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03/03/2006
-
14h20
da Folha Online
A visita do presidente George W. Bush à Ásia, iniciada nesta quarta-feira (1), tem sido marcada por intensas manifestações que deixaram ao menos três mortos e dezenas de feridos na Índia. Bush chegou hoje ao Paquistão, onde deve enfrentar novos protestos.
Após passar três dias no país, Bush seguiu hoje para o Paquistão. Um dia antes da viagem de Bush ao Indostão [região que compreende Índia, Indonésia, Paquistão e Sri Lanka]um atentado matou cinco pessoas na cidade paquistanesa de Karachi --entre elas, um diplomata dos EUA.
Várias cidades indianas foram atingidas pelos protestos anti-Bush nesta semana. A violência surgiu na cidade de Lucknow, quando dezenas de muçulmanos armados tentaram forçar comerciantes a fechar suas lojas devido a uma greve convocada em protesto à visita de Bush.
O conflito causou confrontos entre as duas partes que resultaram em três mortos --entre eles, um adolescente-- depois que manifestantes atiraram pedras contra carros e atearam fogo em lojas. Segundo a polícia, tiros foram disparados para o ar para dispersar a multidão.
Na cidade de Hyderabad (sul), manifestantes queimaram uma imagem de Bush no momento em que sua chegada à cidade estava prevista, em sua segunda parada na Índia após passar por Nova Déli. A segurança foi reforçada na cidade. Em seguida, Bush voltou à capital indiana.
Cantando slogans como "Bush, tire suas mãos da Índia" ou "Bush, vá para casa", vários manifestantes comunistas e muçulmanos marcharam pela cidade. A multidão marchou por três quilômetros. Alguns dos manifestantes carregavam pôsteres do líder da rede terrorista Al Qaeda.
Comércio
Lojas na região muçulmana de Charminar permaneceram fechadas. Cerca de 40% dos 7 milhões de moradores da cidade são muçulmanos.
Também em Charminar, fiéis que deixavam uma mesquita atiraram pedras contra a polícia após as orações da sexta-feira. Policiais cercaram a mesquita e dispersaram a multidão. Cinco pessoas ficaram feridas.
Em Srinagar, capital da região da Caxemira indiana --região predominanemente muçulmana-- policiais entraram em confronto com cerca de 5.000 manifestantes que gritavam slogans anti-americanos.
Os manifestantes atiraram pedras e tijolos contra os policiais. Cerca de 12 pessoas ficaram feridas, segundo a polícia. Policiais utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, segundo o porta-voz Ali Mohammad.
Acordo
Os Estados Unidos e a Índia firmaram ontem um histórico acordo de cooperação nuclear após a chegada de Bush ao país asiático. O governo indiano abrirá 14 de suas usinas termonucleares à inspeção internacional.
Com o pacto, os EUA conseguiram que o país asiático --que não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)-- separe claramente seus programas atômicos civis e militares e os submeta a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O acordo põe fim a um longo período de isolamento da Índia na área nuclear. O país usou a energia nuclear para fins militares e, em 1998, chegou a detonar uma bomba atômica, o que levou seu rival na região, o Paquistão, a também detonar a sua.
Os EUA se comprometem a permitir que os países exportadores forneçam material nuclear à Índia, que necessita da tecnologia nuclear estrangeira para satisfazer suas necessidades energéticas.
A Índia tem 14 reatores em operação comercial e oito outros sendo construídos. A energia nuclear, responsável hoje por apenas 3% da eletricidade gerada, poderá chegar a 25% dentro de 45 anos.
Com agências internacionais
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A visita do presidente George W. Bush à Ásia, iniciada nesta quarta-feira (1), tem sido marcada por intensas manifestações que deixaram ao menos três mortos e dezenas de feridos na Índia. Bush chegou hoje ao Paquistão, onde deve enfrentar novos protestos.
Após passar três dias no país, Bush seguiu hoje para o Paquistão. Um dia antes da viagem de Bush ao Indostão [região que compreende Índia, Indonésia, Paquistão e Sri Lanka]um atentado matou cinco pessoas na cidade paquistanesa de Karachi --entre elas, um diplomata dos EUA.
Reuters |
Manifestantes atiram pedras contra policiais em protestos na Índia; três pessoas morreram |
O conflito causou confrontos entre as duas partes que resultaram em três mortos --entre eles, um adolescente-- depois que manifestantes atiraram pedras contra carros e atearam fogo em lojas. Segundo a polícia, tiros foram disparados para o ar para dispersar a multidão.
Na cidade de Hyderabad (sul), manifestantes queimaram uma imagem de Bush no momento em que sua chegada à cidade estava prevista, em sua segunda parada na Índia após passar por Nova Déli. A segurança foi reforçada na cidade. Em seguida, Bush voltou à capital indiana.
Cantando slogans como "Bush, tire suas mãos da Índia" ou "Bush, vá para casa", vários manifestantes comunistas e muçulmanos marcharam pela cidade. A multidão marchou por três quilômetros. Alguns dos manifestantes carregavam pôsteres do líder da rede terrorista Al Qaeda.
Comércio
Lojas na região muçulmana de Charminar permaneceram fechadas. Cerca de 40% dos 7 milhões de moradores da cidade são muçulmanos.
Também em Charminar, fiéis que deixavam uma mesquita atiraram pedras contra a polícia após as orações da sexta-feira. Policiais cercaram a mesquita e dispersaram a multidão. Cinco pessoas ficaram feridas.
Em Srinagar, capital da região da Caxemira indiana --região predominanemente muçulmana-- policiais entraram em confronto com cerca de 5.000 manifestantes que gritavam slogans anti-americanos.
Os manifestantes atiraram pedras e tijolos contra os policiais. Cerca de 12 pessoas ficaram feridas, segundo a polícia. Policiais utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, segundo o porta-voz Ali Mohammad.
Acordo
Os Estados Unidos e a Índia firmaram ontem um histórico acordo de cooperação nuclear após a chegada de Bush ao país asiático. O governo indiano abrirá 14 de suas usinas termonucleares à inspeção internacional.
Com o pacto, os EUA conseguiram que o país asiático --que não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)-- separe claramente seus programas atômicos civis e militares e os submeta a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O acordo põe fim a um longo período de isolamento da Índia na área nuclear. O país usou a energia nuclear para fins militares e, em 1998, chegou a detonar uma bomba atômica, o que levou seu rival na região, o Paquistão, a também detonar a sua.
Os EUA se comprometem a permitir que os países exportadores forneçam material nuclear à Índia, que necessita da tecnologia nuclear estrangeira para satisfazer suas necessidades energéticas.
A Índia tem 14 reatores em operação comercial e oito outros sendo construídos. A energia nuclear, responsável hoje por apenas 3% da eletricidade gerada, poderá chegar a 25% dentro de 45 anos.
Com agências internacionais
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