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09/03/2006
-
14h57
da Folha Online
As autoridades militares norte-americanas anunciaram nesta quinta-feira que dentro de três meses a prisão de Abu Ghraib, na periferia de Bagdá, será fechada. No local, dezenas de prisioneiros iraquianos sofreram torturas e abusos. Segundo o porta-voz militar, os 4.500 presos serão transferidos a outras penitenciárias.
Em 2004, a publicação de fotos de maus tratos a prisioneiros por carcereiros americanos em Abu Ghraib desencadeou um escândalo mundial, e a prisão se tornou um símbolo da ocupação americana para muitos iraquianos.
No mês passado, uma rede de TV australiana exibiu novas novas fotografias e imagens de presos sendo supostamente torturados por soldados americanos dentro da prisão iraquiana. Tais imagens --similares a fotografias de abusos divulgadas anteriormente, que causaram indignação no Oriente Médio e propiciaram o início de uma investigação do Congresso americano-- teriam sido exibidas em sessões reservadas a membros do Congresso americano.
As fotos mostravam cenas de "homicídio, tortura e humilhação sexual, com corpos de presos mortos dentro de Abu Ghraib.
Após as denúncias sobre Abu Ghraib, multiplicaram-se as acusações de maus-tratos em outros locais do Iraque, no Afeganistão e na prisão na base naval americana de Guantánamo, em Cuba, onde estão várias centenas de presos detidos sem a apresentação de acusações formais.
Condenação
Em setembro de 2005, Lynddie England, a soldado americana que virou o ícone das torturas e maus-tratos contra prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib [quando eclodiu o primeiro escândalo, em 2004], foi condenada a três anos de prisão por uma acusação de conspiração, quatro de maus-tratos contra prisioneiros e uma de cometer atos indecentes.
A soldado de 22 ficou famosa ao aparecer em fotos sorrindo ao lado de prisioneiros iraquianos em situações humilhantes, como na imagem em que arrastava um detento nu por uma coleira.
Charles Graner, que à época do escândalo em 2004 era namorado de England e também participou dos abusos, foi condenado a dez anos de prisão depois de enfrentar 19 acusações de tortura. Graner tem um filho com a soldado England.
Com agências internacionais
Especial
Veja vídeo da BBC com as novas imagens de Abu Ghraib
Leia mais sobre o Iraque sob tutela
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Leia o que já foi publicado sobre os abusos em Abu Ghraib
EUA anunciam fechamento da prisão de Abu Ghraib
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As autoridades militares norte-americanas anunciaram nesta quinta-feira que dentro de três meses a prisão de Abu Ghraib, na periferia de Bagdá, será fechada. No local, dezenas de prisioneiros iraquianos sofreram torturas e abusos. Segundo o porta-voz militar, os 4.500 presos serão transferidos a outras penitenciárias.
Em 2004, a publicação de fotos de maus tratos a prisioneiros por carcereiros americanos em Abu Ghraib desencadeou um escândalo mundial, e a prisão se tornou um símbolo da ocupação americana para muitos iraquianos.
Reprodução de TV/Reuters |
Rede de TV da Austrália mostra novas imagens de abusos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque |
No mês passado, uma rede de TV australiana exibiu novas novas fotografias e imagens de presos sendo supostamente torturados por soldados americanos dentro da prisão iraquiana. Tais imagens --similares a fotografias de abusos divulgadas anteriormente, que causaram indignação no Oriente Médio e propiciaram o início de uma investigação do Congresso americano-- teriam sido exibidas em sessões reservadas a membros do Congresso americano.
As fotos mostravam cenas de "homicídio, tortura e humilhação sexual, com corpos de presos mortos dentro de Abu Ghraib.
Após as denúncias sobre Abu Ghraib, multiplicaram-se as acusações de maus-tratos em outros locais do Iraque, no Afeganistão e na prisão na base naval americana de Guantánamo, em Cuba, onde estão várias centenas de presos detidos sem a apresentação de acusações formais.
Condenação
Em setembro de 2005, Lynddie England, a soldado americana que virou o ícone das torturas e maus-tratos contra prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib [quando eclodiu o primeiro escândalo, em 2004], foi condenada a três anos de prisão por uma acusação de conspiração, quatro de maus-tratos contra prisioneiros e uma de cometer atos indecentes.
A soldado de 22 ficou famosa ao aparecer em fotos sorrindo ao lado de prisioneiros iraquianos em situações humilhantes, como na imagem em que arrastava um detento nu por uma coleira.
Charles Graner, que à época do escândalo em 2004 era namorado de England e também participou dos abusos, foi condenado a dez anos de prisão depois de enfrentar 19 acusações de tortura. Graner tem um filho com a soldado England.
Com agências internacionais
Especial
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