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16/02/2006
-
12h55
da Efe, em Porto Príncipe
René Préval foi proclamado nesta quinta-feira presidente eleito do Haiti, dois anos depois de Jean-Bertrand Aristide ter sido obrigado a abandonar a Presidência e o país devido a uma revolta popular.
Leia os principais fatos do mandato do governo interino encarregado de convocar as eleições, que foram adiadas quatro vezes:
janeiro de 2004: A Frente de Resistência Anti-Aristide controla Gonaives, no norte, e segue rumo à capital. Os rebeldes tomam várias cidades e a revolta popular se estende por todo o país. Os EUA, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Européia (UE) tentam negociar uma saída pacífica para a crise.
29 de fevereiro de 2004: Aristide deixa o país, quem assume o poder é o presidente da Suprema Corte, Boniface Alexandre. O Conselho de Segurança da ONU autoriza o envio de uma força militar multinacional.
1 de março de 2004: Aristide denuncia ter sido vítima de um seqüestro e um golpe de Estado, acusações desmentidas por EUA e França.
3 de março de 2004: O presidente do Caricom (sigla em inglês para Comunidade e Mercado Comum do Caribe), Percival Patterson, levanta dúvidas sobre renúncia de Aristide. Cuba, Venezuela e África do Sul, onde o ex-presidente está exilado, falam de interferência americana.
9 de março de 2004: Gérard Latortue é eleito primeiro-ministro.
30 de abril de 2004: o Conselho de Segurança da ONU cria uma missão de paz com 6.700 soldados e 1.622 policiais civis.
1 de junho de 2004: É organizada a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), com oficiais de 23 países, entre eles vários latino-americanos e Espanha.
12 de julho de 2004: O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, nomeia o chileno Juan Gabriel Valdés como representante especial e chefe da Minustah.
20 de setembro de 2004: A tempestade tropical Jeanne deixa 2.500 vítimas entre mortos e desaparecidos.
26 de fevereiro de 2005: Ataques dos "chimères", grupos armados integrados por partidários de Aristide, matam 12 pessoas em diferentes bairros de Porto Príncipe.
21 de março de 2005: Morrem os dois primeiros capacetes azuis [soldados que participam de missões de manutenção da paz ou de estabilização das Nações Unidas] da missão haitiana.
18 de abril de 2005: Morrem 20 rebeldes em enfrentamentos com as forças de segurança em tentativas de capturar o líder rebelde Dread Wilmé.
5 de junho de 2005: Pelo menos 25 pessoas morrem em choques entre partidários de Aristide e a Polícia em Porto Príncipe.
20 de dezembro de 2005: Morre um policial canadense em um tiroteio em Cité Soleil. A violência e os seqüestros continuam.
24 de dezembro de 2005: Um soldado jordaniano da Minustah morre a tiros enquanto patrulhava em Cité Soleil.
7 de janeiro de 2006: O chefe militar da Minustah, general Urano Teixeira da Matta Bacelar, é encontrado morto com um tiro na cabeça no quarto de seu hotel.
8 de janeiro de 2006: O governo haitiano marca a data das eleições presidenciais e legislativas para 7 de fevereiro, depois de quatro adiamentos das eleições.
17 de janeiro de 2006: Dois capacetes azuis jordanianos morrem em conflitos com grupos armados em Cité Soleil. Com essas perdas, a Minustah totaliza dez mortos.
23 de janeiro de 2006: O general brasileiro José Elito Carvalho de Siqueira assume como comandante-em-chefe das tropas da ONU.
7 de fevereiro de 2006: Dia das eleições presidenciais e legislativas, houve aglomerações nos colégios eleitorais e diversos incidentes nos quais morrem pelo menos três pessoas.
8 de fevereiro de 2006: Depois do fechamento das urnas, e sem dados oficiais ainda, os observadores internacionais consideram René Préval como vencedor.
10 de fevereiro de 2006: O Conselho Eleitoral confirma que Préval parece ter conseguido a maioria absoluta nas eleições, com a apuração de 50,41% dos votos.
11 de fevereiro de 2006: Fontes do Conselho Eleitoral corrigem informações anteriores e anunciam que Préval não obteve a maioria absoluta, com 75,81% dos votos apurados.
13 de fevereiro de 2006: Milhares de partidários de Préval tomam a capital e iniciam conflitos nos quais pelo menos uma pessoa morreu. As autoridades eleitorais adiam o anúncio dos resultados definitivos.
14 de fevereiro de 2006: Préval denuncia uma fraude eleitoral contra sua candidatura, a situação se complica, e o Conselho de Segurança da ONU renova o mandato da Minustah por mais seis meses.
15 de fevereiro de 2006: A Presidência anuncia a criação de uma comissão encarregada de revisar as atas da votação e proíbe o anúncio dos resultados. Uma rede de televisão exibe imagens de milhares de votos em urnas jogadas no lixo e o Conselho Eleitoral e a Minustah admitem o desaparecimento de milhares de votos. Uma multidão de manifestantes se concentra em frente ao palácio presidencial para pedir a nomeação de Préval.
16 de fevereiro de 2006: O Conselho Eleitoral Provisório proclama oficialmente René Préval como presidente eleito da República, após um acordo fechado entre a autoridade eleitoral e o primeiro-ministro interino, Gérard Latortue. O acordo foi sugerido pelo Brasil, e ocorreu em meio à onda de violência que tomou o país depois que Préval condenou a "fraude massiva" do pleito de 7 de fevereiro.
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René Préval foi proclamado nesta quinta-feira presidente eleito do Haiti, dois anos depois de Jean-Bertrand Aristide ter sido obrigado a abandonar a Presidência e o país devido a uma revolta popular.
Leia os principais fatos do mandato do governo interino encarregado de convocar as eleições, que foram adiadas quatro vezes:
janeiro de 2004: A Frente de Resistência Anti-Aristide controla Gonaives, no norte, e segue rumo à capital. Os rebeldes tomam várias cidades e a revolta popular se estende por todo o país. Os EUA, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Européia (UE) tentam negociar uma saída pacífica para a crise.
29 de fevereiro de 2004: Aristide deixa o país, quem assume o poder é o presidente da Suprema Corte, Boniface Alexandre. O Conselho de Segurança da ONU autoriza o envio de uma força militar multinacional.
1 de março de 2004: Aristide denuncia ter sido vítima de um seqüestro e um golpe de Estado, acusações desmentidas por EUA e França.
3 de março de 2004: O presidente do Caricom (sigla em inglês para Comunidade e Mercado Comum do Caribe), Percival Patterson, levanta dúvidas sobre renúncia de Aristide. Cuba, Venezuela e África do Sul, onde o ex-presidente está exilado, falam de interferência americana.
9 de março de 2004: Gérard Latortue é eleito primeiro-ministro.
30 de abril de 2004: o Conselho de Segurança da ONU cria uma missão de paz com 6.700 soldados e 1.622 policiais civis.
1 de junho de 2004: É organizada a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), com oficiais de 23 países, entre eles vários latino-americanos e Espanha.
12 de julho de 2004: O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, nomeia o chileno Juan Gabriel Valdés como representante especial e chefe da Minustah.
20 de setembro de 2004: A tempestade tropical Jeanne deixa 2.500 vítimas entre mortos e desaparecidos.
26 de fevereiro de 2005: Ataques dos "chimères", grupos armados integrados por partidários de Aristide, matam 12 pessoas em diferentes bairros de Porto Príncipe.
21 de março de 2005: Morrem os dois primeiros capacetes azuis [soldados que participam de missões de manutenção da paz ou de estabilização das Nações Unidas] da missão haitiana.
18 de abril de 2005: Morrem 20 rebeldes em enfrentamentos com as forças de segurança em tentativas de capturar o líder rebelde Dread Wilmé.
5 de junho de 2005: Pelo menos 25 pessoas morrem em choques entre partidários de Aristide e a Polícia em Porto Príncipe.
20 de dezembro de 2005: Morre um policial canadense em um tiroteio em Cité Soleil. A violência e os seqüestros continuam.
24 de dezembro de 2005: Um soldado jordaniano da Minustah morre a tiros enquanto patrulhava em Cité Soleil.
7 de janeiro de 2006: O chefe militar da Minustah, general Urano Teixeira da Matta Bacelar, é encontrado morto com um tiro na cabeça no quarto de seu hotel.
8 de janeiro de 2006: O governo haitiano marca a data das eleições presidenciais e legislativas para 7 de fevereiro, depois de quatro adiamentos das eleições.
17 de janeiro de 2006: Dois capacetes azuis jordanianos morrem em conflitos com grupos armados em Cité Soleil. Com essas perdas, a Minustah totaliza dez mortos.
23 de janeiro de 2006: O general brasileiro José Elito Carvalho de Siqueira assume como comandante-em-chefe das tropas da ONU.
7 de fevereiro de 2006: Dia das eleições presidenciais e legislativas, houve aglomerações nos colégios eleitorais e diversos incidentes nos quais morrem pelo menos três pessoas.
8 de fevereiro de 2006: Depois do fechamento das urnas, e sem dados oficiais ainda, os observadores internacionais consideram René Préval como vencedor.
10 de fevereiro de 2006: O Conselho Eleitoral confirma que Préval parece ter conseguido a maioria absoluta nas eleições, com a apuração de 50,41% dos votos.
11 de fevereiro de 2006: Fontes do Conselho Eleitoral corrigem informações anteriores e anunciam que Préval não obteve a maioria absoluta, com 75,81% dos votos apurados.
13 de fevereiro de 2006: Milhares de partidários de Préval tomam a capital e iniciam conflitos nos quais pelo menos uma pessoa morreu. As autoridades eleitorais adiam o anúncio dos resultados definitivos.
14 de fevereiro de 2006: Préval denuncia uma fraude eleitoral contra sua candidatura, a situação se complica, e o Conselho de Segurança da ONU renova o mandato da Minustah por mais seis meses.
15 de fevereiro de 2006: A Presidência anuncia a criação de uma comissão encarregada de revisar as atas da votação e proíbe o anúncio dos resultados. Uma rede de televisão exibe imagens de milhares de votos em urnas jogadas no lixo e o Conselho Eleitoral e a Minustah admitem o desaparecimento de milhares de votos. Uma multidão de manifestantes se concentra em frente ao palácio presidencial para pedir a nomeação de Préval.
16 de fevereiro de 2006: O Conselho Eleitoral Provisório proclama oficialmente René Préval como presidente eleito da República, após um acordo fechado entre a autoridade eleitoral e o primeiro-ministro interino, Gérard Latortue. O acordo foi sugerido pelo Brasil, e ocorreu em meio à onda de violência que tomou o país depois que Préval condenou a "fraude massiva" do pleito de 7 de fevereiro.
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