Publicidade
Publicidade
05/03/2006
-
14h38
da Efe, em Jerusalém
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, quer obter o apoio da comunidade internacional para uma retirada parcial da Cisjordânia e a delimitação da futura fronteira com os palestinos, informa neste domingo o jornal israelense "Haaretz".
A "retirada unilateral" para uma fronteira que Israel quer determinar sem negociações, contrariando a exigência da ANP (Autoridade Nacional Palestina), dependerá da vitória de Olmert nas eleições do próximo dia 28 --algo previsto em todas as pesquisas de intenção de voto.
O argumento israelense para atrair o apoio dos Estados Unidos e de outros importantes agentes da comunidade internacional será mostrar que o governo da ANP, em formação após as eleições de 25 de janeiro, será controlado pelos fundamentalistas do Hamas --que não reconhece o Estado de Israel.
O primeiro objetivo de Olmert, líder do Partido Kadima, será delimitar as fronteiras que forem convenientes a Israel e a um Estado palestino que seria estabelecido no território futuramente desocupado da Cisjordânia e também na faixa de Gaza, de onde os israelenses já se retiraram.
O segundo objetivo, várias vezes proclamado por Olmert, é assegurar a presença de uma maioria judaica no Estado israelense, algo que Israel perderia rapidamente se anexasse territórios palestinos, a menos que imponha um "apartheid".
Porta-vozes da esquerda israelense, entre eles Iosi Beilin, líder da frente pacifista Meretz-Yahad, criticaram essa suposta tendência de Olmert, pois acham que, para concretizar a paz com o povo palestino, as fronteiras devem ser negociadas.
Se o suposto plano de Olmert for colocado em prática, esta seria a segunda retirada unilateral dos territórios palestinos conquistados na guerra de 1967. A primeira, que incluiu o despejo de 8.500 colonos e o desmantelamento de 21 assentamentos de Gaza e de outros quatro no norte da Cisjordânia, ocorreu há sete meses.
Em entrevista a um jornal do Qatar, um dos dirigentes do Hamas, Mahmoud al Zahar, declarou que seu movimento não reconhecerá o Estado israelense, nem negociará com seus representantes, e dará boas-vindas a "medidas unilaterais".
Al Zahar disse ao jornal árabe que, em troca de uma retirada israelense da Cisjordânia, o Hamas estaria disposto a uma "longa trégua".
Olmert afirmou há algumas semanas que, se continuar à frente do governo após as eleições legislativas do fim deste mês, dezenas de assentamentos judaicos estabelecidos na Cisjordânia serão desmantelados, e Israel colocará sob sua soberania três blocos de assentamentos que incluem as cidades de Maaleh Adumim e Ariel.
Avi Dichter, um importante dirigente do Kadima --fundado há quatro meses pelo premiê Ariel Sharon--, declarou que Olmert anunciará uma retirada unilateral da Cisjordânia após as eleições.
Segundo Dichter --que é também ex-chefe do serviço secreto de Israel--, no caso da Cisjordânia, a retirada terá um caráter diferente do da faixa de Gaza. Israel desalojará a população dos assentamentos que serão desmantelados, mas manterá o controle militar "até que se tenha com quem negociar".
O Exército israelense terá que continuar ocupando a Cisjordânia, segundo Dichter, e isto se justifica pois Israel, se a ANP estiver sob o controle do Hamas, "não terá um parceiro palestino que combata o terrorismo".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ehud Olmert
Olmert quer obter apoio externo para retirada da Cisjordânia
Publicidade
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, quer obter o apoio da comunidade internacional para uma retirada parcial da Cisjordânia e a delimitação da futura fronteira com os palestinos, informa neste domingo o jornal israelense "Haaretz".
A "retirada unilateral" para uma fronteira que Israel quer determinar sem negociações, contrariando a exigência da ANP (Autoridade Nacional Palestina), dependerá da vitória de Olmert nas eleições do próximo dia 28 --algo previsto em todas as pesquisas de intenção de voto.
O argumento israelense para atrair o apoio dos Estados Unidos e de outros importantes agentes da comunidade internacional será mostrar que o governo da ANP, em formação após as eleições de 25 de janeiro, será controlado pelos fundamentalistas do Hamas --que não reconhece o Estado de Israel.
O primeiro objetivo de Olmert, líder do Partido Kadima, será delimitar as fronteiras que forem convenientes a Israel e a um Estado palestino que seria estabelecido no território futuramente desocupado da Cisjordânia e também na faixa de Gaza, de onde os israelenses já se retiraram.
O segundo objetivo, várias vezes proclamado por Olmert, é assegurar a presença de uma maioria judaica no Estado israelense, algo que Israel perderia rapidamente se anexasse territórios palestinos, a menos que imponha um "apartheid".
Porta-vozes da esquerda israelense, entre eles Iosi Beilin, líder da frente pacifista Meretz-Yahad, criticaram essa suposta tendência de Olmert, pois acham que, para concretizar a paz com o povo palestino, as fronteiras devem ser negociadas.
Se o suposto plano de Olmert for colocado em prática, esta seria a segunda retirada unilateral dos territórios palestinos conquistados na guerra de 1967. A primeira, que incluiu o despejo de 8.500 colonos e o desmantelamento de 21 assentamentos de Gaza e de outros quatro no norte da Cisjordânia, ocorreu há sete meses.
Em entrevista a um jornal do Qatar, um dos dirigentes do Hamas, Mahmoud al Zahar, declarou que seu movimento não reconhecerá o Estado israelense, nem negociará com seus representantes, e dará boas-vindas a "medidas unilaterais".
Al Zahar disse ao jornal árabe que, em troca de uma retirada israelense da Cisjordânia, o Hamas estaria disposto a uma "longa trégua".
Olmert afirmou há algumas semanas que, se continuar à frente do governo após as eleições legislativas do fim deste mês, dezenas de assentamentos judaicos estabelecidos na Cisjordânia serão desmantelados, e Israel colocará sob sua soberania três blocos de assentamentos que incluem as cidades de Maaleh Adumim e Ariel.
Avi Dichter, um importante dirigente do Kadima --fundado há quatro meses pelo premiê Ariel Sharon--, declarou que Olmert anunciará uma retirada unilateral da Cisjordânia após as eleições.
Segundo Dichter --que é também ex-chefe do serviço secreto de Israel--, no caso da Cisjordânia, a retirada terá um caráter diferente do da faixa de Gaza. Israel desalojará a população dos assentamentos que serão desmantelados, mas manterá o controle militar "até que se tenha com quem negociar".
O Exército israelense terá que continuar ocupando a Cisjordânia, segundo Dichter, e isto se justifica pois Israel, se a ANP estiver sob o controle do Hamas, "não terá um parceiro palestino que combata o terrorismo".
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice