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21/02/2006
-
09h13
da Efe, em Londres
O ministro britânico de Assuntos Exteriores, Jack Straw, afirmou nesta terça-feira no Iraque que os Estados Unidos "não têm intenção de manter um 'gulag' em Guantánamo", embora tenha dito que cabe a Washington decidir o futuro do centro de detenção na baía do sul da ilha de Cuba.
"Os EUA não têm intenção de manter um 'gulag' [referência aos campos de concentração soviéticos] na Baía de Guantánamo", disse o ministro em declarações à Rádio 4 da BBC.
Straw, que viajou ao Iraque para reunir-se com os líderes desse país às vésperas da formação do novo governo, ressaltou que os EUA "querem ver a situação resolvida". O ministro lembrou também que muitos dos prisioneiros de Guantánamo "já foram libertados ou levados à Justiça".
"O problema é o que fazer com os que ficam. A Administração americana deve tomar suas próprias decisões em relação a isso. Francamente, eu não vou fazer conjeturas", disse.
ONU
Há poucos dias, uma comissão da ONU pediu o fechamento imediato da prisão de Guantánamo e o julgamento ou libertação dos prisioneiros, que se encontram detidos sem acusações.
Desde então, dirigentes políticos e religiosos de vários países, assim como organizações defensoras dos direitos humanos, exigiram que se cumpra esse mandato.
No entanto, o governo britânico se mostrou dividido. O ministro para a Irlanda do Norte, Peter Hain, pediu o fechamento da instalação, enquanto o primeiro-ministro, Tony Blair, limitou-se a dizer que é uma "anomalia" que deve ser resolvida "cedo ou tarde".
Straw se uniu a seu colega de Defesa, John Reid, ao dizer que o fechamento do centro é uma decisão que corresponde aos Estados Unidos.
"Certamente, entendo a preocupação no Reino Unido, na Europa continental e nos EUA com a Baía de Guantánamo. Mas também é importante reconhecer que há outro lado da moeda, que se chama '11 de Setembro' e que não é uma invenção da CIA", afirmou.
"Cúmplice"
Segundo Straw, se a comunidade internacional não tivesse atuado contra "o regime cúmplice" do Afeganistão (em 2001), a Al Qaeda teria perpetrado mais atentados como os de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.
Como conseqüência da guerra ao Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão], os EUA detiveram "centenas de terríveis terroristas", que depois "tiveram que ser presos em circunstâncias que a legislação internacional prévia jamais teve como prever. Esse é o problema", disse Straw.
O ministro britânico continuará hoje sua visita ao Iraque com reuniões com os comandantes militares britânicos sobre a situação em Basra (sul do país), onde está baseada a maior parte dos mais de 8 mil soldados do Reino Unido.
A visita de Straw ocorre em um momento delicado para as relações bilaterais, devido à recente difusão de um vídeo que mostrava o espancamento de três jovens iraquianos por um grupo de militares britânicos.
Dois conselhos do sul do Iraque, entre eles o da Província de Basra, suspenderam sua colaboração com as tropas britânicas após a difusão das imagens brutais, que atualmente são investigadas pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Guantánamo
Straw diz que os EUA não querem manter um "gulag" em Guantánamo
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O ministro britânico de Assuntos Exteriores, Jack Straw, afirmou nesta terça-feira no Iraque que os Estados Unidos "não têm intenção de manter um 'gulag' em Guantánamo", embora tenha dito que cabe a Washington decidir o futuro do centro de detenção na baía do sul da ilha de Cuba.
"Os EUA não têm intenção de manter um 'gulag' [referência aos campos de concentração soviéticos] na Baía de Guantánamo", disse o ministro em declarações à Rádio 4 da BBC.
Straw, que viajou ao Iraque para reunir-se com os líderes desse país às vésperas da formação do novo governo, ressaltou que os EUA "querem ver a situação resolvida". O ministro lembrou também que muitos dos prisioneiros de Guantánamo "já foram libertados ou levados à Justiça".
"O problema é o que fazer com os que ficam. A Administração americana deve tomar suas próprias decisões em relação a isso. Francamente, eu não vou fazer conjeturas", disse.
ONU
Há poucos dias, uma comissão da ONU pediu o fechamento imediato da prisão de Guantánamo e o julgamento ou libertação dos prisioneiros, que se encontram detidos sem acusações.
Desde então, dirigentes políticos e religiosos de vários países, assim como organizações defensoras dos direitos humanos, exigiram que se cumpra esse mandato.
No entanto, o governo britânico se mostrou dividido. O ministro para a Irlanda do Norte, Peter Hain, pediu o fechamento da instalação, enquanto o primeiro-ministro, Tony Blair, limitou-se a dizer que é uma "anomalia" que deve ser resolvida "cedo ou tarde".
Straw se uniu a seu colega de Defesa, John Reid, ao dizer que o fechamento do centro é uma decisão que corresponde aos Estados Unidos.
"Certamente, entendo a preocupação no Reino Unido, na Europa continental e nos EUA com a Baía de Guantánamo. Mas também é importante reconhecer que há outro lado da moeda, que se chama '11 de Setembro' e que não é uma invenção da CIA", afirmou.
"Cúmplice"
Segundo Straw, se a comunidade internacional não tivesse atuado contra "o regime cúmplice" do Afeganistão (em 2001), a Al Qaeda teria perpetrado mais atentados como os de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.
Como conseqüência da guerra ao Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão], os EUA detiveram "centenas de terríveis terroristas", que depois "tiveram que ser presos em circunstâncias que a legislação internacional prévia jamais teve como prever. Esse é o problema", disse Straw.
O ministro britânico continuará hoje sua visita ao Iraque com reuniões com os comandantes militares britânicos sobre a situação em Basra (sul do país), onde está baseada a maior parte dos mais de 8 mil soldados do Reino Unido.
A visita de Straw ocorre em um momento delicado para as relações bilaterais, devido à recente difusão de um vídeo que mostrava o espancamento de três jovens iraquianos por um grupo de militares britânicos.
Dois conselhos do sul do Iraque, entre eles o da Província de Basra, suspenderam sua colaboração com as tropas britânicas após a difusão das imagens brutais, que atualmente são investigadas pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.
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