.
Segundo médicos do Hadassah, o sangramento foi detido, mas informações não-confirmadas relatam que o acidente teria deixado seqüelas no premiê, como a perda dos movimentos da parte inferior de seu corpo.
O diretor do hospital de Hadassah, Shlomo Mor Yosef, afirmou que a indução ao coma profundo faz parte do tratamento que está sendo aplicado a Sharon na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ele se recupera. Yosef disse que os médicos vão "fazer o possível" para manter a pressão sangüínea no cérebro de Sharon a níveis baixos.
Ao final da cirurgia, na manhã desta quinta-feira, Yosef afirmara que os sinais vitais de Sharon estavam estáveis, mas sua condição de saúde continuava crítica.
De acordo com informações do jornal israelense "Haaretz" fontes médicas relataram que o sangramento ocorrido ontem não afetou o tronco cerebral, o que poderia ter sido fatal a Sharon.
Antecedente
Essa é a segunda vez que Sharon sofre um AVC em menos de um mês. Em 18 de dezembro último, o primeiro-ministro foi internado às pressas no hospital de Hadassah depois que uma lesão em seu coração provocou um derrame de menor intensidade.
De acordo com o "Haaretz", um coágulo se formou em uma perfuração de poucos milímetros no coração que depois chegou ao cérebro e tapou brevemente uma das veias, até desintegrar-se de forma natural.
Médicos já tinham alertado anteriormente que um dos principais problemas enfrentados por Sharon é o excesso de peso [atualmente ele pesa 118 kg].
Consciência
Ainda segundo o "Haaretz", Sharon começou a se sentir mal [teve dores no peito e dificuldade para falar] quando estava em sua fazenda, em Negev, ao sul de Israel. O primeiro-ministro ministro, então, foi levado até o hospital, em companhia de seus dois filhos, Gilad e Omri.
Sharon foi conduzido imediatamente à UTI, ainda consciente. De acordo com redes de TV israelenses, o próprio premiê teria pedido para ser hospitalizado, e aparentava tranqüilidade quando chegou ao centro médico.
Caso não tivesse sofrido o AVC, Sharon seria internado nesta quinta-feira para se submeter a um cateterismo [inserção de um cateter nas veias cardíacas, para investigar a existência de coágulos ou outros problemas], em virtude de seu primeiro AVC. O plano dos médicos era de que ele ficasse internado por 24 horas e retomasse as atividades normais a partir deste fim de semana.
O premiê interino presidiu nesta quinta-feira a primeira reunião, e disse que "todos oram pela boa saúde de Sharon".
Com agências internacionais
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Condição de Sharon continua grave, mas estável, diz boletim médico
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A condição clínica do premiê israelense Ariel Sharon, hospitalizado desde quarta-feira, permanece inalterada: grave, mas estável, segundo o último boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira. Ele continua em coma induzido e sua pressão cerebral se manteve firme. "Esse é um sinal positivo", afirmou diretor do Hospital Hadassah, Shlomo Mor-Yosef. O boletim foi divulgado por volta de 7h (3h de Brasília).
Os médicos mantêm a perspectiva de que Sharon deve ficar em coma induzido até pelo menos sábado, para que seu corpo tenha condições de se recuperar do que eles classificaram como um "severo trauma" e para "manter a pressão intra-craniana baixa."
Sharon está sob efeito de sedativos e respira com a ajuda de aparelhos. Seu estado é grave, mas estável. O vice-premiê Ehud Olmert assumiu interinamente a chefia do governo de Israel.
No comunicado desta sexta-feira, quase 24 horas após o término da longa cirurgia cerebral a que foi submetido Sharon, seus sinais vitais eram estáveis, afirmou Mor-Yosef.
"A noite passou sem sem alterações. Todos os parâmetros que nós checamos, pressão sangüínea, pulso, urina e pressão do crânio, todos eles estão estáveis", disse o médico. "A pressão do crânio está dentro do normal, sem a necessidade de que nós drenemos fluidos cerebrais", concluiu.
Trabalho
Nesta quinta-feira, o diretor do hospital se mostrou pessimista em relação à possibilidade de Sharon retomar a chefia de governo, que foi assumida interinamente pelo vice-primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert.
"Eu devo dizer que, sob as atuais circunstâncias, isso não será possível", afirmou Mor-Yosef ao ser questionado a respeito pelos jornalistas.
AP |
O premiê israelense Ariel Sharon, atualmente hospitalizado em Jerusalém após sofrer derrame |
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, telefonou para o escritório de Sharon para saber de seu estado de saúde e desejar uma rápida recuperação, segundo o porta-voz de Abbas.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que Sharon, que criou o plano de retirada israelense de Gaza concluído em setembro último, é uma "figura gigantesca" no cenário político do Oriente Médio.
"Nós concentramos nossas orações e nossos pensamentos por sua recuperação", afirmou Rice em Washington.
Primeiras cirurgias
Nesta quarta-feira, Sharon foi submetido a um procedimento cirúrgico para tentar estancar o sangramento. Logo depois, uma tomografia revelou que o problema persistia, e ele voltou para a mesa de operações. A segunda cirurgia levou sete horas.
Segundo médicos do Hadassah, o sangramento foi detido, mas informações não-confirmadas relatam que o acidente teria deixado seqüelas no premiê, como a perda dos movimentos da parte inferior de seu corpo.
O diretor do hospital de Hadassah, Shlomo Mor Yosef, afirmou que a indução ao coma profundo faz parte do tratamento que está sendo aplicado a Sharon na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ele se recupera. Yosef disse que os médicos vão "fazer o possível" para manter a pressão sangüínea no cérebro de Sharon a níveis baixos.
Ao final da cirurgia, na manhã desta quinta-feira, Yosef afirmara que os sinais vitais de Sharon estavam estáveis, mas sua condição de saúde continuava crítica.
De acordo com informações do jornal israelense "Haaretz" fontes médicas relataram que o sangramento ocorrido ontem não afetou o tronco cerebral, o que poderia ter sido fatal a Sharon.
Antecedente
Essa é a segunda vez que Sharon sofre um AVC em menos de um mês. Em 18 de dezembro último, o primeiro-ministro foi internado às pressas no hospital de Hadassah depois que uma lesão em seu coração provocou um derrame de menor intensidade.
De acordo com o "Haaretz", um coágulo se formou em uma perfuração de poucos milímetros no coração que depois chegou ao cérebro e tapou brevemente uma das veias, até desintegrar-se de forma natural.
Médicos já tinham alertado anteriormente que um dos principais problemas enfrentados por Sharon é o excesso de peso [atualmente ele pesa 118 kg].
Consciência
Ainda segundo o "Haaretz", Sharon começou a se sentir mal [teve dores no peito e dificuldade para falar] quando estava em sua fazenda, em Negev, ao sul de Israel. O primeiro-ministro ministro, então, foi levado até o hospital, em companhia de seus dois filhos, Gilad e Omri.
Sharon foi conduzido imediatamente à UTI, ainda consciente. De acordo com redes de TV israelenses, o próprio premiê teria pedido para ser hospitalizado, e aparentava tranqüilidade quando chegou ao centro médico.
Caso não tivesse sofrido o AVC, Sharon seria internado nesta quinta-feira para se submeter a um cateterismo [inserção de um cateter nas veias cardíacas, para investigar a existência de coágulos ou outros problemas], em virtude de seu primeiro AVC. O plano dos médicos era de que ele ficasse internado por 24 horas e retomasse as atividades normais a partir deste fim de semana.
O premiê interino presidiu nesta quinta-feira a primeira reunião, e disse que "todos oram pela boa saúde de Sharon".
Com agências internacionais
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