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06/03/2006 - 15h58

Vaticano diz que perdoa israelenses que atacaram basílica

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da Efe, em Jerusalém

O responsável do Vaticano para os santuários católicos no Oriente Médio, Piero Battista, se reuniu nesta segunda-feira com a família israelense que atacou na sexta-feira (3) a Basílica da Anunciação, em Nazaré, e lhes transmitiu o perdão da Santa Sé.

"Nós não guardamos rancor, mas o que fizeram nos atingiu muito", disse Battista aos jornalistas. Para a autoridade católica, "nada justifica o que fizeram, mas devemos perdoar e seguir em frente".

A reunião aconteceu em um quartel de polícia do norte de Israel, onde estavam detidos os três agressores: Haim Eliahu Habibi; sua mulher, Violet, e a filha do casal, Odelia.

Habibi, disseram fontes policiais, manifestou seu arrependimento e pediu perdão ao representante do Vaticano. O chefe de família explicou que o ataque foi um protesto, porque as autoridades responsáveis pelo auxílio social que recebem há anos tiraram deles o pátrio poder sobre seus três filhos menores, o último deles, um dia antes do ataque, porque a Corte Suprema recusou um pedido do casal.

Battista, falando em hebraico, disse que "dentro do que permite a legislação do país, faremos o que pudermos para ajudá-los a recuperar seus filhos".

Os Habibi, disfarçados de peregrinos, entraram na sexta-feira na Basílica da Anunciação com um carrinho de bebê cheio de explosivos, que detonaram no meio da missa do início da Quaresma.

O representante do Vaticano agradeceu às autoridades eclesiásticas da Terra Santa, aos dirigentes do município de Nazaré, aos líderes da comunidade árabe e às forças policiais pelos esforços para que as conseqüências não fossem maiores após os distúrbios causados pelo ataque.

Nos distúrbios que vieram depois das explosões em torno da Basílica de Nazaré, a principal cidade árabe de Israel, ficaram feridos 17 policiais e 13 manifestantes, que quase lincharam a família responsável pelo ataque.

Especial
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