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16/02/2006
-
15h12
da France Presse, em Jerusalém
Israel realizará um concurso internacional de caricaturas anti-semitas para ridiculizar o lançado recentemente pelo jornal iraniano "Hamshahri" sobre o Holocausto, depois da publicação das caricaturas do profeta Maomé na Europa.
"Nossa resposta à violência, ao mau gosto e à mediocridade é o humor negro e a brincadeira conosco", disse o chargista Amitai Sandy, de um site independente, que organiza o concurso.
"O Hamshahri não inova, porque todos os dias a imprensa iraniana e árabe publica desenhos anti-semitas (...). Não odeio nem muçulmanos nem árabes, e acredito que os judeus são os que melhor podem rir de si mesmos. Nenhum iraniano pode nos ganhar nesse terreno", acrescentou.
"Não vamos incendiar embaixadas nem organizar autos-de-fé ou manifestações sangrentas. Publicaremos aqui (em Israel) as caricaturas mais odiosas sobre judeus jamais vistas", disse o chargista.
Sandy se negou a considerar as eventuais repercussões de sua iniciativa, comentando que "os anti-semitas não precisam de pretextos".
O concurso estará aberto até 3 de março no site www.boomka.org, apenas para judeus. As melhores charges serão expostas em Tel Aviv e serão premiadas.
Sandy conta com a generosidade dos visitantes de seu site para financiar os prêmios. "Recebemos centenas de respostas de judeus nos parabenizando por nossa iniciativa e dizendo estar orgulhosos de pertencer a um povo para o qual o humor sempre foi um refúgio", disse Sandy.
Ele citou o caso de um judeu americano cujo pai nasceu no Irã e que enviou estas palavras ao jornal: "Espero que os judeus dominem o mundo por meio do humor".
Entre as caricaturas já recebidas, algumas se concentram em temas como o clássico rabino de nariz grande e pontudo que segura o globo nas mãos. Mas outras são mais sarcásticas, como a que mostra Moisés descendo do monte Sinai com as Tábuas da Lei com a legenda "11º mandamento: Dominarás os meios de comunicação internacionais".
Ao ser questionado sobre o assunto, o caricaturista do jornal israelense "Haaretz", Amos Biederman, aprovou a realização do concurso. "A idéia é simpática. Os judeus são os primeiros a contarem chistes sobre os judeus. Efetivamente, devemos reagir aos excessos com humor e moderação. Não é uma questão de mobilizar as massas enfurecidas por algumas caricaturas", afirmou.
Mas Estie Yaari, porta-voz do Memorial Yad Vashem de Jerusalém, dedicado ao estudo e à recordação do Holocausto, afirma que "não está claro que este gênero de iniciativas seja a melhor forma de responder às perigosas atitudes de Teerã".
O "Hamshahri" lançou um concurso internacional de caricaturas sobre o Holocausto e convidou os autores dinamarqueses das 12 charges sobre o profeta Maomé a enviar desenhos.
A publicação destas caricaturas do profeta provocou uma onda de cólera, sobretudo em países muçulmanos.
O presidente ultraconservador iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, escandalizou a comunidade internacional ao qualificar o Holocausto de "mito" em várias ocasiões e a declarar em outubro que Israel deveria "ser varrido do mapa".
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Veja galeria de imagens dos protestos contra as charges
Site de Israel lança concurso de charges em resposta ao Irã
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Israel realizará um concurso internacional de caricaturas anti-semitas para ridiculizar o lançado recentemente pelo jornal iraniano "Hamshahri" sobre o Holocausto, depois da publicação das caricaturas do profeta Maomé na Europa.
"Nossa resposta à violência, ao mau gosto e à mediocridade é o humor negro e a brincadeira conosco", disse o chargista Amitai Sandy, de um site independente, que organiza o concurso.
"O Hamshahri não inova, porque todos os dias a imprensa iraniana e árabe publica desenhos anti-semitas (...). Não odeio nem muçulmanos nem árabes, e acredito que os judeus são os que melhor podem rir de si mesmos. Nenhum iraniano pode nos ganhar nesse terreno", acrescentou.
"Não vamos incendiar embaixadas nem organizar autos-de-fé ou manifestações sangrentas. Publicaremos aqui (em Israel) as caricaturas mais odiosas sobre judeus jamais vistas", disse o chargista.
Sandy se negou a considerar as eventuais repercussões de sua iniciativa, comentando que "os anti-semitas não precisam de pretextos".
O concurso estará aberto até 3 de março no site www.boomka.org, apenas para judeus. As melhores charges serão expostas em Tel Aviv e serão premiadas.
Sandy conta com a generosidade dos visitantes de seu site para financiar os prêmios. "Recebemos centenas de respostas de judeus nos parabenizando por nossa iniciativa e dizendo estar orgulhosos de pertencer a um povo para o qual o humor sempre foi um refúgio", disse Sandy.
Ele citou o caso de um judeu americano cujo pai nasceu no Irã e que enviou estas palavras ao jornal: "Espero que os judeus dominem o mundo por meio do humor".
Entre as caricaturas já recebidas, algumas se concentram em temas como o clássico rabino de nariz grande e pontudo que segura o globo nas mãos. Mas outras são mais sarcásticas, como a que mostra Moisés descendo do monte Sinai com as Tábuas da Lei com a legenda "11º mandamento: Dominarás os meios de comunicação internacionais".
Ao ser questionado sobre o assunto, o caricaturista do jornal israelense "Haaretz", Amos Biederman, aprovou a realização do concurso. "A idéia é simpática. Os judeus são os primeiros a contarem chistes sobre os judeus. Efetivamente, devemos reagir aos excessos com humor e moderação. Não é uma questão de mobilizar as massas enfurecidas por algumas caricaturas", afirmou.
Mas Estie Yaari, porta-voz do Memorial Yad Vashem de Jerusalém, dedicado ao estudo e à recordação do Holocausto, afirma que "não está claro que este gênero de iniciativas seja a melhor forma de responder às perigosas atitudes de Teerã".
O "Hamshahri" lançou um concurso internacional de caricaturas sobre o Holocausto e convidou os autores dinamarqueses das 12 charges sobre o profeta Maomé a enviar desenhos.
A publicação destas caricaturas do profeta provocou uma onda de cólera, sobretudo em países muçulmanos.
O presidente ultraconservador iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, escandalizou a comunidade internacional ao qualificar o Holocausto de "mito" em várias ocasiões e a declarar em outubro que Israel deveria "ser varrido do mapa".
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