Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/02/2006 - 13h47

Reino Unido alerta para risco de mais atentados no país

Publicidade

da Efe, no Reino Unido

O organismo que avalia a aplicação das leis antiterroristas no Reino Unido alertou nesta quinta-feira que a ameaça persiste e "deve-se esperar que haja mais atentados suicidas" no país.

O diretor do organismo, o parlamentar Alex Carlile, assegurou que teve acesso a documentos "alarmantes" do Ministério do Interior que o levam a afirmar que a ameaça continua sendo "real e presente".

"Devemos esperar mais atentados suicidas no Reino Unido, e os alvos são imprevisíveis", alertou.

Carlile apresentou nesta quinta-feira um relatório sobre a aplicação da legislação antiterrorista, o qual conclui que as chamadas "ordens de controle", que permitem a restrição de movimentos e a prisão domiciliar de suspeitos sem acusações, são "um mecanismo eficaz de proteção da segurança nacional".

Baseando-se nesse argumento, o ministro do Interior, Charles Clarke, pediu o apoio do Parlamento para prorrogar por outro ano a lei que permite a emissão dessas ordens, que foi aprovada no ano passado e deve ser revisada anualmente.

Prisões

Em seu relatório, Carlile mostrou sua preocupação com a detenção indefinida de nove homens, entre eles o imame radical Abu Qatada, à espera de que um tribunal aprove sua deportação, solicitada pelo Governo.

Clarke ordenou a detenção desses indivíduos em virtude de uma antiga lei que permite reter, para deportação, pessoas que ameacem a segurança nacional.

Os detidos não podem ser repatriados pelo procedimento convencional porque existe o perigo de serem torturados em seus países de origem, e também não há provas suficientes para processá-los no Reino Unido.

Por esse motivo, o governo britânico negocia atualmente alguns "memorandos de entendimento" com esses Estados para que garantam que não maltratarão os suspeitos, embora, até agora, só tenha assinado acordos com Jordânia, Argélia e Líbia.

Carlile disse que o governo deveria ter negociado esses memorandos antes de deter os suspeitos, cuja situação é "incerta" e podem sofrer "graves conseqüências psicológicas".

Para melhorar seu status, Carlile sugere que os suspeitos sejam soltos e fiquem sob ordens de controle.

Especial
  • Leia cobertura completa sobre os ataques em Londres
  • Leia o que já foi publicado sobre atentados na Europa
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página