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12/01/2006 - 08h41

Ex-vice premiê iraquiano "agoniza" em prisão, diz advogado

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da France Presse, em Bagdá
da Folha Online

O ex-vice-primeiro-ministro do Iraque Tarek Aziz, detido pelo Exército americano, "agoniza" e não viverá mais de um mês por causa de uma "embolia cerebral e enfermidades cardíacas", afirmou seu advogado ao jornal árabe "Al Hayat".

Aziz ocupou o cargo vice-primeiro-ministro no Iraque durante os anos de 1979 até 2003 --o período em que o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein ficou no poder-- quando foi preso pelo Exército americano.

Segundo Badie Arif Ezzat, advogado que representa o antigo líder iraquiano, Aziz está preso em um local "para cachorros".

Em 28 de dezembro último, o advogado afirmou que havia se reunido com Aziz e que ele estava com boa saúde, apesar de ter perdido muito peso.

Em declarações ao "Al Hayat", Ezzat afirmou que as tropas americanas mantém o ex-vice-premiê em um quarto "para cachorros" que não tem mais de dois metros de comprimento e um de largura.

Aziz está sendo acusado duas vezes no Iraque de "assassinato coletivo", passível de pena de morte.

Passado

Aziz nasceu na cidade de Tell Kaif sob o nome de Michael Yuhanna --o atual nome, que significa "passado glorioso", foi adotado mais tarde-- e cresceu numa família católica. Estudou Literatura e trabalhou como professor e jornalista até entrar para o partido socialista árabe Baath (no poder) em 1957.

Foi nas fileiras do Baath que Aziz conheceu Saddam e se tornou um colaborador próximo. Entre 1974 e 1977, participou do Conselho do Comando Revolucionário liderado por Saddam, que dois anos depois deporia o regime em vigor. Em 1980, sobreviveu a uma tentativa de assassinato atribuída a ativistas iranianos durante a guerra entre os dois países.

Como vice-premiê, cargo que ocupou de 1979, quando Saddam foi alçado à Presidência, até 2003, Aziz também realizou a função de ministro das Relações Exteriores do Iraque. Quando o Iraque invadiu o Kuait, em 1990, Aziz serviu como porta-voz internacional dos militares e defendeu a ação iraquiana, condenando o que chamou de "subserviência árabe à hegemonia norte-americana no Oriente Médio".

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