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12/01/2006
-
10h16
da Folha Online
O clérigo radical muçulmano Abu Hamza al Masri, 47, um dos principais religiosos islâmicos no Reino Unido, começou a ser julgado nesta quarta-feira por acusação de incitação ao assassinato e ao ódio.
O religioso é acusado de ter ligações com os atentados de 7 de julho passado em Londres, que causaram a morte de 52 pessoas, e foram cometidos por quatro jovens suicidas que tiveram contato com movimentos e representantes do extremismo islâmico.
De acordo com o site do jornal britânico "The Times" desta quinta-feira, Al Masri pregava a "intolerância e a violência". Durante seus sermões --dos quais muitos foram gravados-- ele chegou a dizer que a missão de Adolf Hitler no mundo era a de "torturar e punir os judeus", e que todos os seguidores de Allah tinham como "obrigação assassinar judeus, não-muçulmanos e apóstatas".
Além disso, Al Masri tinha um "manual terrorista", com uma dedicatória a Osama bin Laden --líder da Al Qaeda-- e recomendava, como alvos, o Big Ben, a Estátua da Liberdade e a Torrei Eiffel.
As fitas com as gravações dos sermões de Al Masri deverão ser apresentadas aos juízes nesta quinta-feira.
Promotoria
David Perry, advogado da Promotoria britânica, afirmou à corte que as exortações de Al Masri por assassinatos e a "celebração do ódio" são "uma afronta e ofensa contra as tradições britânicas de liberdade e expressão".
"O significado de frases como 'até o último judeu será enterrado em territórios palestinos' é óbvio. Ele [Al Masri] afirma que a jihad [esforço pela causa de Deus que todo o muçulmano deve fazer para proteger o islamismo] é obrigatória, e envolve mortes de judeus e não-muçulmanos, consideráveis detestáveis", afirmou Perry, durante o julgamento ontem.
Al Masri alega inocência a 15 acusações, incluindo incitação ao assassinato e ao ódio racial. Como ele não tem as duas mãos, um assistente o auxilia durante o julgamento.
Prisão
Aos sete juízes que vão julgar o caso, a Promotoria entregou uma documentação explicando que o primeiro contado da polícia com o réu ocorreu em 27 de maio de 2004, quando policiais fizeram uma busca em sua casa, localizada em Shepherds Bush, na parte oeste de Londres.
Em um dos quartos da casa, usado por Al Masri como escritório, a polícia encontrou 570 fitas de vídeo e mais de 2.700 cassetes com sermões do religioso. Havia também várias cópias, embaladas em caixas denominadas "jihad" e distribuídas.
Segundo o site do "Times" a primeira fita a ser apresentada para o júri nesta quinta-feira mostra um vídeo que pode ter sido gravado entre 1997 e 1998, onde ele diz: "Você tem apenas uma pequena faca, e um grande animal à sua frente, que não pode ser morto com a sua arma. É preciso que você o esfaqueie para que ele sangre até a morte".
Na segunda fita, intitulada "A aderência do islamismo ao Ocidente", e gravada em 1999, Hamza diz que o Reino Unido é uma terra de "infiéis", e que está em "guerra com o islã".
Com "The Times"
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Abu Hamza al Masri
Leia o que já foi publicado sobre atentados na Europa
Reino Unido julga líder muçulmano acusado de terror em Londres
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O clérigo radical muçulmano Abu Hamza al Masri, 47, um dos principais religiosos islâmicos no Reino Unido, começou a ser julgado nesta quarta-feira por acusação de incitação ao assassinato e ao ódio.
O religioso é acusado de ter ligações com os atentados de 7 de julho passado em Londres, que causaram a morte de 52 pessoas, e foram cometidos por quatro jovens suicidas que tiveram contato com movimentos e representantes do extremismo islâmico.
De acordo com o site do jornal britânico "The Times" desta quinta-feira, Al Masri pregava a "intolerância e a violência". Durante seus sermões --dos quais muitos foram gravados-- ele chegou a dizer que a missão de Adolf Hitler no mundo era a de "torturar e punir os judeus", e que todos os seguidores de Allah tinham como "obrigação assassinar judeus, não-muçulmanos e apóstatas".
Além disso, Al Masri tinha um "manual terrorista", com uma dedicatória a Osama bin Laden --líder da Al Qaeda-- e recomendava, como alvos, o Big Ben, a Estátua da Liberdade e a Torrei Eiffel.
As fitas com as gravações dos sermões de Al Masri deverão ser apresentadas aos juízes nesta quinta-feira.
Promotoria
David Perry, advogado da Promotoria britânica, afirmou à corte que as exortações de Al Masri por assassinatos e a "celebração do ódio" são "uma afronta e ofensa contra as tradições britânicas de liberdade e expressão".
"O significado de frases como 'até o último judeu será enterrado em territórios palestinos' é óbvio. Ele [Al Masri] afirma que a jihad [esforço pela causa de Deus que todo o muçulmano deve fazer para proteger o islamismo] é obrigatória, e envolve mortes de judeus e não-muçulmanos, consideráveis detestáveis", afirmou Perry, durante o julgamento ontem.
Al Masri alega inocência a 15 acusações, incluindo incitação ao assassinato e ao ódio racial. Como ele não tem as duas mãos, um assistente o auxilia durante o julgamento.
Prisão
Aos sete juízes que vão julgar o caso, a Promotoria entregou uma documentação explicando que o primeiro contado da polícia com o réu ocorreu em 27 de maio de 2004, quando policiais fizeram uma busca em sua casa, localizada em Shepherds Bush, na parte oeste de Londres.
Em um dos quartos da casa, usado por Al Masri como escritório, a polícia encontrou 570 fitas de vídeo e mais de 2.700 cassetes com sermões do religioso. Havia também várias cópias, embaladas em caixas denominadas "jihad" e distribuídas.
Segundo o site do "Times" a primeira fita a ser apresentada para o júri nesta quinta-feira mostra um vídeo que pode ter sido gravado entre 1997 e 1998, onde ele diz: "Você tem apenas uma pequena faca, e um grande animal à sua frente, que não pode ser morto com a sua arma. É preciso que você o esfaqueie para que ele sangre até a morte".
Na segunda fita, intitulada "A aderência do islamismo ao Ocidente", e gravada em 1999, Hamza diz que o Reino Unido é uma terra de "infiéis", e que está em "guerra com o islã".
Com "The Times"
Especial
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