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10/01/2006 - 09h07

Exército brasileiro deve continuar no comando no Haiti, diz ONU

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da Folha Online

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), realizou uma reunião nesta segunda-feira para determinar os rumos da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), após a morte do comandante brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, no sábado. Ele foi encontrado, alvejado com um tiro, em Porto Príncipe (capital do Haiti). Uma equipe brasileira iniciou ontem as investigações sobre a morte.

31.ago.2005/AP
O general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar
Jean-Marie Guéhenno, subsecretário-geral para Operações de Paz das Nações Unidas, afirmou ontem à Folha de S.Paulo que a ONU já trabalha com o Brasil para estabelecer o sucessor de Bacellar, e afirmou que a situação está "sob controle" no Haiti.

A posição foi reiterada pelo atual presidente do CS, Augustine Mahiga (Tanzânia). Segundo ele, não há motivo para presumir o contrário, especialmente porque o Brasil tem o maior contingente.

O governo brasileiro indicou nesta segunda-feira à ONU o general José Elito Carvalho de Siqueira para comandar as tropas militares no Haiti. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Segundo a Folha, após a indicação oficial do Brasil do novo comandante da Minustah no Haiti, o general será sabatinado na sede da ONU em Nova York. Se for aprovado, seu nome será homologado pelo Departamento de Operações de Paz, ligado ao Conselho de Segurança.

A escolha de Siqueira foi feita pelo Comando do Exército e comunicada ao núcleo de coordenação de paz do Haiti (EUA, França, Canadá, Chile e Argentina, além do Brasil) pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante uma "conference call", no meio da tarde de ontem, com representantes desses países, informa a Folha de S.Paulo.

O Brasil conseguiu nesta segunda-feira o apoio da comunidade internacional para continuar à frente da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti. Representantes dos Estados Unidos, França, Canadá, Argentina definiram, em teleconferência, que o melhor para o Haiti seria a continuidade da missão chefiada pelo Brasil.

Morte

Neste sábado, o corpo do general brasileiro foi encontrado, com um tiro. Segundo a agência de notícias Efe, ele fora atingido por um tiro na cabeça. Agências de notícias internacionais dizem que ele cometeu suicídio. Um militar da Minustah, que pediu anonimato, disse à agência de notícias France Presse que 'o general disparou uma bala na boca'. O porta-voz da Minustah, Damian Onses-Cardona, rejeitou dar explicações sobre as circunstâncias da morte do oficial.

Segundo declaração do tenente coronel Fernando da Cunha Matos à agência Brasil, o general morreu em um "acidente com arma de fogo".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em comunicado divulgado na noite de sábado (7) que o governo brasileiro vai continuar "apoiando o povo haitiano na construção da paz e na normalização política do país".

Lula também pediu uma investigação "imediata e ampla" sobre a circunstâncias da morte do militar. Ele também orientou o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a expor ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, as expectativas do governo brasileiro em relação a esta investigação.

A nota do Itamaraty divulgada no sábado (7) diz também que Bacellar era conhecido por seu "preparo e competência", e "vinha conduzindo com excelência e grande responsabilidade a difícil tarefa de comandar" a missão brasileira no Haiti.

Com Folha de S.Paulo

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