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10/03/2006 - 13h39

Israel reitera firmeza contra Irã sem mencionar opção militar

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da France Presse, em Jerusalém

Israel manifestou nesta sexta-feira a decisão de impedir que o Irã fabrique armas atômicas, embora tenha se mostrado reticente em mencionar abertamente a opção militar contra Teerã.

"Há muitas coisas que não se pode dizer em voz alta", ressaltou o primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, à rádio pública, ao comentar as declarações de um ex-chefe do Estado-Maior israelense.

O general Moshe Yaalon afirmou nesta semana, em um discurso no Hudson Institute, em Washington, que o Estado hebreu dispõe de uma opção militar para se opor ao programa nuclear iraniano, com um "impacto real" que pode adiá-lo por vários anos.

Yaalon acrescentou que Israel dispõe de meios para superar as defesas antiaéreas do Irã e que pode lançar, além de ações aéreas, outros "tipos de ataques".

O general também afirmou que Teerã terá os conhecimentos necessários para fabricar bombas atômicas em um prazo de seis a 18 meses e capacidade para produzi-las dentro de três a cinco anos.

"Não podemos aceitar de nenhuma maneira a possibilidade de uma bomba atômica em mãos iranianas. Devemos trabalhar mais e falar menos", afirmou Olmert.

Segundo o primeiro-ministro interino, o objetivo de Israel "é que a comunidade internacional impeça os iranianos de desenvolverem suas armas não-convencionais".

O governo de Teerã é um grande inimigo do Estado hebreu. O presidente iraniano, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, afirmou há dois meses que Israel deve ser "varrido do mapa".

Olmert ressaltou que Israel "participou dos esforços que permitiram o envio do caso iraniano ao Conselho de Segurança" da ONU, na quarta-feira (8), pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Apesar das animosidades entre Israel e Irã, as declarações do general Yaalon também foram criticadas pelo chefe do Partido Trabalhista israelense, Amir Peretz.

"É hora de os generais aprenderem a se calar ao se aposentarem", afirmou Peretz à rádio pública.

Os principais jornais israelenses se somaram às críticas nesta sexta-feira ao destacarem que o general Yaalon mostrou total irresponsabilidade.

Em seu discurso no Hudson Institute, Yaalon especificou que o Irã responderá a um ataque israelense com seus mísseis Shahab-3 e foguetes do tipo Katiusha, iguais aos que os iranianos fornecem ao movimento xiita libanês Hizbollah.

O general acrescentou que os mísseis anti-balísticos israelenses do tipo Hetz seriam suficientes para interceptar os lançados pelo Irã em direção ao Estado hebreu.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
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