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07/02/2006 - 11h16

Muro que separa israelenses de palestinos fica pronto em 2007

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da Efe
da Folha Online

O "muro de proteção" que Israel está construindo desde 2002 sob alegação de que a barreira impedirá o acesso de terroristas palestinos a seu território será completado em 2007. O palestinos criticam a construção e dizem que ela é uma medida separatista, mesma opinião da comunidade internacional.

A informação foi dada nesta terça-feira pelo jornal "The Jerusalem Post", que publicou uma entrevista com Danny Tirza, porta-voz do Ministério da Defesa em Tel Aviv e encarregado de planejar o traçado do muro de 740 quilômetros.

O traçado do muro provocou muita polêmica tanto em Israel quanto no exterior, pois em vários pontos ele foi erguido sobre o território palestino.

O representante israelense afirmou que, no final de março, a barreira de segurança será um "obstáculo contínuo" para os terroristas e que a a parte do muro que segue as "fronteiras de 1967" entre o território reconhecido de Israel e a Cisjordânia estará terminada.

A construção em torno de Jerusalém, cujo traçado é composto por três partes, terminará em meados deste ano.

Jerusalém

No entanto, a parte que deve isolar o grande bloco de assentamentos judaicos de Gush Etzion, ao sul de Jerusalém, e no distrito de Belém só acabará em 2007 devido a problemas logísticos e às ações apresentadas ao Suprema Corte israelense pela população palestina das aldeias prejudicadas pelo muro.

Tirza disse que os trabalhos de construção dos 85 quilômetros dos segmentos de muro que cercarão os limites municipais de Jerusalém, como definidos por Israel, acabarão no segundo semestre.

O traçado do muro em torno de jerusalém impedirá a ligação entre várias aldeias árabes e regiões onde moram cerca de 70 mil palestinos com cartões de residência israelense.

Israel afirma que a construção do muro é necessária para se defender de atentados terroristas.

O Exército israelense colocará 11 postos de controle para facilitar o acesso e a saída de pessoas de Jerusalém.

Isolamento

Calcula-se que aproximadamente 50 mil palestinos residentes nos bairros árabes periféricos de Jerusalém fiquem do lado palestino da barreira quando ela estiver finalizada.

Outros 180 mil árabes residentes de Jerusalém ficarão do lado israelense, segundo dados de fontes oficiais de segurança de Israel.

Tirza disse que a construção do muro de separação tem sido atrasada, em média, em nove meses pelas ações legais dos prejudicados pela barreira, que em muitos lances é formada por grandes blocos de cimento de aproximadamente nove metros, assim como pelos trâmites de obtenção das autorizações de construção.

Os trabalhos de construção da barreira de separação israelense, avaliados em 1,77 bilhão de euros, começaram após uma operação militar em março de 2002, na Cisjordânia, em resposta a uma série de atentados suicidas.

A Corte Internacional de Justiça de Haia disse que a barreira é "ilegal", contrária ao Direito Internacional, e deve ser destruída, e que os palestinos prejudicados devem ser indenizados.

A Suprema Corte israelense ordenou mudanças no traçado da cerca por considerar que, em alguns pontos, ela violava o direito de palestinos, separando-os de suas terras de trabalho.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o "muro de proteção"
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