Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/03/2006 - 15h43

Presidente adia convocação de Parlamento no Iraque

Publicidade

da Efe, em Bagdá

O presidente interino do Iraque, o curdo Jalal Talabani, adiou a convocação do novo Parlamento para o próximo dia 19, em meio a novas ações de violência que causaram a morte de 15 pessoas.

De acordo com um comunicado da Presidência, Talabani adiou de 12 de março para o dia 19 do mesmo mês a primeira reunião da nova Câmara, eleita em dezembro e que será a primeira não-provisória desde a derrubada do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003.

O adiamento foi pedido pela Aliança Unida Iraquiana (AUI), uma coligação xiita confessional formada por 16 partidos e grupos políticos, que obteve 128 das 275 cadeiras do Parlamento em dezembro.

O objetivo é dar mais tempo aos diferentes grupos políticos para resolver suas divergências sobre a formação do novo Governo, que também será o primeiro não-interino no pós-guerra, disse o porta-voz da Presidência, Kamran Kardaghi.

O primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al-Jaafari, membro da AUI, foi rejeitado pela maioria dos grupos, o que dificulta sua ratificação parlamentar, que requer a aprovação de dois terços dos deputados.

O decreto de Talabani foi emitido depois que a solicitação da AUI foi aceita também pelos vice-presidentes do Iraque, o xiita Adel Abdel Mahdi e o sunita Ghazi Al-Yawar.

Tareq al Hashemi, líder do Partido Islâmico (PI, sunita), criticou hoje na televisão "Al Jazira" o adiamento da convocação. Ele considerou que a decisão de Talabani é "inconstitucional", e que a nova Constituição indica que o Parlamento deveria ter iniciado suas sessões no dia 12.

O presidente do Conselho Supremo de Justiça, Medhat Al-Mahmoud, alegou que "a convocação se fundamenta na Constituição provisória, e não na Constituição permanente", aprovada em outubro.

Vários atentados e ações de violência foram registrados hoje no Iraque e provocaram a morte de, pelo menos, 15 iraquianos, sendo cinco policiais e dois soldados, e feriram outras 17 pessoas.

Os piores ataques ocorreram em Faluja, a 50 quilômetros de Bagdá, onde cinco policiais morreram e seis civis ficaram feridos na explosão de um carro-bomba dirigido por um suicida, na passagem de uma patrulha militar iraquiano-americana pela entrada leste da cidade.

Outros seis iraquianos morreram quando vários mísseis "Kayiusha" caíram em diferentes pontos de Faluja, disseram fontes policiais, sem dar detalhes.

"Os feridos, assim como os corpos dos mortos, incluindo o de uma menina de seis anos, foram levados a um hospital de Faluja e a um centro médico em uma base militar americana perto da localidade", disse à EFE o chefe da Polícia Omar al Yamili.

Outros quatro iraquianos morreram e sete ficaram feridos em quatro explosões hoje nas cidades de Samarra e Tikrit, cerca de 100 e 170 quilômetros ao norte da capital.

De acordo com a Polícia, entre as vítimas fatais está o orador de uma mesquita sunita de Samarra e um soldado iraquiano.

Em Bagdá, outro militar iraquiano morreu e mais três estão feridos pela explosão de um carro-bomba no bairro de Raduaniya, no oeste da capital.

Em outro atentado, uma bomba incendiou um tanque americano no leste de Bagdá nesta madrugada. Fontes policiais não informaram se houve vítimas entre os soldados dos EUA.

Até agora, o comando militar americano não comentou os atentados.

Especial
  • Leia mais sobre o Iraque sob tutela
  • Leia o que já foi publicado sobre ataques no Iraque
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página