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19/01/2006
-
08h43
da Folha Online
A Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC, na sigla em inglês), que investigou a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27 --morto a tiros por engano por policiais britânicos em 22 de julho passado-- entregou nesta quinta-feira o relatório de suas investigações à promotoria.
O relatório sobre a morte de Menezes-- morto poucos dias depois dos atentados contra o sistema de transportes públicos londrino-- foi entregue por John Cummins, chefe da comissão, aos promotores, que devem decidir se apresentarão acusações contra os policiais que dispararam os tiros contra o brasileiro.
Com a entrega, a comissão encerra a investigação de quase seis meses sobre a trágica morte do brasileiro, que recebeu sete tiros na cabeça na estação de metrô de Stockwell, sul de Londres, ao ser confundido com um terrorista.
Segundo a imprensa britânica, Cummins levou pessoalmente, na manhã desta quinta-feira, duas caixas de documentos ao Crown Prosecution Service (CPS), o equivalente ao Ministério Público no Reino Unido.
"A promotoria recebeu hoje o relatório da IPCC e os indícios sobre a morte de Jean Charles De Menezes", informou a CPS em um comunicado. "Os documentos serão revisados por um advogado de nossa divisão criminal especial e a decisão será notificada à IPCC", diz ainda o comunicado.
Conclusões
As conclusões da comissão sobre o assassinato de Menezes -- que ocorreu um dia depois da tentativa frustrada de repetir os atentados de 7 de julho, que deixaram 52 mortos em Londres --não serão publicadas antes de serem examinadas pela promotoria. A família de Menezes não receberá cópia do relatório.
A IPCC se recusou a adiantar os resultados da investigação e a natureza dos crimes que a promotoria irá examinar, que podem incluir acusações de homicídio.
A comissão investiga também a relação do chefe da Scotland Yard, Ian Blair, com a morte de Menezes, devido à controvertida política da Scotland Yard de "atirar para matar".
A segunda investigação foi aberta após um pedido oficial apresentado pela família de Jean Charles, que afirma que a polícia os "enganou e enganou também a opinião pública com sua versão sobre a morte".
A Polícia Metropolitana afirmou, a princípio, que Menezes foi atingido durante uma operação antiterrorista, mas depois reconheceu que ele trafegava normalmente na estação de metrô, a caminho do trabalho, e que sua morte foi um "trágico erro."
Especial
Leia cobertura completa sobre os ataques em Londres
Leia o que já foi publicado sobre Jean Charles de Menezes
Comissão entrega relatório sobre morte de brasileiro em Londres
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A Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC, na sigla em inglês), que investigou a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27 --morto a tiros por engano por policiais britânicos em 22 de julho passado-- entregou nesta quinta-feira o relatório de suas investigações à promotoria.
O relatório sobre a morte de Menezes-- morto poucos dias depois dos atentados contra o sistema de transportes públicos londrino-- foi entregue por John Cummins, chefe da comissão, aos promotores, que devem decidir se apresentarão acusações contra os policiais que dispararam os tiros contra o brasileiro.
Com a entrega, a comissão encerra a investigação de quase seis meses sobre a trágica morte do brasileiro, que recebeu sete tiros na cabeça na estação de metrô de Stockwell, sul de Londres, ao ser confundido com um terrorista.
Segundo a imprensa britânica, Cummins levou pessoalmente, na manhã desta quinta-feira, duas caixas de documentos ao Crown Prosecution Service (CPS), o equivalente ao Ministério Público no Reino Unido.
"A promotoria recebeu hoje o relatório da IPCC e os indícios sobre a morte de Jean Charles De Menezes", informou a CPS em um comunicado. "Os documentos serão revisados por um advogado de nossa divisão criminal especial e a decisão será notificada à IPCC", diz ainda o comunicado.
Conclusões
As conclusões da comissão sobre o assassinato de Menezes -- que ocorreu um dia depois da tentativa frustrada de repetir os atentados de 7 de julho, que deixaram 52 mortos em Londres --não serão publicadas antes de serem examinadas pela promotoria. A família de Menezes não receberá cópia do relatório.
A IPCC se recusou a adiantar os resultados da investigação e a natureza dos crimes que a promotoria irá examinar, que podem incluir acusações de homicídio.
A comissão investiga também a relação do chefe da Scotland Yard, Ian Blair, com a morte de Menezes, devido à controvertida política da Scotland Yard de "atirar para matar".
A segunda investigação foi aberta após um pedido oficial apresentado pela família de Jean Charles, que afirma que a polícia os "enganou e enganou também a opinião pública com sua versão sobre a morte".
A Polícia Metropolitana afirmou, a princípio, que Menezes foi atingido durante uma operação antiterrorista, mas depois reconheceu que ele trafegava normalmente na estação de metrô, a caminho do trabalho, e que sua morte foi um "trágico erro."
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