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19/02/2006
-
09h21
da Folha Online
O Knesset [Parlamento] de Israel aprovou um pacote de restrições contra os palestinos neste domingo, um dia depois que o grupo extremista Hamas tomou posse no novo Parlamento palestino.
Israel decidiu suspender de forma permanente a ajuda financeira de US$ 50 milhões que recolhe mensalmente em impostos e envia à ANP (Autoridade Nacional Palestina), segundo Roni Bar On, um dos líderes do Kadima. O dinheiro é revertido para o pagamento de cerca de 140 mil trabalhadores palestinos.
Bar On não deu informações sobre a suposta proibição que Israel pretende impor à entrada de trabalhadores palestinos em Israel e a movimentação palestina entre Gaza e os territórios ocupados da Cisjordânia.
No entanto, os legisladores afirmaram que o policiamento deve ser reforçado nos postos de controle das fronteiras entre Israel e a faixa de Gaza e que o movimento de membros dos Hamas deve ser restrito pelo Exército israelense nos territórios da Cisjordânia ocupados por Israel.
As medidas visam enfraquecer o apoio palestino ao Hamas, grupo extremista que prega a destruição de Israel e é apontado como responsável por ao menos 60 ataques suicidas contra alvos israelenses desde 2000.
Premiê
Neste domingo, Ismail Haniyeh, líder do Hamas na faixa de Gaza, foi nomeado o novo premiê palestino. A nomeação foi anunciada por meio de um comunicado divulgado pelo grupo extremista.
Abbas deve fazer ainda hoje um pedido formal para que Haniyeh forme o novo gabinete. Haniyeh terá então um prazo de três semanas para submeter o novo governo à aprovação de Abbas.
Nascido no campo de refugiados de Shati, Haniyeh se formou em literatura árabe pela Universidade Islâmica da Cidade de Gaza, em 1987, e se tornou um aliado próximo do fundador do Hamas, Ahmed Yassin.
Em 1992, Haniyeh foi expulso por Israel e enviado para o sul do Líbano. Um ano depois, retornou à Gaza e se tornou reitor da Universidade Islâmica. Em 1998, assumiu um cargo no gabinete de Yassin.
Em 2004, após o assassinato de Yassin e de seu sucessor, Abdel Aziz Rantisi, assumiu a liderança do Hamas.
Maioria
O Hamas obteve o controle do Parlamento palestino nas eleições parlamentares de 25 de janeiro, obtendo 74 das 132 cadeiras e dando fim à hegemonia do Fatah, que dominava o cenário político palestino há décadas.
O grupo afirma que pretende formar seu governo no próximo mês e anunciou que seu programa político não estará necessariamente de acordo com a visão do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ontem, após a cerimônia de posse no novo Parlamento, Abbas fez um convite formal ao Hamas para a formação de um novo governo.
Abbas pediu que o grupo deixe de lado a violência e a pregação da destruição de Israel e aceite o acordo de paz entre os dois Estados. O Hamas, no entanto, rejeitou o pedido. "O Hamas reafirma que rejeita as negociações enquanto houver a ocupação [de Israel], principalmente quando [Israel] continua a praticar punições coletivas contra nosso povo", afirmou o porta-voz do grupo, Sami Abu Zuhri, na Cidade de Gaza.
Com agências internacionais
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Parlamento israelense aprova restrições contra palestinos
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O Knesset [Parlamento] de Israel aprovou um pacote de restrições contra os palestinos neste domingo, um dia depois que o grupo extremista Hamas tomou posse no novo Parlamento palestino.
Israel decidiu suspender de forma permanente a ajuda financeira de US$ 50 milhões que recolhe mensalmente em impostos e envia à ANP (Autoridade Nacional Palestina), segundo Roni Bar On, um dos líderes do Kadima. O dinheiro é revertido para o pagamento de cerca de 140 mil trabalhadores palestinos.
Bar On não deu informações sobre a suposta proibição que Israel pretende impor à entrada de trabalhadores palestinos em Israel e a movimentação palestina entre Gaza e os territórios ocupados da Cisjordânia.
No entanto, os legisladores afirmaram que o policiamento deve ser reforçado nos postos de controle das fronteiras entre Israel e a faixa de Gaza e que o movimento de membros dos Hamas deve ser restrito pelo Exército israelense nos territórios da Cisjordânia ocupados por Israel.
As medidas visam enfraquecer o apoio palestino ao Hamas, grupo extremista que prega a destruição de Israel e é apontado como responsável por ao menos 60 ataques suicidas contra alvos israelenses desde 2000.
Premiê
Neste domingo, Ismail Haniyeh, líder do Hamas na faixa de Gaza, foi nomeado o novo premiê palestino. A nomeação foi anunciada por meio de um comunicado divulgado pelo grupo extremista.
AP |
Ismail Haniyeh, um dos líderes do Hamas, nomeado hoje o novo premiê palestino |
Nascido no campo de refugiados de Shati, Haniyeh se formou em literatura árabe pela Universidade Islâmica da Cidade de Gaza, em 1987, e se tornou um aliado próximo do fundador do Hamas, Ahmed Yassin.
Em 1992, Haniyeh foi expulso por Israel e enviado para o sul do Líbano. Um ano depois, retornou à Gaza e se tornou reitor da Universidade Islâmica. Em 1998, assumiu um cargo no gabinete de Yassin.
Em 2004, após o assassinato de Yassin e de seu sucessor, Abdel Aziz Rantisi, assumiu a liderança do Hamas.
Maioria
O Hamas obteve o controle do Parlamento palestino nas eleições parlamentares de 25 de janeiro, obtendo 74 das 132 cadeiras e dando fim à hegemonia do Fatah, que dominava o cenário político palestino há décadas.
O grupo afirma que pretende formar seu governo no próximo mês e anunciou que seu programa político não estará necessariamente de acordo com a visão do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ontem, após a cerimônia de posse no novo Parlamento, Abbas fez um convite formal ao Hamas para a formação de um novo governo.
Abbas pediu que o grupo deixe de lado a violência e a pregação da destruição de Israel e aceite o acordo de paz entre os dois Estados. O Hamas, no entanto, rejeitou o pedido. "O Hamas reafirma que rejeita as negociações enquanto houver a ocupação [de Israel], principalmente quando [Israel] continua a praticar punições coletivas contra nosso povo", afirmou o porta-voz do grupo, Sami Abu Zuhri, na Cidade de Gaza.
Com agências internacionais
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