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11/03/2006
-
09h14
da Folha Online
Cerca de cem pessoas se reuniram neste sábado em uma cerimônia na estação do subúrbio de El Pozo, para lembrar os mortos em ataques a bomba em 11 de março de 2004, que deixaram 191 mortos e cerca de 1.500 feridos.
No memorial no Bosque dos Ausentes, no parque do Retiro, em homenagem aos mortos nos atentados. Muitas pessoas traziam flores nas mãos. O grupo guardou cinco minutos de silêncio, e em seguida um violoncelista tocou "Canção dos Pássaros", de Pablo Casals.
O primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero, e outras autoridades do país estiveram na cerimônia e depositaram coroas de flores diante de uma bandeira da Espanha, hasteada a meio-mastro. No parque, 192 ciprestes e oliveiras, rodeados por uma lâmina circular de água --que simboliza a vida--, foram plantados em lembrança das vítimas.
Em 11 de março de 2004, três explosões simultâneas destruíram um trem que chegava à estação de Atocha, em Madri. Pouco depois, outras quatro bombas explodiram em um trem que estava 500 metros atrás.
Quase ao mesmo tempo, duas bombas explodiram em vagões de um trem que estava estacionado na estação, destruindo também a estação de El Pozo (sul) e também nessa hora, uma bomba explodiu no quinto vagão de um trem que entrara na estação de Santa Eugênia (sudeste).
As bombas foram plantadas por terroristas islâmicos [em sua maioria marroquinos].
Uma delegação de marroquinos deixou o Marrocos no dia 5 de março para estar na estação de Atocha hoje. membros da delegação carregavam bandeiras de seu país, junto a uma da Espanha. Na estação, acenderam velas e oraram.
Derrota política
A ação terrorista marcou de forma decisiva a política do país. Ao contrário dos Estados Unidos, onde os atentados contra o World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, deram um impulso conservador, na Espanha venceu o socialista José Luis Rodríguez Zapatero.
À época, os atentados foram atribuídos ao ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca), pelo então premiê da Espanha, José María Aznar. O ETA sempre negou.
Dois dias depois dos atentados aos trens, em fita de vídeo, os terroristas assumiram o ataque como uma vingança da rede Al Qaeda pelo envio de tropas espanholas ao Iraque e ao Afeganistão. Investigações posteriores concluíram que militantes islâmicos foram responsáveis pelo ataque.
A pressa em culpar o ETA custou ao governo de Aznar, do PP (Partido Popular), a eleição. A população respondeu nas urnas a favor do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Zapatero.
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Cerca de cem pessoas se reuniram neste sábado em uma cerimônia na estação do subúrbio de El Pozo, para lembrar os mortos em ataques a bomba em 11 de março de 2004, que deixaram 191 mortos e cerca de 1.500 feridos.
No memorial no Bosque dos Ausentes, no parque do Retiro, em homenagem aos mortos nos atentados. Muitas pessoas traziam flores nas mãos. O grupo guardou cinco minutos de silêncio, e em seguida um violoncelista tocou "Canção dos Pássaros", de Pablo Casals.
O primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero, e outras autoridades do país estiveram na cerimônia e depositaram coroas de flores diante de uma bandeira da Espanha, hasteada a meio-mastro. No parque, 192 ciprestes e oliveiras, rodeados por uma lâmina circular de água --que simboliza a vida--, foram plantados em lembrança das vítimas.
Em 11 de março de 2004, três explosões simultâneas destruíram um trem que chegava à estação de Atocha, em Madri. Pouco depois, outras quatro bombas explodiram em um trem que estava 500 metros atrás.
Quase ao mesmo tempo, duas bombas explodiram em vagões de um trem que estava estacionado na estação, destruindo também a estação de El Pozo (sul) e também nessa hora, uma bomba explodiu no quinto vagão de um trem que entrara na estação de Santa Eugênia (sudeste).
As bombas foram plantadas por terroristas islâmicos [em sua maioria marroquinos].
Uma delegação de marroquinos deixou o Marrocos no dia 5 de março para estar na estação de Atocha hoje. membros da delegação carregavam bandeiras de seu país, junto a uma da Espanha. Na estação, acenderam velas e oraram.
Derrota política
A ação terrorista marcou de forma decisiva a política do país. Ao contrário dos Estados Unidos, onde os atentados contra o World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, deram um impulso conservador, na Espanha venceu o socialista José Luis Rodríguez Zapatero.
À época, os atentados foram atribuídos ao ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca), pelo então premiê da Espanha, José María Aznar. O ETA sempre negou.
Dois dias depois dos atentados aos trens, em fita de vídeo, os terroristas assumiram o ataque como uma vingança da rede Al Qaeda pelo envio de tropas espanholas ao Iraque e ao Afeganistão. Investigações posteriores concluíram que militantes islâmicos foram responsáveis pelo ataque.
A pressa em culpar o ETA custou ao governo de Aznar, do PP (Partido Popular), a eleição. A população respondeu nas urnas a favor do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Zapatero.
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