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19/02/2006
-
13h52
da Folha Online
O Parlamento israelense decidiu neste domingo suspender a ajuda financeira de US$ 50 milhões mensais em impostos que o país envia à ANP (Autoridade Nacional Palestina), segundo Roni Bar On, um dos líderes do Kadima. O dinheiro é usado para o pagamento de 140 mil trabalhadores.
A decisão ocorre um dia depois que o grupo extremista Hamas tomou posse no novo Parlamento palestino.
O Hamas rejeitou a decisão do governo israelense. Segundo porta-voz do movimento islâmico na faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, a decisão é "equivocada" e "nunca afetará a determinação do movimento de continuar com o que faz".
O porta-voz disse ainda que o movimento islâmico tomará "todas as medidas possíveis para evitar as sanções econômicas e de segurança que Israel impôs aos palestinos".
"Buscaremos ajuda econômica árabe e islâmica para nosso povo e empregaremos a tecnologia para que os deputados e ministros que não podem viajar entre Gaza e Cisjordânia possam comunicar-se", disse.
Abu Zuhri pediu à comunidade internacional que "impeça as medidas opressivas que Israel exerce sobre os palestinos, em vez de culpar o povo".
"Terrorista"
O governo israelense decidiu que com a incorporação, ontem, do Hamas ao Parlamento, a ANP se transformou em "uma entidade terrorista", segundo as palavras pronunciadas neste domingo pelo primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, levando à suspensão da transferência do dinheiro.
Ban Or não deu informações sobre a suposta proibição que Israel pretende impor à entrada de trabalhadores palestinos em Israel e a movimentação palestina entre Gaza e os territórios ocupados da Cisjordânia.
No entanto, legisladores afirmaram que o policiamento deve ser reforçado nos postos de controle das fronteiras entre Israel e a faixa de Gaza e que o movimento de membros dos Hamas deve ser restrito pelo Exército israelense nos territórios da Cisjordânia ocupados por Israel.
As medidas visam enfraquecer o apoio palestino ao Hamas, grupo extremista que prega a destruição de Israel e é apontado como responsável por ao menos 60 ataques suicidas contra alvos israelenses desde 2000.
Premiê
Neste domingo, Ismail Haniyeh, líder do Hamas na faixa de Gaza, foi nomeado o novo premiê palestino. A nomeação foi anunciada por meio de um comunicado divulgado pelo grupo extremista.
Nascido no campo de refugiados de Shati, Haniyeh se formou em literatura árabe pela Universidade Islâmica da Cidade de Gaza, em 1987, e se tornou um aliado próximo do fundador do Hamas, Ahmed Yassin.
Em 1992, Haniyeh foi expulso por Israel e enviado para o sul do Líbano. Um ano depois, retornou à Gaza e se tornou reitor da Universidade Islâmica. Em 1998, assumiu um cargo no gabinete de Yassin.
Em 2004, após o assassinato de Yassin e de seu sucessor, Abdel Aziz Rantisi, assumiu a liderança do Hamas.
Maioria
O Hamas obteve o controle do Parlamento palestino nas eleições parlamentares de 25 de janeiro, obtendo 74 das 132 cadeiras e dando fim à hegemonia do Fatah, que dominava o cenário político palestino há décadas.
O grupo afirma que pretende formar seu governo no próximo mês e anunciou que seu programa político não estará necessariamente de acordo com a visão do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ontem, após a cerimônia de posse no novo Parlamento, Abbas fez um convite formal ao Hamas para a formação de um novo governo.
Abbas pediu que o grupo deixe de lado a violência e a pregação da destruição de Israel e aceite o acordo de paz entre os dois Estados. O Hamas, no entanto, rejeitou o pedido. "O Hamas reafirma que rejeita as negociações enquanto houver a ocupação [de Israel], principalmente quando [Israel] continua a praticar punições coletivas contra nosso povo", afirmou o porta-voz do grupo, Sami Abu Zuhri, na Cidade de Gaza.
Com agências internacionais
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Israel impõe sanções a palestinos; Hamas rejeita decisão
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O Parlamento israelense decidiu neste domingo suspender a ajuda financeira de US$ 50 milhões mensais em impostos que o país envia à ANP (Autoridade Nacional Palestina), segundo Roni Bar On, um dos líderes do Kadima. O dinheiro é usado para o pagamento de 140 mil trabalhadores.
A decisão ocorre um dia depois que o grupo extremista Hamas tomou posse no novo Parlamento palestino.
O Hamas rejeitou a decisão do governo israelense. Segundo porta-voz do movimento islâmico na faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, a decisão é "equivocada" e "nunca afetará a determinação do movimento de continuar com o que faz".
O porta-voz disse ainda que o movimento islâmico tomará "todas as medidas possíveis para evitar as sanções econômicas e de segurança que Israel impôs aos palestinos".
"Buscaremos ajuda econômica árabe e islâmica para nosso povo e empregaremos a tecnologia para que os deputados e ministros que não podem viajar entre Gaza e Cisjordânia possam comunicar-se", disse.
Abu Zuhri pediu à comunidade internacional que "impeça as medidas opressivas que Israel exerce sobre os palestinos, em vez de culpar o povo".
"Terrorista"
O governo israelense decidiu que com a incorporação, ontem, do Hamas ao Parlamento, a ANP se transformou em "uma entidade terrorista", segundo as palavras pronunciadas neste domingo pelo primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, levando à suspensão da transferência do dinheiro.
Ban Or não deu informações sobre a suposta proibição que Israel pretende impor à entrada de trabalhadores palestinos em Israel e a movimentação palestina entre Gaza e os territórios ocupados da Cisjordânia.
No entanto, legisladores afirmaram que o policiamento deve ser reforçado nos postos de controle das fronteiras entre Israel e a faixa de Gaza e que o movimento de membros dos Hamas deve ser restrito pelo Exército israelense nos territórios da Cisjordânia ocupados por Israel.
As medidas visam enfraquecer o apoio palestino ao Hamas, grupo extremista que prega a destruição de Israel e é apontado como responsável por ao menos 60 ataques suicidas contra alvos israelenses desde 2000.
Premiê
Neste domingo, Ismail Haniyeh, líder do Hamas na faixa de Gaza, foi nomeado o novo premiê palestino. A nomeação foi anunciada por meio de um comunicado divulgado pelo grupo extremista.
AP |
Ismail Haniyeh, um dos líderes do Hamas, nomeado hoje o novo premiê palestino |
Em 1992, Haniyeh foi expulso por Israel e enviado para o sul do Líbano. Um ano depois, retornou à Gaza e se tornou reitor da Universidade Islâmica. Em 1998, assumiu um cargo no gabinete de Yassin.
Em 2004, após o assassinato de Yassin e de seu sucessor, Abdel Aziz Rantisi, assumiu a liderança do Hamas.
Maioria
O Hamas obteve o controle do Parlamento palestino nas eleições parlamentares de 25 de janeiro, obtendo 74 das 132 cadeiras e dando fim à hegemonia do Fatah, que dominava o cenário político palestino há décadas.
O grupo afirma que pretende formar seu governo no próximo mês e anunciou que seu programa político não estará necessariamente de acordo com a visão do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ontem, após a cerimônia de posse no novo Parlamento, Abbas fez um convite formal ao Hamas para a formação de um novo governo.
Abbas pediu que o grupo deixe de lado a violência e a pregação da destruição de Israel e aceite o acordo de paz entre os dois Estados. O Hamas, no entanto, rejeitou o pedido. "O Hamas reafirma que rejeita as negociações enquanto houver a ocupação [de Israel], principalmente quando [Israel] continua a praticar punições coletivas contra nosso povo", afirmou o porta-voz do grupo, Sami Abu Zuhri, na Cidade de Gaza.
Com agências internacionais
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