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01/02/2006 - 01h37

Bush afirma que EUA são "viciados em petróleo"

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da France Presse
da Folha Online

Em seu discurso anual no Congresso sobre o Estado da União, o presidente americano, George W. Bush, disse que os Estados Unidos estão "viciados" em petróleo, e precisam diversificar suas fontes de energia. Ele também enviou uma mensagem aos iranianos, dizendo que os EUA "esperam um dia ser os mais próximos amigos de um Irã livre e democrático".

"Os Estados Unidos são viciados em petróleo, que é geralmente importado de partes instáveis do mundo. A melhor forma de quebrar esse vício é por meio da tecnologia", afirmou Bush.

Bush, cuja família atua no setor petrolífero, disse que pretende financiar projetos para diminuir em 75% as importações do produto do Oriente Médio até 2025. "Aplicando o talento e a tecnologia da América, esse país pode melhorar drasticamente o ambiente, ir além de uma economia baseada em petróleo e transformar nossa dependência do petróleo do Oriente Médio uma coisa do passado."

Irã

Classificando o Irã como "um país refém de uma pequena elite religiosa que isola e oprime seu povo", o presidente quis se dirigir "diretamente" à sua população.

"A América respeita vocês, e nós respeitamos seu país (...), e nosso país espera um dia ser o mais próximo amigo de um Irã livre e democrático", completou.

Bush também renovou seu apelo ao regime iraniano para que ponha fim a seu apoio ao terrorismo "nos territórios palestinos e no Líbano".

"O governo iraniano desafia o mundo com suas ambições nucleares, e os países do mundo não devem permitir que o regime iraniano tenha armas nucleares", defendeu, acrescentando que "a América continuará a reunir o mundo para fazer frente à esta ameaça".

Bush solicitou ainda a dois aliados no Oriente Médio, Egito e Arábia Saudita, e também aos palestinos, que continuem no caminho da reforma democrática, destacando que as eleições "são apenas um começo".

"O grande povo do Egito votou em uma eleição presidencial com vários partidos. Agora, seu governo deve abrir caminhos para uma oposição pacífica que reduza a atração do radicalismo", afirmou.

"A Arábia Saudita deu seus primeiros passos nas reformas. Agora, pode oferecer ao seu povo um futuro melhor, ao aumentar tais esforços", garantiu.

O presidente americano foi firme em relação ao movimento radical Hamas, vencedor das recentes eleições palestinas, reforçando a necessidade de seu desarmamento e a total rejeição ao terrorismo, da mesma forma que exigiu que o grupo reconheça a existência de Israel.

"O povo palestino votou nas eleições. Agora, os dirigentes do Hamas devem reconhecer Israel, se desarmar, rejeitar o terrorismo e trabalhar por uma paz duradoura", frisou.

Iraque

Bush também disse que seu país continuará no Iraque "para ganhar", descartando "uma retirada brusca" das tropas do país estacionadas no território iraquiano.

"Queridos cidadãos, estamos nesta batalha para ganhar e estamos vencendo", afirmou o presidente, na parte de seu discurso destinada à guerra no Iraque.

"Uma brutal retirada de nossas tropas do Iraque seria abandonar nossos aliados iraquianos à morte e à prisão (...) daria poder a gente como Bin Laden e Zarqawi em um país estratégico, deixando em evidência que a palavra dos Estados Unidos vale pouco", acrescentou.

"O caminho da vitória é o que nos permitirá fazer nossos soldados voltarem para casa", continuou.

Com o tom enérgico, Bush espera reconquistar a confiança perdida por grande parte dos americanos, ao começar um ano marcado pelas eleições de novembro, quando se renovará a totalidade da Câmara dos Representantes e a terça parte do Senado.

A maioria do Partido Republicano de Bush não parece ameaçada no momento.

Mas, seus membros observam com preocupação que o presidente não supera 40% das opiniões favoráveis das pesquisas, o nível mais baixo já alcançado desde a Segunda Guerra Mundial por um chefe de governo ao iniciar o sexto ano de sua presidência, com exceção do também republicano Richard Nixon, que se viu forçado a renunciar.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
  • Leia o que já foi publicado sobre o discurso do Estado da União
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