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11/03/2006 - 11h13

Veja as acusações contra Milosevic no Tribunal Penal Internacional

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da France Presse

O ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, 64, foi encontrado morto em sua cela, na unidade de detenção do TPI (Tribunal Penal Internacional). Ele era acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade nos conflitos da Croácia (1991-1995), Bósnia (1992-1995) e Kosovo (1998-1999).

No caso da Guerra da Bósnia, também respondia pela acusação de genocídio. Veja abaixo as principais acusações contra Milosevic:

- Kosovo:

Slobodan Milosevic foi acusado de participar, ao lado de quatro aliados, a partir de 1º de janeiro de 1999, da "expulsão de uma parte importante da população albanesa de Kosovo, com o objetivo de manter a província sob controle sérvio".

Ele foi acusado de ser diretamente responsável pelo "deslocamento forçado de quase 800 mil civis albaneses de Kosovo", e pela morte de ao menos 900 deles, entre mulheres e crianças.

O ex-presidente deveria responder por quatro acusações de crimes contra a humanidade e uma de crime de guerra por "perseguições, atos desumanos, assassinatos e expulsões" dos albaneses de Kosovo.

- Croácia:

Slobodan Milosevic era acusado de atuar criminalmente, de forma consciente, contra a população croata e o restante da população não-sérvia, entre agosto de 1991 e junho de 1992, e de obrigá-las a se retirar de um terço da República Croata, que faria parte de um novo Estado dominado pelos sérvios, segundo seus planos.

Por isso, pesavam sobre ele 10 acusações de crimes contra a humanidade e 22 de crimes de guerra pela expulsão de "pelo menos 170 mil croatas e cidadãos não-sérvios, pelo assassinato de centenas de civis não-sérvios, e pela prisão de milhares deles em condições desumanas".

- Bósnia:

Nesse conflito, o mais sangrento entre as guerras que castigaram os Balcãs com 200 mil mortos, Slobodan Milosevic era acusado de genocídio, a acusação mais severa contemplada pelo TPI, por uma "campanha de destruição" contra a população muçulmana da Bósnia.

De 1º de março a 31 de dezembro de 1995, o ex-presidente "planejou, incitou, ordenou, cometeu ou ajudou a planejar a destruição da totalidade ou de boa parte dos grupos nacionais, étnicos, raciais e religiosos muçulmanos e croatas da Bósnia", segundo a ata de acusação.

Essa campanha de destruição provocou a morte de pelo menos 9 mil pessoas. Entre elas estão as vítimas dos massacres de Srebrenica e dos campos de prisão de Omarska e Keraterm. O documento também cita a expulsão de pelo menos 268.050 não-sérvios.

Nesse caso, o ex-presidente deveria responder a 10 acusações de crimes contra a humanidade e 17 de crimes de guerra.

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