Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/01/2006 - 09h54

Rússia e China rechaçam sanções contra o Irã

Publicidade

da Folha Online

A Rússia e a China deixaram claro nesta terça-feira que pretendem resolver a questão nuclear iraniana por meio do diálogo e rejeitaram a possibilidade de apoio a sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país.

Nesta terça-feira, o Irã voltou a afirmar que suspenderá a cooperação voluntária com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se for levado ao CS por sua política nuclear.

"A questão de eventuais sanções contra o Irã é precipitada. Sanções não são a melhor solução, ou a única, para resolver a questão", afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Segundo ele, "anos de sanções internacionais contra o Iraque" falharam em "mudar o comportamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.

Nesta terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu à comunidade internacional que se mostre "muito prudente" em relação à questão nuclear iraniana e se opôs a qualquer "medida radical".

China

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Kong Quan, disse que seu país é a favor de uma saída diplomática para a questão.

"Acreditamos que o principal para todas as parte agora é manter a paciência e fazer esforços para retomar as negociações entre o Irã e a UE (União Européia)."

Na semana passada, a China afirmou que levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU poderia "complicar a questão", citando as ameaças do Irã de suspender as inspeções da ONU em suas instalações nucleares.

Reunião

Nesta segunda-feira, líderes dos Estados Unidos, da Europa, da Rússia e da China realizaram uma reunião em Londres sobre o Irã, que terminou sem um consenso a respeito de como proceder em relação à questão.

Em declarações à TV alemã, o vice-ministro das Relações Exteriores alemão, Gernot Erler, disse que os líderes decidiram pela convocação de uma reunião extraordinária da AIEA em Viena no próximo dia 2.

Líderes europeus e dos EUA suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares sob o disfarce de um programa civil de energia atômica. Na reunião, a Europa e os EUA esperavam convencer a Rússia e a China a apoiar seus esforços para levar a questão ao Conselho de Segurança.

O Irã nega as acusações de que tenha a intenção de construir armas nucleares, alegando que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

Israel

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, afirmou que seu país "não pode permitir" que nações "com intenções hostis" possuam armas de destruição de massa, em referência ao Irã.

"Não podemos deixar que pessoas com intenções irracionais possuam armas nucleares", disse Olmert.

A preocupação israelense aumentou depois das polêmicas declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que afirmou que o Estado de Israel deveria ser "riscado do mapa."

Israel fez um apelo à comunidade internacional para que imponha sanções ao regime iraniano caso o país não deixa de lado suas ambições nucleares.

Israel enviou uma delegação diplomática à Rússia nesta terça-feira para discutir a questão e pedir o apoio do país para encaminhar a questão ao Conselho de Segurança da ONU.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a questão nuclear iraniana
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página