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29/01/2006 - 10h26

Hugo Chávez encerra sexta edição do Fórum Social Mundial

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da Efe, em Caracas

A sexta edição do Fórum Social Mundial será encerrada neste domingo em Caracas com um discurso do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que havia pedido na sexta-feira que o movimento contra a globalização adotasse o lema "socialismo ou morte".

Chávez será o primeiro chefe de Estado a participar do encerramento do Fórum Social Mundial, um evento reservado a movimentos sociais e que, segundo seus estatutos, só admite representantes de Governos e partidos políticos convidados.

No caso do presidente venezuelano, ele foi convidado para participar duas vezes da edição de Caracas pela Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais, que organiza hoje o ato final do encontro.

O Fórum Social Mundial, que nasceu em Porto Alegre, em 2001, dividiu-se em três este ano. Um encontro aconteceu em Mali, outro será no Paquistão, em março, e a edição americana foi realizada em Caracas, no calor da "revolução bolivariana".

Esta edição do Fórum foi diferente de todas as anteriores, justamente pela onipresença do processo venezuelano em todas as instâncias do encontro, incluindo a própria organização.

O Governo venezuelano interveio diretamente na preparação da reunião, e a experiência política vivida no país foi o eixo da maioria dos debates.

Chávez incendiou o Fórum Social literalmente na última sexta-feira, atraindo 15 mil pessoas para escutarem seu discurso. Ele falou para um público favorável a ele, formado em sua enorme maioria por "chavistas" que participam do Fórum.

Outro tema debatido no Fórum foi a chegada ao poder de líderes progressistas na América Latina, o que não basta para alguns "radicais" do movimento, que criticaram em duros termos alguns presidentes como Luiz Inácio Lula da Silva, o argentino Néstor Kirchner e o uruguaio Tabaré Vázquez.

Em um dos vários debates do Fórum, os três presidentes citados foram acusados de terem caído nas redes do "capitalismo neoliberal" e de terem traído seus eleitores com sua "covardia reformista".

Segundo disse à EFE o assessor de Assuntos Internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia, no caso do Brasil "falta informação" e existe uma "campanha" que tem como objetivo minar as bases do atual Governo antes das eleições presidenciais do dia 1º de outubro.

Chávez também enfrentará o voto dos eleitores este ano e seu Governo usou o Fórum Social Mundial como plataforma.

Encerrada a conferência do presidente venezuelano hoje, o Fórum Social Mundial se preparará para viajar para Nairóbi, capital do Quênia, escolhida como sede do encontro de 2007, na primeira experiência do Fórum na África.

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