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15/03/2006 - 08h41

Israel eleva nível de alerta após invasão de prisão em Jericó

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da Efe, em Gaza
da Folha Online

A polícia israelense elevou nesta quarta-feira o nível de alerta de suas forças em todas as zonas fronteiriças, frente ao temor de um atentado palestino em represália à invasão ocorrida ontem na prisão de Jericó, na Cisjordânia.

O comandante da polícia israelense, Moshé Karadi, ordenou reforço da vigilância na fronteira com Gaza e a Cisjordânia, e também que as patrulhas pelas cidades e centros urbanos fossem intensificadas, informou um porta-voz da corporação.

O nível de alerta é alto sobretudo em Jerusalém, onde hoje se comemora o tradicional festival do Purim --festa judaica na qual crianças e adultos saem às ruas disfarçados-- o que tornaria ainda mais difícil a localização de um possível terrorista.

A operação israelense na prisão de Jericó culminou com a captura do líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Ahmed Saadat, e de quatro de seus assessores.

Também foi detido um sexto palestino, um ex-funcionário da ANP (Autoridade Nacional Palestina) procurado por Israel.

Revolta

As capturas despertaram grande indignação entre as milícias da Cisjordânia e de Gaza, que juraram vingança.

Até o momento, houve registro de lançamentos de foguetes Qassam [de fabricação caseira] na faixa de Gaza, sem deixar vítimas ou danos materiais.

O Exército israelense manteve, na madrugada desta quarta-feira, suas operações na Cisjordânia e deteve 12 membros de vários grupos-- entre eles, alguns membros da FPLP, segundo fontes militares.

Em Gaza, as forças de segurança palestinas intensificam seus esforços para libertar vários estrangeiros seqüestrados.

Membros da FPLP (Frente Popular de Libertação da Palestina) responderam à invasão em Jericó seqüestrando estrangeiros, em vários casos por poucas horas. No total, ao menos 12 estrangeiros foram seqüestrados. Não se sabe ao certo quantos estrangeiros permanecem seqüestrados.

Eleições

Nesta quarta-feira, o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, afirmou que a operação de terça-feira contra a prisão de Jericó não teve nenhuma motivação eleitoral.

"Não agimos em Jericó por razões eleitorais. Não temos outra opção a não ser intervir, pois nenhum Estado responsável teria permitido que os assassinos de um de seus ministros fossem colocados em liberdade", afirmou Mofaz à rádio pública israelense, duas semanas antes das eleições legislativa israelenses de 28 de março.

Segundo um acordo internacional, os palestinos da prisão de Jericó estavam sob a custódia de britânicos e americanas até a manhã de terça-feira, pouco antes do início da operação de Israel.

"Há mais ou menos uma semana, estes últimos enviaram uma carta aos palestinos na qual advertiam que as condições de detenção previstas não eram respeitadas na prisão de Jericó e que temiam pela vida de seus observadores no local", disse Mofaz.

Com agências internacionais

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