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04/03/2006
-
10h20
da Efe, em Gaza
Ismail Haniyeh, líder do movimento extremista islâmico Hamas indicado para o cargo de premiê palestino, responsabilizou neste sábado o governo de Israel pelo ataque de cidadãos israelenses à Basílica de Nazaré.
A agressão perpetrada ontem contra o templo cristão "é parte da cultura do ódio de Israel contra os palestinos e contra os lugares santos do Islã e do cristianismo", declarou Haniyeh à imprensa.
Haniyeh --cujo movimento ganhou as eleições legislativas de 25 de janeiro-- está atualmente formando o próximo governo palestino, missão que lhe foi encarregada pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.
O chefe policial dos Vales do Norte de Israel, Yaacov Zigdón, declarou que o incidente na basílica foi "uma provocação pessoal" de três membros de uma família israelense "para protestar e chamar a atenção para seus graves problemas econômicos".
Segundo a autoridade policial, "não se deve buscar outro motivo" para o ataque.
Haim Eliahu Habibi, sua mulher Violet e uma filha do casal entraram nesta sexta-feira disfarçados de peregrinos cristãos na Basílica da Anunciação de Nazaré, na Galiléia, e do primeiro andar acenderam e atiraram explosivos contra os paroquianos que rezavam no térreo, segundo fontes policiais.
Estava prevista para as 15h (10h em Brasília) uma manifestação contra o incidente organizada pelas autoridades eclesiásticas e pela liderança da comunidade árabe de Israel.
O protesto foi autorizado pela Polícia Nacional em negociações com os organizadores, que prometem um protesto pacífico.
A marcha sairá da Fonte da Virgem Maria, onde, segundo o Evangelho, o arcanjo Gabriel anunciou o nascimento de Jesus, e seguirá até a Basílica da Anunciação.
O oficial da polícia revelou que o pai de família, judeu ortodoxo, se nega por enquanto a fazer declarações, mas que sua filha disse que chegaram ontem a Nazaré antes do início do shabat (ritual de sábado) em Tel Aviv, onde pernoitaram em um hotel apesar de viverem em meio a "grandes dificuldades financeiras".
No quarto que ocuparam, os investigadores encontraram um pequeno botijão de gás utilizado para preparar e detonar os explosivos.
A família, que há anos depende da assistência social do Estado, também queria protestar porque as autoridades do Ministério do Bem-Estar Social tiraram dos pais direitos sobre outros três filhos.
Zigdón elogiou a conduta das autoridades eclesiásticas, do prefeito de Nazaré, Ramis Jeraisi, e da liderança árabe pelos esforços realizados ontem à noite para acalmar os ânimos após os distúrbios registrados durante o ataque à basílica.
O governo do primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, receberá amanhã, durante sua reunião semanal, um relatório do Ministro da Segurança Interior, Gideon Ezra, e dos chefes dos organismos de segurança sobre o grave incidente e suas possíveis conseqüências.
As autoridades israelenses expressaram seu pesar pelo ocorrido às autoridades eclesiásticas na Terra Santa e à Santa Sé no Vaticano, assegurando que seguirão garantindo a liberdade de culto na região.
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Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
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Líder do Hamas responsabiliza Israel por ataque a templo cristão
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Ismail Haniyeh, líder do movimento extremista islâmico Hamas indicado para o cargo de premiê palestino, responsabilizou neste sábado o governo de Israel pelo ataque de cidadãos israelenses à Basílica de Nazaré.
A agressão perpetrada ontem contra o templo cristão "é parte da cultura do ódio de Israel contra os palestinos e contra os lugares santos do Islã e do cristianismo", declarou Haniyeh à imprensa.
04.fev.2006/AP |
Ismail Haniyeh, líder do grupo Hamas na faixa de Gaza |
O chefe policial dos Vales do Norte de Israel, Yaacov Zigdón, declarou que o incidente na basílica foi "uma provocação pessoal" de três membros de uma família israelense "para protestar e chamar a atenção para seus graves problemas econômicos".
Segundo a autoridade policial, "não se deve buscar outro motivo" para o ataque.
Haim Eliahu Habibi, sua mulher Violet e uma filha do casal entraram nesta sexta-feira disfarçados de peregrinos cristãos na Basílica da Anunciação de Nazaré, na Galiléia, e do primeiro andar acenderam e atiraram explosivos contra os paroquianos que rezavam no térreo, segundo fontes policiais.
Estava prevista para as 15h (10h em Brasília) uma manifestação contra o incidente organizada pelas autoridades eclesiásticas e pela liderança da comunidade árabe de Israel.
O protesto foi autorizado pela Polícia Nacional em negociações com os organizadores, que prometem um protesto pacífico.
A marcha sairá da Fonte da Virgem Maria, onde, segundo o Evangelho, o arcanjo Gabriel anunciou o nascimento de Jesus, e seguirá até a Basílica da Anunciação.
O oficial da polícia revelou que o pai de família, judeu ortodoxo, se nega por enquanto a fazer declarações, mas que sua filha disse que chegaram ontem a Nazaré antes do início do shabat (ritual de sábado) em Tel Aviv, onde pernoitaram em um hotel apesar de viverem em meio a "grandes dificuldades financeiras".
No quarto que ocuparam, os investigadores encontraram um pequeno botijão de gás utilizado para preparar e detonar os explosivos.
A família, que há anos depende da assistência social do Estado, também queria protestar porque as autoridades do Ministério do Bem-Estar Social tiraram dos pais direitos sobre outros três filhos.
Zigdón elogiou a conduta das autoridades eclesiásticas, do prefeito de Nazaré, Ramis Jeraisi, e da liderança árabe pelos esforços realizados ontem à noite para acalmar os ânimos após os distúrbios registrados durante o ataque à basílica.
O governo do primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, receberá amanhã, durante sua reunião semanal, um relatório do Ministro da Segurança Interior, Gideon Ezra, e dos chefes dos organismos de segurança sobre o grave incidente e suas possíveis conseqüências.
As autoridades israelenses expressaram seu pesar pelo ocorrido às autoridades eclesiásticas na Terra Santa e à Santa Sé no Vaticano, assegurando que seguirão garantindo a liberdade de culto na região.
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