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02/03/2006 - 16h17

Comissão italiana aponta ação soviética em atentado contra o papa

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da Folha Online

Autoridades da antiga União Soviética estavam por trás do atentado contra o papa João Paulo 2º em 1981, segundo um informe da comissão criada pelo Parlamento italiano para esclarecer o caso.

O relatório final da Comissão Mitrokhin, criada para estudar documentos sobre a atividade dos serviços secretos soviéticos na Itália, será apresentado no final deste mês, mas o senador Paolo Guzzanti, presidente da comissão, apresentou o documento à imprensa.

Reuters
Imagem mostra revólver (canto esquerdo, sobre uma cabeça) que o turco usou para atirar
A comissão se baseou nos arquivos de Vassili Mitrokhin, um ex-agente da KGB, serviço secreto da antiga da União Soviética.

Para Guzzanti, da Força Itália (partido de direita), o atentado contra o primeiro papa polonês da história, no dia 13 de maio de 1981, em plena praça de São Pedro, foi "planejado e ordenado pelas autoridades militares soviéticas, aconselhadas pelo secretário-geral do Partido Comunista [Leonid Brejnev] que, através do serviço de inteligência militar soviético, GRU, distribuiu as tarefas".

Entre as pessoas que a comissão consultou estão o juiz francês Jean-Luis Bruguière, que declarou, em outubro de 2004, estar convencido de que o atentado cometido pelo turco Ali Agca havia sido organizado pelos serviços de inteligência do Exército soviético.

Reuters
Agca segura o revólver
Agca segura o revólver
Segundo esta teoria, os serviços secretos búlgaros, envolvidos desde o início no caso, foram usados para "acobertar" os verdadeiros autores intelectuais. A Stasi, polícia secreta da antiga Alemanha Oriental, ficou responsável pelo serviço de "desinformação".

Os governos da Rússia e da Bulgária rechaçaram as conclusões do relatório da comissão parlamentar italiana.

Na época da tentativa de assassinato contra João Paulo 2º, a Polônia, terra natal do papa, passava por mudanças que culminariam com o fim do comunismo no Leste Europeu, em 1989.

O papa foi um grande incentivador do sindicato polonês Solidariedade, sendo que muitos historiadores atribuem um papel fundamental ao líder católico em eventos que levaram à queda do Muro de Berlim.

O relatório não tem relação com investigações judiciais, que já foram concluídas.

Com agências internacionais

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