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16/01/2006
-
22h33
da Efe, em Buenos Aires
O delegado especial da ONU no Haiti, Juan Gabriel Valdés, disse hoje que "estão dadas todas as condições" para garantir a realização das eleições do próximo dia 7 de fevereiro no país.
"As condições técnicas e logísticas estão dadas, e não existe nenhuma razão para adiar as eleições", afirmou Valdés em entrevista coletiva concedida ao término de uma "reunião de emergência" dos sete países latino-americanos presentes na Missão da ONU para a Estabilização do Haiti (Minustah).
A entrevista, realizada em Buenos Aires, contou ainda com a presença do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e de ministros e vice-ministros de Defesa e Relações Exteriores da Guatemala, Equador, Peru, Chile, Brasil, Uruguai e Argentina.
Valdés considerou que "esta reunião deve ser interpretada pelos haitianos como um chamado dos latino-americanos à tranqüilidade e à paz para realizar" as eleições, para as quais 3,5 milhões de pessoas estão cadastradas para votar, com um segundo turno previsto para 14 de março.
O delegado da ONU no Haiti assinalou que os candidatos "com possibilidades reais de chegar à Presidência" são "gente de prestígio e qualidade moral e humana", motivo pelo qual não há riscos de que um aspirante com "antecedentes de violência possa chegar a ser presidente".
A "reunião de emergência" em Buenos Aires, na qual foram analisadas questões como o reforço da segurança frente ao pleito, foi convocada em um momento no qual foram registrados violentos protestos na fronteira do Haiti com a República Dominicana, após a morte de 25 haitianos ilegais em um caminhão no norte dominicano.
Estas serão as primeiras eleições presidenciais desde que Jean-Bertrand Aristide se viu obrigado a deixar o país por causa de uma revolta armada, em fevereiro de 2004.
"Quero dizer que os níveis de violência prejudicaram o processo eleitoral, mas que a ausência de uma eleição tornaria muito mais difícil controlar a ação dos grupos violentos", assinalou Valdés.
O diplomata chileno destacou que, na semana passada, a Minustah "realizou ações para reduzir drasticamente o nível de seqüestros, que diminuíram de uma maneira notável", de uma média diária de quinze a vinte em dezembro "para um ou dois por dia".
No entanto, Insulza advertiu que garantir que as eleições finalmente aconteçam "é cumprir apenas uma parte da tarefa".
"A outra parte é de longo prazo, e esperamos que também possamos contribuir entre todos, dentro de uma política de solidariedade das Américas que é indispensável para o mais pobre de nossos países", afirmou Insulza.
Neste sentido, Valdés indicou que é necessário um maior apoio financeiro às medidas de segurança, para que estas não sejam só de caráter policial ou militar, e "desprovidas de apoio social".
O delegado da ONU afirmou ainda que, dos US$ 1,4 bilhão de ajuda financeira internacional prometidos em junho de 2004 em Washington, foram desembolsados cerca de US$ 400 milhões em projetos de infra-estrutura.
Valdés confirmou que o Brasil propôs à ONU os nomes de dois militares para suceder o tenente-general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar --que se suicidou em um hotel de Porto Príncipe-- à frente da Minustah.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a crise no Haiti
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Representante da ONU diz que eleições do Haiti estão garantidas
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O delegado especial da ONU no Haiti, Juan Gabriel Valdés, disse hoje que "estão dadas todas as condições" para garantir a realização das eleições do próximo dia 7 de fevereiro no país.
"As condições técnicas e logísticas estão dadas, e não existe nenhuma razão para adiar as eleições", afirmou Valdés em entrevista coletiva concedida ao término de uma "reunião de emergência" dos sete países latino-americanos presentes na Missão da ONU para a Estabilização do Haiti (Minustah).
A entrevista, realizada em Buenos Aires, contou ainda com a presença do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e de ministros e vice-ministros de Defesa e Relações Exteriores da Guatemala, Equador, Peru, Chile, Brasil, Uruguai e Argentina.
Valdés considerou que "esta reunião deve ser interpretada pelos haitianos como um chamado dos latino-americanos à tranqüilidade e à paz para realizar" as eleições, para as quais 3,5 milhões de pessoas estão cadastradas para votar, com um segundo turno previsto para 14 de março.
O delegado da ONU no Haiti assinalou que os candidatos "com possibilidades reais de chegar à Presidência" são "gente de prestígio e qualidade moral e humana", motivo pelo qual não há riscos de que um aspirante com "antecedentes de violência possa chegar a ser presidente".
A "reunião de emergência" em Buenos Aires, na qual foram analisadas questões como o reforço da segurança frente ao pleito, foi convocada em um momento no qual foram registrados violentos protestos na fronteira do Haiti com a República Dominicana, após a morte de 25 haitianos ilegais em um caminhão no norte dominicano.
Estas serão as primeiras eleições presidenciais desde que Jean-Bertrand Aristide se viu obrigado a deixar o país por causa de uma revolta armada, em fevereiro de 2004.
"Quero dizer que os níveis de violência prejudicaram o processo eleitoral, mas que a ausência de uma eleição tornaria muito mais difícil controlar a ação dos grupos violentos", assinalou Valdés.
O diplomata chileno destacou que, na semana passada, a Minustah "realizou ações para reduzir drasticamente o nível de seqüestros, que diminuíram de uma maneira notável", de uma média diária de quinze a vinte em dezembro "para um ou dois por dia".
No entanto, Insulza advertiu que garantir que as eleições finalmente aconteçam "é cumprir apenas uma parte da tarefa".
"A outra parte é de longo prazo, e esperamos que também possamos contribuir entre todos, dentro de uma política de solidariedade das Américas que é indispensável para o mais pobre de nossos países", afirmou Insulza.
Neste sentido, Valdés indicou que é necessário um maior apoio financeiro às medidas de segurança, para que estas não sejam só de caráter policial ou militar, e "desprovidas de apoio social".
O delegado da ONU afirmou ainda que, dos US$ 1,4 bilhão de ajuda financeira internacional prometidos em junho de 2004 em Washington, foram desembolsados cerca de US$ 400 milhões em projetos de infra-estrutura.
Valdés confirmou que o Brasil propôs à ONU os nomes de dois militares para suceder o tenente-general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar --que se suicidou em um hotel de Porto Príncipe-- à frente da Minustah.
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