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02/03/2006
-
09h01
da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, foi alertado pela Fema (Agência Federal de Gestão de Crise) da magnitude do furacão Katrina um dia antes que este atingisse o sul dos EUA, segundo um vídeo confidencial divulgado pela agência de notícias Associated Press.
As imagens --que fazem parte de trechos de gravações de sete dias de reuniões obtidas pela AP-- mostram que, embora as autoridades americanas tenham antecipado a tragédia que aconteceria em Nova Orleans e no restante da costa do Golfo, foram extremamente lentas em tomar medidas eficazes para impedir o desastre.
Na gravação, o então diretor da Fema, Michael Brown, diz a Bush e ao secretário de Segurança Doméstica Michael Chertoff que o furacão poderia romper os diques de proteção de Nova Orleans que estava "gravemente preocupado" a respeito da capacidade do estádio Superdome de abrigar as vítimas da tragédia.
"Estou preocupado (...) com a habilidade de resposta a uma catástrofe", diz Brown na reunião, ocorrida na tarde anterior à chegada do Katrina ao continente. "O Superdome fica cerca de 3,5 metros abaixo do nível do mar (...) eu não sei se seu telhado resistirá a um furacão de categoria 5".
No entanto, ao final da exposição, Bush não faz nenhuma pergunta e afirma apenas: "Nós estamos totalmente preparados."
Alguns dias após o furacão, o presidente americano comentou que ninguém poderia ter previsto seu impacto, assim como a ruptura dos diques em Nova Orleans. Em 23 de fevereiro passado, porém, a Casa Branca assumiu a resposta tardia ao desastre.
Casa Branca
Após a divulgação do vídeo, a Casa Branca e o Departamento de Segurança Doméstica pediram que a população não tome conclusões precipitadas a respeito do vídeo.
"Eu espero que as pessoas não façam conclusões sobre o presidente ao ver apenas o trecho de uma reunião", afirmou o porta-voz presidencial Trent Duffy. "Ele recebeu várias informações de várias autoridades, e estava totalmente envolvido todas as vezes", disse.
O porta-voz do Departamento de Segurança Doméstica, Russ Knocke, afirmou que seu departamento não divulgará as gravações completas das reuniões dizendo que muitos trechos foram fornecidos a investigadores do Congresso americano meses atrás.
"Não há nada de novo nestas fitas", afirmou Knocke. "Nós participamos ativamente das lições aprendidas pelo Katrina e continuaremos participando das investigações do Senado e seguindo as suas recomendações".
Com Associated Press e France Presse
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o furacão Katrina
Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
Vídeo prova que Bush sabia do Katrina com antecedência
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O presidente americano, George W. Bush, foi alertado pela Fema (Agência Federal de Gestão de Crise) da magnitude do furacão Katrina um dia antes que este atingisse o sul dos EUA, segundo um vídeo confidencial divulgado pela agência de notícias Associated Press.
As imagens --que fazem parte de trechos de gravações de sete dias de reuniões obtidas pela AP-- mostram que, embora as autoridades americanas tenham antecipado a tragédia que aconteceria em Nova Orleans e no restante da costa do Golfo, foram extremamente lentas em tomar medidas eficazes para impedir o desastre.
AP |
O presidente George W. Bush (centro) durante reunião um dia antes da chegada do Katrina |
"Estou preocupado (...) com a habilidade de resposta a uma catástrofe", diz Brown na reunião, ocorrida na tarde anterior à chegada do Katrina ao continente. "O Superdome fica cerca de 3,5 metros abaixo do nível do mar (...) eu não sei se seu telhado resistirá a um furacão de categoria 5".
No entanto, ao final da exposição, Bush não faz nenhuma pergunta e afirma apenas: "Nós estamos totalmente preparados."
Alguns dias após o furacão, o presidente americano comentou que ninguém poderia ter previsto seu impacto, assim como a ruptura dos diques em Nova Orleans. Em 23 de fevereiro passado, porém, a Casa Branca assumiu a resposta tardia ao desastre.
Casa Branca
Após a divulgação do vídeo, a Casa Branca e o Departamento de Segurança Doméstica pediram que a população não tome conclusões precipitadas a respeito do vídeo.
"Eu espero que as pessoas não façam conclusões sobre o presidente ao ver apenas o trecho de uma reunião", afirmou o porta-voz presidencial Trent Duffy. "Ele recebeu várias informações de várias autoridades, e estava totalmente envolvido todas as vezes", disse.
O porta-voz do Departamento de Segurança Doméstica, Russ Knocke, afirmou que seu departamento não divulgará as gravações completas das reuniões dizendo que muitos trechos foram fornecidos a investigadores do Congresso americano meses atrás.
"Não há nada de novo nestas fitas", afirmou Knocke. "Nós participamos ativamente das lições aprendidas pelo Katrina e continuaremos participando das investigações do Senado e seguindo as suas recomendações".
Com Associated Press e France Presse
Especial
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