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29/01/2006
-
20h11
da France Presse, em Londres
Vários policiais britânicos alteraram, para ocultar responsabilidades, um relatório sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes no metrô de Londres em julho de 2005, após ser confundido com um terrorista, publicou neste domingo o jornal inglês "News of the World".
Vários agentes do serviço especial da polícia britânica modificaram os dados de um relatório de vigilância sobre Jean Charles, 27, no qual se afirma que os policiais dispararam acreditando que se tratasse de um suspeito dos atentados frustrados de 21 de julho, cometidos poucos dias depois dos ataques do dia 7 do mesmo mês no metrô de Londres, no qual morreram 56 pessoas.
Segundo o semanário, os policiais esperavam esconder assim o fato de terem confundido o jovem brasileiro com Hussein Osman, um suposto terroristas islamita.
Além disso, a intenção dos agentes era também retirar qualquer culpa dos policiais da unidade armada da polícia londrina, os responsáveis pela morte de Jean Charles na estação metropolitana de Stockwell.
O "News of the World" afirma que os policiais dos serviços especiais se deram conta do erro e modificaram seu relatório 10 horas após redigirem o mesmo.
Assim, no texto posterior se lê: "E não era Osman" em vez de "... era Osman", como tinham escrito na primeira versão, destacou uma fonte governamental anônima citada pelo semanário.
O relatório faz parte da cópia por escrito de todas as comunicações por rádio que diferentes policiais e superiores mantiveram no dia 22 de julho, após a morte do eletricista brasileiro.
A polícia está autorizada a retificar eventuais erros em seus relatórios escritos mas, nesta ocasião, a modificação não foi assinada ou justificada como teria de ocorrer, frisou o "News of the World".
O porta-voz da família de Jean Charles, Asad Rehman, comentou as revelações da revista afirmando que agora, Ian Blair, o chefe da Scotland Yard, deverá reconsiderar seriamente sua posição.
"Parece que Blair não esteve ciente destas informações durante bastante tempo após a morte de Jean Charles, o que levanta interrogações sobre a sua implicação", acrescenta Rehman.
A promotoria britânica deve tomar uma decisão nos próximos meses sobre as possíveis sanções contra os policiais envolvidos na operação que vitimou o brasileiro.
Especial
Leia cobertura completa sobre os ataques em Londres
Leia o que já foi publicado sobre Jean Charles de Menezes
Relatório sobre morte de brasileiro em Londres foi alterado, diz jornal
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Vários policiais britânicos alteraram, para ocultar responsabilidades, um relatório sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes no metrô de Londres em julho de 2005, após ser confundido com um terrorista, publicou neste domingo o jornal inglês "News of the World".
Vários agentes do serviço especial da polícia britânica modificaram os dados de um relatório de vigilância sobre Jean Charles, 27, no qual se afirma que os policiais dispararam acreditando que se tratasse de um suspeito dos atentados frustrados de 21 de julho, cometidos poucos dias depois dos ataques do dia 7 do mesmo mês no metrô de Londres, no qual morreram 56 pessoas.
Segundo o semanário, os policiais esperavam esconder assim o fato de terem confundido o jovem brasileiro com Hussein Osman, um suposto terroristas islamita.
Além disso, a intenção dos agentes era também retirar qualquer culpa dos policiais da unidade armada da polícia londrina, os responsáveis pela morte de Jean Charles na estação metropolitana de Stockwell.
O "News of the World" afirma que os policiais dos serviços especiais se deram conta do erro e modificaram seu relatório 10 horas após redigirem o mesmo.
Assim, no texto posterior se lê: "E não era Osman" em vez de "... era Osman", como tinham escrito na primeira versão, destacou uma fonte governamental anônima citada pelo semanário.
O relatório faz parte da cópia por escrito de todas as comunicações por rádio que diferentes policiais e superiores mantiveram no dia 22 de julho, após a morte do eletricista brasileiro.
A polícia está autorizada a retificar eventuais erros em seus relatórios escritos mas, nesta ocasião, a modificação não foi assinada ou justificada como teria de ocorrer, frisou o "News of the World".
O porta-voz da família de Jean Charles, Asad Rehman, comentou as revelações da revista afirmando que agora, Ian Blair, o chefe da Scotland Yard, deverá reconsiderar seriamente sua posição.
"Parece que Blair não esteve ciente destas informações durante bastante tempo após a morte de Jean Charles, o que levanta interrogações sobre a sua implicação", acrescenta Rehman.
A promotoria britânica deve tomar uma decisão nos próximos meses sobre as possíveis sanções contra os policiais envolvidos na operação que vitimou o brasileiro.
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